'Eu tinha 8 anos e meus amigos, 80': a história do menino colombiano que cuidavaapostas e palpites siteidosos e comoveu a França:apostas e palpites site
Mas a históriaapostas e palpites siteAlbeiro Vargas, o menino que a imprensa colombiana chamava na épocaapostas e palpites site“O Anjo do norte”, não começaapostas e palpites siteBucaramanga.
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A repescagem para a Copa do Mundo apostas e palpites site 2024 está logo à frente e estamos animados para ver quais times irão disputar o torneio apostas e palpites site junho a julho apostas e palpites site 20 24. Um time que garante emoção e classificação na Copa América apostas e palpites site 2024 é a Argentina, com a presença confirmada apostas e palpites site sua lenda, Lionel Messi.
Embora o Brasil seja o único representante sul-americano garantido na Copa do Mundo apostas e palpites site 2024, a Copa América 2024 será essencial para determinar os classificados adicionais nestes *playoffs intercontinentais*. O torneio reunirá times das Américas do Sul e do Norte. Na primeira fase, os times competirão apostas e palpites site {k0} grupos, com classificados avançando para as partidas eliminatórias.
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Messi anunciou sua presença no time da Argentina permanentemente após ganhar a Copa América com eles no ano passado.
A presença do melhor jogador do mundo garante emoção a cada jogo na Copa América 2024.
Lionel Messi planeja disputar a Copa do Mundo apostas e palpites site 2024 apostas e palpites site {k0} sua melhor forma.
Além do astro do Barcelona, a Argentina se qualificou automaticamente como sede da Copa América. Neste grupo, encontram-se além dos donos da casa, Chile e do Peru. Esses três times lidarão com um adversário qualificado do torneio **playoff** da CONCACAF.
Outros Fatores da Repescagem Internacional apostas e palpites site 2024
Vamos nos concentrar apostas e palpites site {k0} outras partes participants do playoff que definitivamente despertarão o interesse dos fãs da Copa do Mundo.
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1), Chivas apostas e palpites site {k0} (2000) e Tigresa (2024) chegando à final. "Trata-se De deixar
a zona do conforto para crescer ou ♣️ se desenvolver", acrescentou Lozano: Taça
Ela começa, como muitas outras no país, no campo, com o drama do deslocamento forçado.
Fugindo da violência
Antesapostas e palpites siteAlbeiro nascer, seus pais moravam no norte do departamentoapostas e palpites siteSantander, próximo ao centro urbanoapostas e palpites sitePuerto Wilches.
Uma toneladaapostas e palpites sitecocaína, três brasileiros inocentes e a busca por um suspeito inglês
Episódios
Fim do Novo podcast investigativo: A Raposa
Eles se dedicavam ao trabalho no campo com seus quatro filhos quando começaram a chegar ameaças tantoapostas e palpites sitegrupos guerrilheirosapostas e palpites siteesquerda quantoapostas e palpites siteparamilitaresapostas e palpites sitedireita.
“Junto com meu pai, minha mãe decide fugir e sair correndo para proteger meus irmãos mais velhos, com o intuitoapostas e palpites sitecuidar deles, para que não fossem para os grupos armados. E assim eles chegam a uma zonaapostas e palpites siteinvasão no norteapostas e palpites siteBucaramanga", conta à BBC News Mundo Albeiro que, aos 45 anos, ainda mantém intacta a malandragem infantil do menino que comoveu jornalistas internacionais há maisapostas e palpites site30 anos.
“Havia montanhasapostas e palpites sitelixo, e minha mãe e muitas outras famílias chegaram ali para invadir com caixasapostas e palpites sitepapelão”.
“Minha mãe conseguiu construir o barracão dela, conseguiu começar a vender coisas no bairro, fazer arepas. E vira empiricamente enfermeira, pela experiência que tinha injetando vacas e curando galinhas e porcos, quando os animais adoeciam no campo ."
Albeiro nasceuapostas e palpites site1978,apostas e palpites sitemeio a uma família repletaapostas e palpites sitecarências, mas, acimaapostas e palpites sitetudo, repletaapostas e palpites siteamor e valores, segundo ele conta à BBC News Mundo.
“Foi uma infância difícil, numa zona difícil: todos os dias ouvia-se gritosapostas e palpites siteabusos cometidos pelos pais com os filhos, e pelos maridos com as esposas”, recorda.
“Mas também podíamos ver na minha casa uma mãe protetora, uma mãe que todos os dias dava um pão para cada um, e que nos ensinava a dizer 'obrigado'."
