O que revelou estudo sobre mulher que não sente medo:aplicativo casas das apostas

Para gerar esta sensação, os pesquisadores a expuseram a cobras e aranhas vivas, a levaram para visitar uma casa mal-assombrada e a convidaram para assistir filmesaplicativo casas das apostasterror.

Quando pediam a ela para desenhar o medo, S.M. pintava um bebê engatinhando.

O estudo foi realizado e publicadoaplicativo casas das apostas2010.

E a pesquisa localizou o medo no cérebro.

As emoções

A paciente S.M. sofria da síndromeaplicativo casas das apostasUrbach-Wiethe, uma doença rara que, entre outras coisas, induzia a formaçãoaplicativo casas das apostasdepósitosaplicativo casas das apostascálcio na amígdala, com subsequentes danos às células que formam esta estrutura cerebral.

A avaliação neuropsicológicaaplicativo casas das apostasS.M. revelou queaplicativo casas das apostasinteligência estava dentro dos padrões normais, que as diferentes funções cognitivas estavam preservadas e que não havia problemas motores, tampouco sensoriais ou perceptivos.

A principal deterioração que a paciente apresentava estava relacionada ao processamento da informação emocional.

S.M. não demonstrava dificuldade na horaaplicativo casas das apostasjulgar por meioaplicativo casas das apostasfotografias as emoções que os rostosaplicativo casas das apostasdiferentes pessoas expressavam, a não ser que fosse medo.

Parecia que ela era incapazaplicativo casas das apostascompreender e entender as reaçõesaplicativo casas das apostasmedo ao olhar para os outros. Não reconhecia as reaçõesaplicativo casas das apostasmedo nos rostosaplicativo casas das apostasoutras pessoas.

No entanto, do pontoaplicativo casas das apostasvista teórico, S.M. era capazaplicativo casas das apostasdescrever situações que poderiam causar medo nas pessoas, e também era capazaplicativo casas das apostasusar verbalmente diferentes conceitos para descrevê-las.

S.M. não conseguia representar esta emoção por meioaplicativo casas das apostasdesenhos.

Quando pediam para ela desenhar o rostoaplicativo casas das apostasuma pessoa com medo, ela desenhava a figuraaplicativo casas das apostasum bebê engatinhando.

Por outro lado, não apresentava tipo algumaplicativo casas das apostasdificuldade quando tinha que desenhar o rostoaplicativo casas das apostasuma pessoa que estava sentindo outra emoção.

Cobras e aranhas

No estudo publicadoaplicativo casas das apostasdezembroaplicativo casas das apostas2010, Feinstein, Adolphs, Damasio e Tranel tentaram provocar medoaplicativo casas das apostasS.M. expondo-a a cobras e aranhas vivas (estímulos que normalmente geram medoaplicativo casas das apostasprimatas humanos e não humanos)aplicativo casas das apostasuma lojaaplicativo casas das apostasanimais exóticos; levando-a para visitar um hospital supostamente "mal-assombrado"; e fazendo com que assistisse a filmesaplicativo casas das apostasterror.

Em nenhuma das ocasiões mencionadas, ela demonstrou o menor sinalaplicativo casas das apostasmedo.

S.M. dizia que odiava cobras e aranhas e tentava evitá-las, mas ao entrar na loja se sentiu espontaneamente atraída e cativada pela grande coleçãoaplicativo casas das apostasserpentes.

Um funcionário perguntou se ela gostariaaplicativo casas das apostassegurar uma cobra, e ela aceitou.

S. M. demonstrou um grande fascínio e curiosidade pelo animal. Ela repetia: "Isso é genial!", fazendo inúmeras perguntas ao funcionário da loja — por exemplo, "Quando olham para você, o que elas veem?".

Além disso, demonstrou um desejo compulsivoaplicativo casas das apostasquerer "tocar" nas cobras maiores e mais perigosas da loja.

O prédio assombrado

Os pesquisadores levaram S.M. ao Sanatório Waverly Hills, um antigo hospital localizadoaplicativo casas das apostasLouisville, no Estado americanoaplicativo casas das apostasKentucky, considerado um dos lugares mais assombrados dos Estados Unidos.

Entusiastas do mundo sobrenatural descrevem apariçõesaplicativo casas das apostasespectros e sons inexplicáveis, ​​e dizem que o quinto andaraplicativo casas das apostasWaverly Hills, conhecido como "Corredor da Morte", é particularmente ativoaplicativo casas das apostastermosaplicativo casas das apostasatividade paranormal.

