Como os bilhõessite de apostas primeira aposta gratismicróbiossite de apostas primeira aposta gratisnossa pele mantêm nossa saúde:site de apostas primeira aposta gratis
Diversidade
Você talvez já tenha ouvido falar da microbiota intestinal — o complexo ecossistemasite de apostas primeira aposta gratismicróbios que habita os nossos intestinos.
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Fim do Matérias recomendadas
Já se comprovou que a diversidade deste conjuntosite de apostas primeira aposta gratisbactérias, fungos, vírus e outros organismos unicelulares desempenha papel importantesite de apostas primeira aposta gratisuma sériesite de apostas primeira aposta gratisdoenças, como diabetes, asma e até a depressão.
Mas os micróbios que pegam carona na nossa pele também podem nos trazer benefícios. Eles oferecem a primeira linhasite de apostas primeira aposta gratisdefesa contra os patógenos que tenham a infelicidadesite de apostas primeira aposta gratispousar sobre a superfície do nosso corpo.
Os micróbios da pele também ajudam a decompor parte das substâncias químicas que encontramos no nosso dia a dia e participam do desenvolvimento do nosso sistema imunológico.
Em termossite de apostas primeira aposta gratisdiversidade bacteriana, o microbioma da pele só perde para os nossos intestinos.
Quando paramos para analisar, é algo bastante surpreendente. Afinal,site de apostas primeira aposta gratiscomparação com os habitats seguros, quentes e úmidos da nossa boca e intestino, a pele é um lugar bastante inóspito.
"A pele é um ambiente muito hostil,site de apostas primeira aposta gratiscomparação com outras partes do corpo", explica a professorasite de apostas primeira aposta gratiscurasite de apostas primeira aposta gratisferidas Holly Wilkinson, da Universidadesite de apostas primeira aposta gratisHull, no Reino Unido.
"Ela é seca, árida e muito exposta aos elementos. As bactérias que vivem ali evoluíram por milhõessite de apostas primeira aposta gratisanos para enfrentar essas pressões", acrescenta.
Essa evolução conjunta nos trouxe muitos benefícios.
Nem todas as partes da pele são colonizadas igualmente. Na verdade, as bactérias podem ser surpreendentemente criteriosassite de apostas primeira aposta gratisrelação aos lugares onde elas preferem viver.
Se você passar um cotonete pelasite de apostas primeira aposta gratistesta, pelo nariz ou pelas costas, você irá descobrir que estas áreas estão repletassite de apostas primeira aposta gratisCutibacterium, um gênerosite de apostas primeira aposta gratisbactérias que evoluiu para se alimentar do sebo oleoso produzido pelas células da nossa pele. Elas ajudam a umedecer e proteger a camada externa do nosso corpo.
Mas pegue uma amostra das suas axilas, quentes e úmidas, e provavelmente você irá encontrar grandes quantidadessite de apostas primeira aposta gratisStaphylococcus e Corynebacterium. Examine entre os dedos dos pés e lá haverá muitas espéciessite de apostas primeira aposta gratisPropionibacterium. Algumas delas são utilizadas na produçãosite de apostas primeira aposta gratisqueijo, ao ladosite de apostas primeira aposta gratisuma ampla variedadesite de apostas primeira aposta gratisfungos.
Regiões secas da pele, como os braços e as pernas, são particularmente inóspitas para as bactérias. Por isso, as espécies que moram ali não costumam ficar por muito tempo.
Estas regiões também tendem a abrigar uma maior proporçãosite de apostas primeira aposta gratisvírus do que outras áreas externas do corpo. E, naturalmente, a nossa pele também abriga outras criaturas, como os minúsculos ácaros.
Benefícios
Todos esses micróbios formaram, ao longosite de apostas primeira aposta gratismilênios, uma espéciesite de apostas primeira aposta gratisrelação simbiótica com os seres humanos.
As bactérias, fungos e ácaros que vivem na nossa pele se beneficiam do fornecimento constantesite de apostas primeira aposta gratisricos nutrientes. Mas nós também dependemos do nosso microbioma da pele, pois as espécies benéficas nos ajudam a repelir as bactérias patogênicas prejudiciais que competem com elas.
"A simples existênciasite de apostas primeira aposta gratistodas essas bactérias faz com que seja muito difícil que um patógeno se estabeleça", explica Wilkinson.
"Qualquer bactéria que chegue precisa ser capazsite de apostas primeira aposta gratissubjugar o sistema, mas, para isso, ela precisa concorrer com as bactérias altamente evoluídas que já estão naquele ambiente."