“Esses valores importantes que se incutem na família e que não são uma questãoapostas e palpites sitedinheiro: na riqueza ou na pobreza, são uma questãoapostas e palpites siteatitude", afirma.
O contato com a velhice
Ao completar seis anos, Albeiro recebeu uma notícia: seu avô paterno viria morar com eles, no norteapostas e palpites siteBucaramanga.
Ele também teve que deixar o campo, mas por motivosapostas e palpites sitesaúde.
"Ele trabalhou até receber o diagnósticoapostas e palpites sitecâncer. Naquela época não havia possibilidadeapostas e palpites siteir ao hospital. A previdência social era muito difícil", lembra Albeiro.
“Então minha mãe cuidava dele com os remédios caseiros da época, era o sogro dela, e com que amor ela fazia isso. Com compaixão ela dava banho nele, vestia ele, oferecia um cafezinho, enquanto eu assistia."
Albeiro começou simplesmente levando café para o avô, mas pouco a pouco a relação dos dois ficou mais próxima.
“Ensinei a ele os númerosapostas e palpites siteum a dez, e as vogais. Virei professor dele, porque tudo o que me ensinavam na escola quando eu tinha sete anos, eu ensinava ao meu avô. E exigia dele como aluno, o repreendia quando não fazia o deverapostas e palpites sitecasa!"
Albeiro conta que dado o quão perigoso era o bairro — eles estavam expostos à prostituição, às drogas e, sobretudo, a grupos armados ilegais —,apostas e palpites sitemãe era superprotetora, razão pela qual seu avô,apostas e palpites site87 anos, se tornou seu melhor amigo.
“Era para ele que eu contava tudo e era eu quem ouvia todas as suas histórias”, relembra.
Poucos meses depois, o câncer deixou Albeiro sem o avô — e com um grande dilema que precisava resolverapostas e palpites sitealguma forma.
Brincando a sério
Com a morte recente do avô, Albeiro concentrouapostas e palpites siteatençãoapostas e palpites sitedescobrir quem poderia ser seu novo companheiroapostas e palpites sitebrincadeiras.
“Assim que meu avô morreu, fui até uma vovozinha vizinha e falei para ela: ‘Vovó, quero brincar com você’. E ela me disse: ‘Não, o que você quer é me roubar e tirar sarroapostas e palpites sitemim.'"
A complicada situaçãoapostas e palpites sitesegurança do bairro fazia com que qualquer pessoa ficasse alerta diante da chegadaapostas e palpites siteum estranho, principalmente se a pessoa que recebia a visita fosse idosa e estivesseapostas e palpites sitesituaçãoapostas e palpites sitevulnerabilidade.
Por isso, Albeiro traçou um plano: abordaria uma das idosas com o pedidoapostas e palpites site“querer brincar, mas também aprender a rezar o rosário”, uma oferta irresistível para uma idosa tradicionalapostas e palpites siteSantander.
Além disso, o truque tinha um valor agregado: “Me tornei o melhor rezadorapostas e palpites sitetodo o bairro”, lembra Albeiro com orgulho.
“Cada vez que alguém morria, me contratavam para rezar o rosário, e foi assim que fiquei conhecido no bairro”.
Isso abriu para ele as portas das casas dos idosos do bairro — e para as histórias dramáticas que os acompanhavam.
"Cheguei na casaapostas e palpites siteuma vovozinha que tinha cento e poucos anos. Eram três da tarde. Cheguei para cumprimentá-la, buscarapostas e palpites siteamizade, e percebi que a vovozinha estava com a boca cheiaapostas e palpites sitebitucasapostas e palpites sitecigarro.”, diz Albeiro, com o frescor da memória, como se tivesse acontecido ontem.
"Lembro que a repreendi e disse: 'Vovó, não seja porca! Isso vai te fazer mal'. E a vovozinha, com uma lágrima no rosto, me disse: 'Estou com muita fome, não comi nada.'"
“Acredite, naquele momento, me senti impotente. Senti muita vontadeapostas e palpites sitecorrer,apostas e palpites sitefazer algo — e, sim, corri para roubar pão da minha mãe, roubar porque sabia que minha mãe tinha muita dificuldade para darapostas e palpites sitecomer a oito filhos. Levei (o pão) para a vovó, e ela me disse: 'Mas eu não tenho dente para mastigar.'"
"Peguei um poucoapostas e palpites siteágua, e dei para ela o pão com água. Tenho este momento gravado (na memória)."
'O anjo do norte'apostas e palpites siteação
Quando a mãeapostas e palpites siteAlbeiro descobriu quem estava roubando o pão da cozinha, deu ao filho uma garrafa térmica, que ele poderia encherapostas e palpites sitecafé e distribuir aos idosos pela manhã, antesapostas e palpites siteir para a escola. Ele repetia a visita a alguns na parte da tarde.
