'Brasil não é prioridade para EUA e relação não deve mudar com Trump', diz analista :jogos cassino betano

No Brasil, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível até 2030, é admiradorjogos cassino betanoTrump, e o resultado da eleição americana pode motivar setores do bolsonarismo.

Mas Poggio afirma que isso não deve ter grande impacto nas próximas eleições presidenciais brasileiras.

"Uma lição clara das eleições americanas é que a questão econômica é central. Qualquer outro elemento deixajogos cassino betanoser importante quando a questão econômica se torna central", afirma.

Relações com Brasil e América Latina

A América Latinajogos cassino betanogeral, e o Brasiljogos cassino betanoparticular, não figuram na listajogos cassino betanoprioridades dos Estados Unidos e isso não deve mudar com o novo governo Trump.

"A América Latina [só] é prioridade americana ligada à agenda da imigração. Qualquer questão além disso não é prioridade nem dos democratas nem dos republicanos", ressalta Poggio.

"Acho que não tem grandes mudanças [na relação Brasil-EUA]", afirma.

"Historicamente, a relação Brasil-EUA tem uma certa estabilidade, com algumas pequenas alteraçõesjogos cassino betanorota, mas não mudanças expressivas."

Segundo Poggio, a principal mudança com o novo governo Trump é que os EUA deixam "definitivamente" para trás a propostajogos cassino betanoconstruçãojogos cassino betanouma ordem internacional, construída logo após a Segunda Guerra Mundial.

Com o republicano, na visãojogos cassino betanoPoggio, será um país mais isolacionista, nacionalista e protecionista.

"Sabemos, por exemplo, que os europeus vão ter que se reorganizar, sem poder contar mais com a ajuda americana, que prova ser não muito confiável", diz. "A questão vai ser como outros países, como o Brasil, também vão se organizar."

Poggio salienta que as iniciativasjogos cassino betanocaráter global, que requerem cooperação entre países, não devem mais contar com a presença dos EUA.

"Acho que vamos ter uma reorganização dessas iniciativas todas, sem a presença americana. E a questão é quem vai tomar a frente deste processo", diz.

O analista vê um desmonte da liderança americana ejogos cassino betanouma ordem internacional que era liderada, patrocinada e sustentada pelos Estados Unidos.

"Temos essa transformação, que é importante. Esses temas globais todos não afetam apenas a relação Brasil-EUA."

Poggio observa que pode aumentar o racha que já existe no Mercosul, diante da relaçãojogos cassino betanoTrump com o presidente argentino, Javier Milei.

"Mas isso deve ser mais por questões internas,jogos cassino betanocomportamento do que por alguma política específica do governo Trump", prevê. "É curioso, porque Milei é um libertário, Trump é um protecionista."

"É óbvio que há um fortalecimentojogos cassino betanoum certo modojogos cassino betanose fazer política,jogos cassino betanouma certa corrente ideológica", afirma. "A provajogos cassino betanoque o eleitor,jogos cassino betanofato não, liga muito para caráter ou estilo político ou bons modos quando outras questões estãojogos cassino betanojogo."

Lula e Bolsonaro

O analista acredita que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) "cometeu um erro ao dar palpite na eleição americana".

Poucos dias antes da votação, Lula declarou apoio à democrata Kamala Harris e criticou Trumpjogos cassino betanoentrevista à emissora francesa TF1+.

"Nós vimos o que foi o presidente Trump no final do seu mandato, ou seja, fazendo aquele ataque ao Capitólio. Uma coisa que era impensável acontecer nos Estados Unidos", disse Lula.

No entanto, para Poggio, após a confirmação da vitóriajogos cassino betanoTrump, o presidente brasileiro rapidamente tomou "a atitude correta"jogos cassino betanoparabenizar o republicano.

"Acho que isso é uma boa sinalizaçãojogos cassino betanoque vai se buscar uma política externa menos focada na relação entre pessoas e indivíduos", afirma Poggio.

"O grande erro do governo Bolsonaro foi achar que uma boa relação com Trump se traduziriajogos cassino betanouma boa relação com os EUA."

Para Poggio, "é uma lembrançajogos cassino betanoque a política externa deve ser feita com o cérebro, e não com o coração".

O analista lembra que a primeira vitóriajogos cassino betanoTrump,jogos cassino betano2016, "abriu caminho para uma sériejogos cassino betanocópias" e que "algumas delas se comprovaram bem-sucedidas, outras nem tanto".

Poggio destaca que esse novo estilojogos cassino betanofazer política, consagrado com Trump, inclui a defesajogos cassino betanoalgumas pautas específicas, principalmente a questão do nacionalismo e uma resistência ao processojogos cassino betanoglobalização, seja econômica ou cultural.

"É um estilo que deixajogos cassino betanolado qualquer indíciojogos cassino betanocivilidade. A civilidade deixajogos cassino betanoser importante como um processo central na política. A espetacularização da política torna-se mais importante do que qualquer tipojogos cassino betanobons modos", opina.

Poggio salienta que a vitóriajogos cassino betanoTrump pode motivar a base do bolsonarismo, mas não acredita que isso terá impacto nas próximas eleições presidenciais brasileiras que, assim como ocorreu nos EUA, devem ter como questão principal a economia.

"A percepção do americanojogos cassino betanoque a economia vai mal foi decisiva para a derrotajogos cassino betanoKamala Harris", diz, ressaltando o destaque para o custojogos cassino betanovida. "Seja por dados concretos ou pela própria faltajogos cassino betanocomunicação do Partido Democrata."

Para o analista, esta é a "lição fundamental dessas eleições norte-americanas".

"Se o Brasil estiver indo bem economicamente, isso favorece o governo. Se não estiver indo bem, não favorece."