O andar abrigava pacientes terminais, e reza a lenda que muitos morreram ali.

Ao chegar, S.M. e a equipeaplicativo casas das apostaspesquisa se juntaram a um grupoaplicativo casas das apostascinco mulheres (todas elas desconhecidas).

Desde o início, S.M. conduziu voluntariamente todo o grupo pelo hospital abandonado, sem mostrar nenhum sinalaplicativo casas das apostashesitação ao viraraplicativo casas das apostasuma esquina ou entraraplicativo casas das apostascorredores escuros.

Enquanto os demais membros do grupo ficavam para trás, ela gritava repetidamente: "Por aqui, pessoal, me sigam!"

Alémaplicativo casas das apostasdemonstrar uma evidente faltaaplicativo casas das apostasmedo, S.M. ostentava uma disposição incomum para explorar o local, e um alto nívelaplicativo casas das apostasexcitação e entusiasmo.

Os filmesaplicativo casas das apostasterror

Por fim, os pesquisadores utilizaram uma seleçãoaplicativo casas das apostasfilmes que induziam medo e outros tiposaplicativo casas das apostasemoções, incluindo nojo, raiva, tristeza, felicidade e surpresa.

Durante os filmes que não estavam relacionados a medo, S.M. sentiu a emoção induzida por cada uma das obrasaplicativo casas das apostasaltos níveis.

No entanto, não demonstrou reaçõesaplicativo casas das apostasmedo.

No entanto, ela comentou que a maioria das pessoas provavelmente ficaria assustada com o conteúdoaplicativo casas das apostastais filmes, embora ela não tenha ficado.

Isso demonstra queaplicativo casas das apostasfaltaaplicativo casas das apostasexperiência com o medo não pode ser totalmente explicada por um déficitaplicativo casas das apostasreconhecimento e compreensão.

Embora a históriaaplicativo casas das apostasvidaaplicativo casas das apostasS.M. seja repletaaplicativo casas das apostasacontecimentos traumáticos,aplicativo casas das apostasnenhum momento ela apresentou manifestaçõesaplicativo casas das apostasmedo.

A importância da amígdala

A pesquisa localizou a área responsável pelo medo no cérebro, aquela que estava danificadaaplicativo casas das apostasS.M.

A amígdala monitora constantemente as informações que recebemos do meio ambienteaplicativo casas das apostasbuscaaplicativo casas das apostassinaisaplicativo casas das apostasperigo.

O sistema nervoso registra estímulosaplicativo casas das apostasimportância biológica, como cobras ou aranhas, porque, para os nossos antepassados, ​​estes animais representavam uma ameaça. Desta maneira, evoluiuaplicativo casas das apostasforma que nos permite reconhecê-los, e isso contribui para nossa sobrevivência.

Porém, a amígdala também é ativada por estímulos positivos que têm importância para o indivíduo. E faz isso com baseaplicativo casas das apostasexperiências anteriores.

Desta forma, por meio dos mecanismosaplicativo casas das apostasmemória emocional que dependem da amígdala, alguns estímulos não têm importância para algumas pessoas, mas sãoaplicativo casas das apostasfundamental importância para outras.

O caso da paciente S.M. revelou a importância da amígdala na identificação das expressões faciaisaplicativo casas das apostasmedo.

No entanto, diversos estudos que acompanharam este caso clínico durante anos mostraram o papel que a amígdala pode desempenharaplicativo casas das apostasoutros aspectos mais complexos, por exemplo, a atenção ou a cognição social.

Ao compreender a forma como o cérebro processa o medo, graças a casos como oaplicativo casas das apostasS.M., podem ser encontrados tratamentos que impeçam que o medo tome conta das nossas vidas.

*Diego Redolar Ripoll é professoraplicativo casas das apostasneurociências e vice-reitoraplicativo casas das apostaspesquisa da Faculdadeaplicativo casas das apostasPsicologia e Ciências da Educação da Universidade Aberta da Catalunha, na Espanha.

Este artigo foi publicado originalmente no siteaplicativo casas das apostasnotícias acadêmicas The Conversation e republicado aqui sob uma licença Creative Commons. Leia aqui a versão original (em espanhol).