“Foi assim que quando tinha oito anos já tinha cercaapostas e palpites site20 amigos entre 70, 80 e 90 anos”, lembra Albeiro, reconhecendo que isso se tornou uma responsabilidade muito grande para ele sozinho.
“Às vezes, os vovozinhos reclamavam comigo: ‘Vamos ver, menino Albeiro, você não veio ontem, e eu fiquei esperando'. E aquilo se tornou demais para mim. Foi quando decidi formar meu primeiro conselhoapostas e palpites siteadministração."
Albeiro explica queapostas e palpites sitesolução consistiuapostas e palpites siterecorrer a outras crianças da escola para ajudá-lo no trabalho com os idosos — e que esse grupo funcionava como haviam aprendido na escola.
“Em uma matéria chamada Ciências Sociais, ensinavam sobre o Executivo, o Legislativo, o conselhoapostas e palpites siteadministração, as funções do presidente, do secretário”, explica.
“Os cadernos estão exatamente aqui”, diz ele à BBC News Mundo,apostas e palpites siteseu escritórioapostas e palpites siteBucaramanga, “nos quais redigíamos as atas do conselho, os compromissos, os cardápios das refeições que levávamos para os idosos, a contabilidade, quando as pessoas me davam 100 pesos, e assim por diante."
Os feitos do “anjo do norte” continuaram crescendo até chegar aos ouvidos do jornalista Euclides Ardila, que publicouapostas e palpites sitehistória no jornal local Vanguardia Liberal. Com isso, o caso ganhou repercussão nacional e não demorou a cruzar as fronteiras do país.
A aparição do anjo
Da cadeira do cabeleireiro, onde leu a história pela primeira vez, o jornalista Tony Comitti diz que começou a planejar como faria a reportagem.
“Penseiapostas e palpites sitepassar três ou quatro dias com o menino. Naquela época, não havia internet nem celular, então a única formaapostas e palpites siteentrarapostas e palpites sitecontato com ele era ir procurá-lo”, diz à BBC News Mundo.
“Chegueiapostas e palpites siteBucaramanga com minhas câmeras, meu equipamento e entrei no táxi. Quando falei para o taxista para onde estava indo, ele me disse que eu estava louco, e que iam me roubar, mas eu disse a ele para seguirapostas e palpites sitefrente."
Ao chegar ao local onde Albeiro morava, Comitti conta que só precisou perguntar a uma pessoa: “O anjo? Claro, vamos, eu te levo até ele”.
A primeira vez que viu Albeiro, ele relembra, o meninoapostas e palpites siteoito anos estava ensinando um idoso a ler e escrever.
“Foi muito impactante vê-lo, e ele me disse que eu poderia segui-lo, então fiz isso, e nos três dias seguintes o vi fazer coisas absolutamente incríveis”.
A reportagem que Comitti havia planejado inicialmente ter uma duraçãoapostas e palpites sitetrês ou quatro minutos virou um documentárioapostas e palpites sitequase meia hora,apostas e palpites siteque Albeiro aparecia fazendo o que o tornou famoso, como indo às pressas ao banco para pagar o aluguelapostas e palpites siteuma idosa que estava sendo despejadaapostas e palpites sitecasa; e coletando alimentos do comércio local para levar aos "velhinhos".
Em uma cena impactante, Albeiro entra na casa onde uma idosa está trancada com cadeado — e a leva para dar banho. A mulher sofriaapostas e palpites siteum estado avançadoapostas e palpites sitedemência, e a filha tinha que deixá-la trancadaapostas e palpites sitecasa para evitar que algo acontecesse com ela.
Albeiro, junto a outras crianças que o ajudaram, perceberam que as temperaturas na casa improvisada ficavam insuportáveis durante o dia, e usaram a chave que a filha deixava escondida para dar banho nela naapostas e palpites siteausência.
Com as imagensapostas e palpites sitemãos, Comitti se despediuapostas e palpites siteAlbeiro e da mãe dele — e seguiu para Paris para iniciar a edição do documentário.
A comoção na França
Comitti lembra que mostrou as imagensapostas e palpites siteAlbeiro a pelo menos dois colegas e que, assim que eles viram, começaram a chorar.
“Estávamos esperando uma reação forte do nosso público, mas o que aconteceu foi insólito”, lembra o jornalista.
A redeapostas e palpites sitetelevisão recebeu pelo menos 200 ligaçõesapostas e palpites sitepessoas que queriam ajudar o pequeno “anjo do norte”, o “menino que havia trocado brincar por ajudar os idosos”.
