Por que a Índia seguepoker combinaçãoperto as eleiçõespoker combinaçãoBangladesh deste domingo:poker combinação

Os primeiros-ministros da Índia, Narendra Modi, epoker combinaçãoBangladesh, Sheikh Hasina, se encontraram na capital indianapoker combinação2022.

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Os primeiros-ministros da Índia, Narendra Modi, epoker combinaçãoBangladesh, Sheikh Hasina, se encontraram na capital indianapoker combinação2022

Para a Índia, não se trata apenaspoker combinaçãoum país vizinho. Bangladesh é um forte aliado e parceiro estratégico fundamental para a segurança dos Estados do nordeste indiano. Por isso, os políticos da Índia defendem que Nova Déli precisa contar com um regime amigopoker combinaçãoBangladesh.

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Hasina formou fortes laços com a Índia desde que foi eleita pela primeira vez,poker combinação1996. E não é segredo que o governo indiano, comandado pelo primeiro-ministro Narendra Modi, deseja que ela mantenha o poder.

A primeira-ministra sempre justificou as fortes relações entre os dois países. Em uma visita à Índiapoker combinação2022, ela declarou que Bangladesh não deve esquecer a Índia, seu governo, seu povo e suas forças armadas, que ficaram ao lado do país durante a guerra da independência,poker combinação1971.

E o apoio do governo indiano ao seu partido Liga Awami levantou fortes críticas do PNB,poker combinaçãooposição.

"A Índia deve apoiar o povopoker combinaçãoBangladesh e não um partido específico", declarou à BBC um dos principais líderes do PNB, Ruhul Kabir Rizvi. "Infelizmente, os políticos indianos não querem a democraciapoker combinaçãoBangladesh."

Para Rizvi, a Índia está "alienando o povopoker combinaçãoBangladesh" ao defender Hasina abertamente e apoiar o que ele chamapoker combinação"eleição fictícia".

Um porta-voz do Ministério do Exterior indiano se recusou a comentar as acusações do PNB sobre a suposta interferência nas eleições do país vizinho.

"As eleições são um assunto domésticopoker combinaçãoBangladesh", declarou o porta-voz, ao ser questionado pela BBC. "Cabe ao povopoker combinaçãoBangladesh decidir seu próprio futuro. Como amigo próximo e parceiropoker combinaçãoBangladesh, gostaríamospoker combinaçãover eleições pacíficas no país."

Manifestação na Índia

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A Índia teme o retornopoker combinaçãogrupos islâmicos ao país se a primeira-ministrapoker combinaçãoBangladesh Sheikh Hasina não for reeleita

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A Índia também receia que o retorno do PNB e do partido Jamaat-e-Islami possam abrir o caminho para a voltapoker combinaçãogrupos islâmicos a Bangladesh, como aconteceu quando a coalizão esteve no poder entre 2001 e 2006.

"Eles permitiram o surgimentopoker combinaçãomuitos grupos jihadistas que foram usados para diversos objetivos, incluindo a tentativapoker combinaçãoassassinatopoker combinaçãoHasinapoker combinação2004 e a capturapoker combinação10 caminhões carregadospoker combinaçãoarmas que vieram do Paquistão", disse Pinak Ranjan Chakravarty, o ex-Alto-Comissário indiano na capitalpoker combinaçãoBangladesh, Daca.

Pouco depoispoker combinaçãoretornar ao poder,poker combinação2009, Hasina também caiu nas boas graças do governo indiano, por suas ações contra grupos insurgentes étnicos do nordeste da Índia. Alguns desses grupos estavam operando a partirpoker combinaçãoBangladesh.

A Índia e Bangladesh mantêm fortes laços culturais, étnicos e linguísticos comuns. Nova Déli teve papel fundamental na independênciapoker combinaçãoBangladesh do Paquistãopoker combinação1971, enviando tropaspoker combinaçãoapoio à Forçapoker combinaçãoResistência Bengali.

O país também depende da Índia para o abastecimentopoker combinaçãomuitos produtos essenciais, como arroz, verduras e leguminosas. A influência indiana sobre Bangladesh alcança desde a cozinha até a urna eleitoral.

A Índia também ofereceu a Bangladesh uma linhapoker combinaçãocréditopoker combinaçãomaispoker combinaçãoUS$ 7 bilhões (cercapoker combinaçãoR$ 34,5 bilhões) para projetospoker combinaçãoinfraestrutura e desenvolvimento desde 2010.

Mas, ao longo das décadas, surgiram desentendimentos nas relações entre os dois países, como disputas sobre o compartilhamentopoker combinaçãorecursos hídricos e acusaçõespoker combinaçãointerferênciapoker combinaçãoassuntos internos pelas duas partes.