As bactérias da pele também podem combater possíveis invasores, produzindo substâncias que inibem seu crescimento ou matando a todos diretamente.
As espécies Staphylococcus epidermidis e Staphylococcus hominis, por exemplo, são bactérias comensais e dependemsite de apostas primeira aposta gratisnós esite de apostas primeira aposta gratisoutros animais para abrigá-las. Elas produzem moléculas antimicrobianas que inibem o Staphylococcus aureus, uma espéciesite de apostas primeira aposta gratisbactéria prejudicial para os seres humanos. Ela é uma fonte comumsite de apostas primeira aposta gratisinfecções da pele e é associada a infecções resistentes à meticilina (SARM).
Alguns cientistas também acreditam que, como a microbiota intestinal, o microbioma da pele ajuda a "treinar" nosso sistema imunológico durante a infância. As bactérias ensinam quais alvos ele deve atacar e quais ignorar.
Acredita-se que exista, por exemplo, uma relação entre a diversidadesite de apostas primeira aposta gratiscertas bactérias da pele e o menor riscosite de apostas primeira aposta gratissofrermos alergias.
O microbioma da pele também desempenha outras funções importantes. Acredita-se, por exemplo, que certas bactérias podem nos ajudar a manter a aparência jovem, retendo a umidade. Isso mantém a nossa pele maleável, suave e carnuda.
Para impedir a entradasite de apostas primeira aposta gratistoxinas e patógenos nocivos e a saída da água, nossa pele contém diversas camadas.
A mais impenetrávelsite de apostas primeira aposta gratistodas é a camada superior. Chamadasite de apostas primeira aposta gratisstratum corneum, ela é formada por células mortas chamadas corneócitos, intercaladas com moléculassite de apostas primeira aposta gratisgordura conhecidas como lipídios.
"Ela é muito firme e impermeável e é por isso que nós não nos dissolvemos quando saímos na chuva", explica a professorasite de apostas primeira aposta gratisdermatologia translacional Catherine O'Neill, da Universidadesite de apostas primeira aposta gratisManchester, no Reino Unido.
Abaixo do stratum corneum, temos diversas camadassite de apostas primeira aposta gratiscélulas vivas da pele chamadas queratinócitos. E existem espaços minúsculos entre essas células da pele, através das quais poderia vazar água. Para evitar que isso aconteça, os queratinócitos produzem lipídios, que ajudam a repelir a umidade.
"É meio que uma estruturasite de apostas primeira aposta gratistijolos e cimento", segundo Wilkinson. "Você tem as células e, entre elas, todos esses lipídios que também agem como parte da barreira. Eles atuam como uma cola que mantém tudo unido."
Mas onde entram as bactériassite de apostas primeira aposta gratistudo isso? Bem, acontece que algumas das bactérias mais úteis que vivem na nossa pele não só produzem lipídios, mas enviam sinais que instruem as nossas células da pele a também produzirem mais lipídios.
Estudos demonstraram, por exemplo, que as bactérias Cutibacterium estimulam a pele a produzir maior quantidadesite de apostas primeira aposta gratissebo, que é ricosite de apostas primeira aposta gratislipídios e reduz a perdasite de apostas primeira aposta gratiságua, aumentando a nossa hidratação.
Já a espécie Staphylococcus epidermidis também aumenta os níveissite de apostas primeira aposta gratisceramidas da pele, que são lipídios que agem como uma cola que mantém juntas as células da nossa pele juntas. Com isso, nossa barreira dérmica permanece saudável e intacta.
Riscos
Até aqui, tudo bem. Mas o que acontece quando o delicado equilíbrio do microbioma da pele é rompido?
A "disbiose" da pele foi relacionada a condições como dermatite atópica (uma espéciesite de apostas primeira aposta gratiseczema), rosácea, acne e psoríase.
A própria presençasite de apostas primeira aposta gratiscaspa no couro cabeludo é associada a um gênero específicosite de apostas primeira aposta gratisfungo. Os fungos Malassezia furfur e Malassezia globosa produzem ácido oleico, que danifica as células do stratum corneum no couro cabeludo, produzindo uma reação inflamatória e coceira.
Nestes casos, é difícil definir se o estado da doença é causado pelo microbioma da pele ou se o próprio microbioma da pele foi alteradosite de apostas primeira aposta gratisfunção da doença. Mas existe um fenômeno pelo qual podemos culpar as bactérias ruins, ao menos parcialmente: o envelhecimento da pele.
