Quem era jovem morto pela polícia que desencadeou protestos na França:apostaganha brt

Pouco depois das nove da manhãapostaganha brtterça-feira, ele morreu após ser baleado no peito, à queima-roupa, ao volanteapostaganha brtum carro Mercedes por fugir durante uma fiscalizaçãoapostaganha brttrânsito da polícia.

Ele não tinha antecedentes criminais, mas era conhecido da polícia.

"O que eu vou fazer agora?" perguntouapostaganha brtmãe. "Dediquei tudo a ele", disse ela. "Só tenho um, não tenho 10 [filhos]. Ele era minha vida, meu melhor amigo."

Sua avó fala dele como um "menino bom e gentil".

"A recusaapostaganha brtparar não lhe dá licença para matar", disse o líder do Partido Socialista, Olivier Faure. "Todos os filhos da República têm direito à justiça."

"Nada justifica a morteapostaganha brtum jovem (...). É inexplicável, imperdoável."

Com estas palavras, o presidente da França, Emmanuel Macron, reagiu na quarta-feira (28/6) à notícia da morte do jovem.

O presidente pediu "calma para que a justiça seja feita".

No entanto, a França registra há dois dias protestos violentos na cidade onde o adolescente morreu eapostaganha brtoutros locais do país.

Maisapostaganha brt6 mil pessoas compareceram à vigília, junto comapostaganha brtmãe, na cidadeapostaganha brtNanterre.

A mídia francesa informou que algumas pessoas que queriam participar da passeata temiam que mais violência ocorresse. Uma mulher disse à BBC que foi porque o incidente a fez questionar o quanto ela poderia confiar nas autoridades.

Com as autoridades prevendo outra noiteapostaganha brtviolência, foi anunciado que haverá toqueapostaganha brtrecolherapostaganha brtalgumas áreasapostaganha brtParis - além do fechamento dos serviçosapostaganha brtbonde e ônibus.

Um deles será aplicado no subúrbioapostaganha brtClamart, a sudoesteapostaganha brtParis, entre as 21:00 hora local (16:00 no horárioapostaganha brtBrasília) e as 06:00, a partir desta noite até segunda-feira, 3apostaganha brtjulho.

"Clamart é uma cidade segura e tranquila e estamos determinados a mantê-la assim", diz uma mensagem no site da cidade.

Enquanto isso, a cidadeapostaganha brtLille também suspenderá alguns serviçosapostaganha brttransporte público esta noite. Os trens e ônibus pararãoapostaganha brtoperar a partir das 20h, segundo um comunicado das autoridadesapostaganha brtLille.

A vidaapostaganha brtNahel

Nahel passou os últimos três anos jogando pelo clubeapostaganha brtrúgbi Pirates of Nanterre.

Ele fazia parteapostaganha brtum programaapostaganha brtintegração para adolescentes com dificuldades na escola, administrado por uma associação chamada Ovale Citoyen.

O programa visava levar pessoasapostaganha brtáreas carentes para o aprendizado e Nahel estava aprendendo a ser eletricista.

O presidente da Ovale Citoyen, Jeff Puech, era um dos adultos que o conheciam melhor. Ele o tinha visto poucos dias atrás e falavaapostaganha brtum "garoto que usava o rúgbi para sobreviver".

"Ele era alguém que tinha vontadeapostaganha brtse encaixar social e profissionalmente, não um garoto que traficava drogas ou se divertia com o crime juvenil", disse Puech ao Le Parisien.

Ele elogiou a "atitude exemplar" do adolescente, muito longe do desagradável assassinatoapostaganha brtreputação pintado nas redes sociais.

Ele conheceu Nahel quando ele morava comapostaganha brtmãe no subúrbioapostaganha brtVieux-Pont,apostaganha brtNanterre.

Não passou despercebido queapostaganha brtfamília eraapostaganha brtorigem argelina. "Que Alá lhe conceda misericórdia", dizia uma faixa estendida sobre o anel viárioapostaganha brtParis do ladoapostaganha brtfora do estádio Parc des Princes.

'Sistema judiciário é culpado pelo assassinatoapostaganha brtNahel', diz advogado

Um pouco antes, o advogado do adolescente assassinado Nahel falou ao programa Newshour do Serviço Mundial da BBC.

O policial que atirou e matou Nahel já foi indiciado por homicídio doloso. O advogadoapostaganha brtNahel, Yassine Bouzrou, disse que a impunidade dos policiais na França é parte do problema.

Bouzrou disse que o sistema judicial, e não o racismo, foi o culpado pelo que aconteceu com o jovemapostaganha brt17 anos.

"Temos uma lei e um sistema judicial que protege os policiais e cria uma culturaapostaganha brtimpunidade na França", disse ela ao Newshour, acrescentando que casos semelhantes ao longo dos anos mostram que "o sistema judicial ainda não está funcionando para as vítimas"apostaganha brttodo o país.