Uma das maiores doações veioapostas e palpites siteuma mulher que, como lembra Comitti, “decidiu dar o que tinha, porque era viúva e não tinha filhos nem ninguém para quem dar”.
O programa também gerou furor no público, que queria conhecer pessoalmente aquele menino que passava por tantas dificuldades e fazia tanto bem àapostas e palpites sitecomunidade.
Comitti se lembra com amargura daquele momento e afirma ter rejeitado a ideia do canalapostas e palpites sitelevar o menino e mãe para a França, com o intuitoapostas e palpites sitefazer o habitual tour midiático dos acontecimentos da moda:
"Eu disse a eles que não, aquele não era o meu trabalho. Sou jornalista, e aquilo me parecia terrível."
A viagem aconteceu da mesma forma, sem a participaçãoapostas e palpites siteComitti, e o que ele temia que acontecesse, aconteceu, como lembra Albeiro:
“As pessoas me diziam: Alberro, Alberrito, Albergo. Elas queriam tocarapostas e palpites sitemim, e eu não entendia o que estava acontecendo."
“Lembro que me mudaramapostas e palpites sitehotel, mudaram meu nome porque muitos jornalistas queriam dar o furo. Queriam ver o Anjo da Colômbia, e esse canalapostas e palpites sitetelevisão me colocouapostas e palpites siteuma bolha. Foi uma coisa impressionante”.
A Fundação Albeiro Vargas
Um tempo depoisapostas e palpites siteseu retorno à Colômbia, Albeiro recebeu um convite da embaixada francesa para receber um cheque simbólico com os recursos que os franceses haviam doado após assistir ao documentário.
Simbólico porque Albeiro só poderia ter acesso aos fundos quando atingisse a maioridade.
“Perguntei a um amigo: 'Escuta, vão me dar um cheque simbólicoapostas e palpites siteBogotá'. E ele me disse: 'Bobo, vão te roubar, simbólico éapostas e palpites sitementira, falso'”, lembra Albeiro.
“Estava o diretor do canalapostas e palpites sitetelevisão que veio da França. A esposa do presidente da Colômbia estava lá e todos me disseram: 'Albeiro, sorria para as câmeras, vamos te dar um cheque'. E eu disse a eles: 'Não, senhores, me entreguem o dinheiro, não vão me roubar.'"
Quando lhe explicaram que ele teria acesso ao dinheiro quando fizesse 18 anos, Albeiro respondeu: "Bom então não me importo nem estou interessado porque quando eu tiver 18 anos os velhos já terão morridoapostas e palpites sitefrio e fome."
A resposta deixou todosapostas e palpites sitesilêncio.
Atravésapostas e palpites siteum acordo segundo o qual tanto a mãe como o embaixador eram os guardiões do dinheiro, Albeiro conseguiu continuar fazendo o seu trabalho e começou a pensarapostas e palpites siteexpandir a ação.
Um dos primeiros projetos - aos 14 anos - foi a compraapostas e palpites siteuma casa abandonada pertoapostas e palpites siteBucaramanga, que se expandiu e hoje abriga quase 500 idosos das áreas vizinhasapostas e palpites sitesituaçãoapostas e palpites sitepobreza.
A Fundação Albeiro Vargas e Anjos da Guarda também fez parceria com os 56 laresapostas e palpites siteidososapostas e palpites siteSantander para formar cuidadoresapostas e palpites site5.500 idosos abandonados da região.
Além disso, embora muitas crianças do bairro Albeiro tenham seguido outros caminhos, algumas das pessoas que iniciaram o projeto ainda trabalham com ele.
“Há um grupoapostas e palpites sitetrabalhoapostas e palpites site90 funcionários e não somos suficientes”, afirma Albeiro, frisando que são as doações que ajudam a fundação a continuar aberta.
O jornalista Comitti diz ter uma foto do pequeno Albeiro na entradaapostas e palpites sitesua produtora na França, já que a empresa existe graças ao documentário “O anjo do norte”.
“Às vezes é incrível como uma pessoa pode impactar tantas vidas”, diz Comitti, analisando o casoapostas e palpites siteAlbeiro.
Mas para Albeiro isso não deve ser considerado algo incrível.
“Se há algo a dizer sobre mim é que sou teimoso, mas é uma teimosia justa, por defender os direitos dos idosos. Acho que é isso que me faz hoje, 39 anos depois, dizer que é possível, sim, você pode mudar o mundo."
"Sim, você pode fazer coisas diferentes, porque querer é definitivamente poder."