À medida que envelhecemos, os tipossite de apostas primeira aposta gratisbactérias da nossa pele se alteram. A tendência ésite de apostas primeira aposta gratistermos menos espécies "boas", que nos protegem contra as infecções e ajudam a manter a pele úmida e hidratada.
Por outro lado, nós ficamos com níveis mais altos das bactérias patogênicas prejudiciais — e isso tem implicações para a saúde da pele.
"As pessoas mais idosas tendem a ter pele mais seca, que é associada a menores quantidades dos tipossite de apostas primeira aposta gratisbactérias que ajudam na produçãosite de apostas primeira aposta gratislipídios", explica Wilkinson.
"Isso gera maior riscosite de apostas primeira aposta gratisinfecções dérmicas, por reduzir a integridade da pele. As pessoas mais idosas são mais propensas ao surgimentosite de apostas primeira aposta gratisferidas espontâneas porque elas perdem aquela integridade da pele."
Infelizmente, as bactérias "ruins" da pele podem também interferir na curasite de apostas primeira aposta gratisferidas.
Pesquisas da professorasite de apostas primeira aposta gratisdermatologia e microbiologia Elizabeth Grice, da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, demonstraram que ratos feridos sem microbioma da pele levam muito mais tempo para se curar.
Paralelamente, o trabalho da Escolasite de apostas primeira aposta gratisMedicina Hull York, desenvolvido pelos colegassite de apostas primeira aposta gratisWilkinson, demonstrou que as bactérias da pelesite de apostas primeira aposta gratisuma pessoa podem prever se ela irá ou não se curarsite de apostas primeira aposta gratisuma ferida crônica.
As feridas crônicas que não se curam são uma condição da pele que pode levar à morte. Elas afetam uma a cada quatro pessoas com diabetes e uma a cada 20 pessoas com maissite de apostas primeira aposta gratis65 anos.
"Esperamos,site de apostas primeira aposta gratisalgum momento no futuro muito próximo, poder usar este tiposite de apostas primeira aposta gratisestratégia para identificar quais pacientes terão maior riscosite de apostas primeira aposta gratisdesenvolver uma ferida que não se cura e oferecer intervenção precoce, antes que ela chegue ao estágiosite de apostas primeira aposta gratisque as pessoas podem precisar amputar uma perna ousite de apostas primeira aposta gratisque elas desenvolvem uma infecção realmente desagradável", afirma Wilkinson.
De fato, certas linhagenssite de apostas primeira aposta gratisStaphylococcus aureus são associadas a certos atrasossite de apostas primeira aposta gratiscura. Mas os mecanismos exatos por que essa bactéria patogênica interfere com a cura não são totalmente conhecidos.
"[As bactérias] Staphylococcus aureus produzem enzimas que podem ajudá-las a invadir e digerir o tecidosite de apostas primeira aposta gratisvolta delas", segundo Wilkinson. "Mas elas também podem interferir na nossa função imunológica, fazendo com que o nosso próprio sistema se volte contra nós."
"O principal causador das dificuldadessite de apostas primeira aposta gratiscurasite de apostas primeira aposta gratisferidas crônicas é o fatosite de apostas primeira aposta gratisque as feridas ficam presas naquela fase inflamatória e não conseguem sair dela. Por isso, ter ali as bactérias Staphylococcus aureus simplesmente mantém esse ciclo perpétuosite de apostas primeira aposta gratisinflamação."
Outros estudos concluíram que alguns micróbios da pele, na verdade, podem ser benéficos para a curasite de apostas primeira aposta gratisferidas.
Existem também evidências que indicam que o microbioma da pele pode nos proteger contra parte dos efeitos prejudiciais da radiação ultravioleta. Quando a radiação UV atinge a pele, ela pode danificar o nosso DNA, mas as células da pele possuem um mecanismosite de apostas primeira aposta gratisproteção embutido.
"Essencialmente, elas deixamsite de apostas primeira aposta gratisse reproduzir e a pele passa por uma sériesite de apostas primeira aposta gratisverificações para reparar aquele DNA danificado", explica O'Neill. "Se ela não conseguir se reparar, as células basicamente serão mortas."
Mas,site de apostas primeira aposta gratisum recente estudo não publicado, O'Neill concluiu que, se você retirar o microbioma, as células da pele continuam se dividindo, mesmo com DNA danificado.
"É evidente que este é um mecanismosite de apostas primeira aposta gratisproteção muito importante contra tumores", segundo ele. "E, claramente, o microbioma parece compor grande parte deste mecanismo."
Pesquisas com camundongos também indicaram que o microbioma pode nos ajudar a modular a reação do nosso sistema imunológico à exposição aos raios UV, participando dasite de apostas primeira aposta gratispreparação para combater possíveis infecções.