"A Índia tem um problemapoker combinaçãoimagempoker combinaçãoBangladesh", segundo Debapriya Bhattacharya, importante membro do Centropoker combinaçãoDiálogo Políticopoker combinaçãoDaca.

Para ele, esse problema "vem da percepçãopoker combinaçãoque Bangladesh não está recebendo o melhor do seu bom vizinho, sejapoker combinaçãorelação ao apoiopoker combinaçãoNova Déli ao governo que talvez não conte com total legitimidade democrática, oupoker combinaçãoacordos nos quais buscamos participação justa".

Disputas regionais

Sheikh Hasina chegou ao poder pela segunda vezpoker combinaçãojaneiropoker combinação2009. Desde então, seu partido ganhou outras duas eleições, mas houve acusaçõespoker combinaçãofraude eleitoral generalizada. A Liga Awami negou as acusações.

A Índia ganhou acesso atravéspoker combinaçãoBangladesh por trem, rios e rodovias, para transportar mercadorias para seus Estados do nordeste do país. Mas os críticos destacam que Daca ainda não consegue praticar plenamente o comércio com o Nepal e o Butão – que não têm acesso ao mar – através do território indiano.

O trânsitopoker combinaçãomercadorias é outro motivo estratégico para que a Índia deseje ter um governo amigo no poderpoker combinaçãoDaca. Nova Déli quer garantir o acesso a estradas e rios para transporte até os sete Estados do nordeste indiano atravéspoker combinaçãoBangladesh.

A conexão por trem e rodovia entre o nordeste da Índia e o restante do país é normalmente feita através do Corredorpoker combinaçãoSiliguri, conhecido como "pescoço da galinha" – um corredor terrestrepoker combinaçãocercapoker combinação20 km entre o Nepal, Bangladesh e o Butão.

E as autoridades indianas receiam que essa passagem seja estrategicamente vulnerávelpoker combinaçãoum eventual conflito contra o maior rival da Índia na região – a China.

Diversos governos ocidentais já tentaram aumentar as sanções impostas a autoridadespoker combinaçãoBangladesh por supostas violações aos direitos humanos e execuções extrajudiciais. Mas a Índia tem resistido a essas ações.

Nova Déli chama as sançõespoker combinaçãocontraproducentes – principalmente porque a China está ansiosa para aumentarpoker combinaçãoinfluênciapoker combinaçãoBangladesh, como parte da disputa chinesa com a Índia pela supremacia regional.

 Sheikh Hasina e presidente da China, Xi Jinping

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O governo indiano teme que Bangladesh possa se aliar à Chinapoker combinaçãocasopoker combinaçãoum possível conflito com Nova Déli

"Nós deixamos claro para o Ocidente que, se forçarmos Hasina, ela irá para o lado chinês, como fizeram outros países", afirma Pinak Ranjan Chakravarty. "Isso irá causar um problema estratégico com a Índia. Não podemos permitir isso."

Quando o assunto é a Índia, mesmo com os fortes laços entre os dois governos, surgem suspeitas entre parte da populaçãopoker combinaçãoBangladesh.

"Não acho que os indianos sejam amigospoker combinaçãotodas as áreas", afirmou o comerciantepoker combinaçãoverduras Zamiruddin,poker combinaçãoDaca. "Estamos sempre tendo problemas com a Índia porque somos uma nação muçulmana."

"Precisaremos nos salvaguardar primeiro e, depois, confiar nos outros. Senão, teremos problemas", concluiu ele.

Enquanto Nova Déli receia a possibilidadepoker combinaçãoum reagrupamento islâmico, muitospoker combinaçãoBangladesh se preocupam com o que está acontecendo no outro lado da fronteira.

Grupospoker combinaçãodireitos humanos afirmam que, desde que o Partido Bharatiya Janata (PBJ),poker combinaçãotendência nacionalista hindu, chegou ao poder na Índiapoker combinação2014, a discriminação contra as minorias religiosas, particularmente os muçulmanos, aumentou. O PBJ nega a acusação.

Políticos indianos também alegam supostas infiltraçõespoker combinação"imigrantes ilegaispoker combinaçãoBangladesh". Acredita-se que esta seja,poker combinaçãoparte, uma referência aos muçulmanos bengalis que vivempoker combinaçãoEstados do nordeste da Índia, como Assam e Bengala Ocidental.

"Os maus tratos aos muçulmanos indianos criam alta possibilidadepoker combinaçãomaus tratos às minorias hinduspoker combinaçãoBangladesh", afirma Debapriya Bhattacharya. Os hindus constituem cercapoker combinação8% da populaçãopoker combinaçãoBangladesh.

Nova Déli tem a certezapoker combinaçãoque a manutençãopoker combinaçãoSheikh Hasina no poder irápoker combinaçãoencontro aos seus interesses. Mas o desafio indiano será conseguir se aproximar do povopoker combinaçãoBangladesh.