Sabe-se que a radiação UV suprime a nossa reação imunológica e também pode danificar a pele, oferecendo às bactérias patogênicas a oportunidadesite de apostas primeira aposta gratisinvadir os nossos corpos. Aparentemente, os micróbios da pele ajudam a induzir a reação inflamatória à radiação ultravioleta, preparando nossos corpos para combater a infecção.
Relação entre a pele e o intestino
Existem algumas evidências que indicam que o microbioma da pele pode influenciar o intestino.
Um estudo recente demonstra, por exemplo, que as lesões da pele podem gerar mudanças significativas da microbiota intestinal, aumentando a susceptibilidade das pessoas às inflamações dos intestinos.
Estudos também demonstram que Malassezia restricta, um membro fúngico da microbiota da pele, é associada à doençasite de apostas primeira aposta gratisCrohn e pode exacerbar a colite.
"Todos sabem que existe um eixo entre o intestino e a pele,site de apostas primeira aposta gratisque a má alimentação pode prejudicar a pele, mas a ideiasite de apostas primeira aposta gratisque algo que esteja errado com o microbioma da pele talvez possa causar diarreia é completamente maluca", afirma Bernhard Paetzold, um dos fundadores e principal cientista da S-Biomedic. Sua empresa procura tratar condições como a acne restaurando o microbioma da pele.
"Mas, muito recentemente, começamos a entender que esta diafonia é bidirecional e, na verdade, existe um eixo pele-intestino", explica ele.
Existe até uma teoriasite de apostas primeira aposta gratisque o microbioma da pele pode prejudicar o cérebro, mas esta é uma questão que ainda está sendo debatida.
Um estudo recente, por exemplo, pediu a 20 voluntários saudáveis que realizassem uma sériesite de apostas primeira aposta gratistestes cognitivos, enquanto era medidasite de apostas primeira aposta gratisatividade cerebral. A conclusão foi que a remoção das bactérias da pele da testa aumentou o nívelsite de apostas primeira aposta gratisatenção dos participantes.
À medida que aprendemos mais sobre o microbioma da pele e seu papel na saúde e no nosso bem-estar, surge cada vez mais entusiasmo entre os cientistas sobre o papel que ele pode desempenharsite de apostas primeira aposta gratisoutros aspectos das nossas vidas.
Tratamentos
Será que poderemos melhorar nossa saúde substituindo nossas bactérias ruins da pele pelas espécies boas — com uma espéciesite de apostas primeira aposta gratistransplantesite de apostas primeira aposta gratismicróbios da pele, por assim dizer?
É possível que sim. Mas, para isso, é preciso eliminar a comunidade microbiana já existente no nosso corpo, o que poderia causar outros problemas, como o riscosite de apostas primeira aposta gratisgerar resistência a antibióticos.
Os micróbios da nossa pele também são fortemente influenciados pelo nosso ambiente. Por isso, precisaríamos considerar como o mundo à nossa volta colabora com a diversidadesite de apostas primeira aposta gratisbactérias, fungos e vírus no nosso corpo.
Os próprios cosméticos que usamos podem alterar a composição da microbiota da pele,site de apostas primeira aposta gratisformas que só agora estamos começando a compreender.
Algumas empresas acreditam que talvez seja possível estimular o crescimento dos micróbios "saudáveis", tratando a pele com "prebióticos" e "probióticos", para alimentar as bactérias boas, ou aplicando proteínas bacterianas ou lipídios diretamente ao rosto.
Existem poucas evidências publicadas sobre asite de apostas primeira aposta gratiseficácia, mas existem alguns sinaissite de apostas primeira aposta gratisque este procedimento pode ajustar o equilíbrio entre diferentes bactérias da pele.
Wilkinson também pesquisa se os vírus específicos que infectam as bactérias, conhecidos como bacteriófagos, e as moléculas que elas produzem podem ser usadas para eliminar Staphylococcus aureussite de apostas primeira aposta gratisforma dirigida, sem prejudicar o restante do microbioma.
"A ideia é que, eliminando as bactérias patogênicas e permitindo a restauração da microbiota natural, é possível acelerar o reparosite de apostas primeira aposta gratisferidas", explica ela.
"Tudo é muito estimulante para nós e esperamos que isso, eventualmente, leve a mudanças substanciais da nossa formasite de apostas primeira aposta gratistratamento dessas infecções", conclui.
Leia a versão original desta reportagem (em inglês) no site BBC Innovation.