'Titanic brasileiro': o naufrágiocasa de aposta do flamengo5 minutos do Príncipecasa de aposta do flamengoAstúrias, a maior tragédia marítima brasileira:casa de aposta do flamengo

O navio tinha ainda: restaurante, biblioteca, deck com vidroscasa de aposta do flamengocristal e salacasa de aposta do flamengomúsica.

“Além da separação por pavimentos, cada classe tinha acasa de aposta do flamengocozinha e seu restaurante próprio. Assim, a cozinha internacional e requintada da primeira classe servia um cardápio diferente dos demais”, explica Plácido Cali, arqueólogo e historiador.

As famílias ricas ficavam nos “camarotes especiais” da primeira classe, com quarto, sala e banheiro com banheira. Enquanto o chamado setorcasa de aposta do flamengoimigrantes não tinha luxo, com quartos pequenos e até mesmo sem janelas.

“Os passageiros eramcasa de aposta do flamengovárias origens. Alémcasa de aposta do flamengoespanhóis, emcasa de aposta do flamengomaioria, havia italianos, portugueses, brasileiros, franceses, sírios, turcos, argentinos e ingleses. Dentre esses passageiros, havia trabalhadores do comércio, jornaleiros, domésticas, artistas, agricultores, industriários, curtidores, cozinheiros, carpinteiros, sapateiro e estudantes”, detalha o historiador.

Naufrágio durou 5 minutos

Já fazia 16 dias que o Príncipecasa de aposta do flamengoAstúrias estavacasa de aposta do flamengoalto mar. Era uma segunda-feiracasa de aposta do flamengocarnaval. Durante a noite, havia ocorrido um baile e os tripulantes dançaram marchinhas no salão principal do navio.

Naquela madrugada, chovia muito e a visibilidade estava péssima até mesmo para o experiente capitão José Lotina. Era a oitava viagem dele no comando do Príncipecasa de aposta do flamengoAstúrias.

O historiador conta que foram encontrados registroscasa de aposta do flamengovárias passagens do Príncipecasa de aposta do flamengoAstúrias pelo litoral do Brasil.

“Os documentos da 'Inspectoriacasa de aposta do flamengoImmigração no Portocasa de aposta do flamengoSantos' registram a passagem do Príncipecasa de aposta do flamengoAstúriascasa de aposta do flamengooutubro e novembrocasa de aposta do flamengo1914, janeiro, março, maio, julho, setembro e novembrocasa de aposta do flamengo1915; janeiro e marçocasa de aposta do flamengo1916, a última viagem dele”, explica.

Uma das alternativas encontradas por Lotina para fugir da tempestade e melhorar a navegabilidade naquela madrugada foi mudar a rota. Em vezcasa de aposta do flamengoseguircasa de aposta do flamengomar abertocasa de aposta do flamengodireção a Santos (SP), ele ordenou que um desvio fosse feito. Ele não sabia que a nova rota iacasa de aposta do flamengodireção à parte mais rasa do mar e que ali havia uma áreacasa de aposta do flamengocorais.

Às 4h15, o luxuoso transatlântico bateucasa de aposta do flamengoformações rochosas na área da Ponta da Pirabura, na costacasa de aposta do flamengoIlhabela (SP). O choque danificoucasa de aposta do flamengoestrutura, abrindo uma fendacasa de aposta do flamengoaproximadamente 40 metros no casco. Em poucos minutos, a casacasa de aposta do flamengomáquinas do navio foi inundada, causando a explosão das caldeiras, que partiu a embarcaçãocasa de aposta do flamengotrês pedaços.

Em cinco minutos, a tragédia aconteceu: o Príncipecasa de aposta do flamengoAstúrias naufragou e levou à morte maiscasa de aposta do flamengo440 pessoas, o que rendeu ao transatlântico o apelidocasa de aposta do flamengo"Titanic brasileiro”.

Para se ter uma ideia da rapidez do naufrágio, o Titanic levou maiscasa de aposta do flamengoduas horas para afundar completamente.

Foram resgatadas 143 pessoas que estavam no Príncipecasa de aposta do flamengoAstúrias e diversos cadáveres foram retirados do mar por um navio inglês que passou pelo local após a tragédia.

Maiscasa de aposta do flamengoum século depois, a razão do naufrágio do Príncipecasa de aposta do flamengoAstúrias ainda é motivocasa de aposta do flamengocontrovérsia.

O corpo do capitão José Lotina nunca foi encontrado, assim como ocasa de aposta do flamengoseu primeiro oficial, Antônio Salazar Linas.

Especula-se que havia imigrantes europeus sendo transportados clandestinamente porque o númerocasa de aposta do flamengosepulturas encontradas nas praias passoucasa de aposta do flamengomil.

O Príncipecasa de aposta do flamengoAstúrias

O navio foi construído na Escócia, dois anos antes do naufrágio,casa de aposta do flamengo1914, sob encomendacasa de aposta do flamengouma companhia espanhola.

Ele tinha uma estruturacasa de aposta do flamengoduplo casco, assim como o Titanic. Essa tecnologia, na época, era considerada capazcasa de aposta do flamengotornar a viagem mais rápida e segura.

O transatlântico era um navio misto: transportava pessoas e também cargas.

Na viagem que resultou na tragédia, além dos passageiros e tripulantes, a embarcação estava carregada com fios elétricos, vinho português, metais como estanho e cobre, e também 12 estátuascasa de aposta do flamengomármore e bronze que tinham como destino o Monumento dos espanhóis (La Carta Magna y las Cuatro Regiones Argentinas),casa de aposta do flamengoBuenos Aires.

Acredita-se também que no navio havia 40 mil libras-ouro, porém elas nunca foram encontradas.

Veja a lista completa dos itens que estavam sendo transportado pelo transatlântico no dia da tragédia:

Mergulho difícil

Hoje, maiscasa de aposta do flamengo100 anos depois do naufrágio, muitos dos destroços do navio estãocasa de aposta do flamengouma profundidadecasa de aposta do flamengo9 a até 30 metros, no litoral nortecasa de aposta do flamengoSão Paulo, e é possível mergulhar no local para vê-los.

No entanto, a área é um pontocasa de aposta do flamengomergulho desafiador devido à movimentação da água no local.

Além disso, a cor turva deixa o local onde estão os destroços mais escuro, o que pode confundir os mergulhadores – especialistas alertam para o riscocasa de aposta do flamengoentrar nos destroços do navio sem perceber e se perder no local. Apenas profissionais experientes conseguem acessar a área.

Assim, durante os mergulhos, é difícil ver os restos do transatlântico com clareza. Entretanto, ainda é possível avistar itens que compunham o cenário, como banheiras, chuveiros e até mesmo encontrar itens que eram levados a bordo, como pratos e outros utensílios.

Mergulhador profissional há 35 anos, João Paulo Franco,casa de aposta do flamengo52 anos, mais conhecido como Johnny, já visitou os destroços do Príncipecasa de aposta do flamengoAstúrias seis vezes.

“É um mergulho difícil porque é um localcasa de aposta do flamengoque a água sempre está muito mexida, mesmo quando o mar está tranquilo. Mas é uma experiência muito interessante, é possível identificar onde eram a primeira e segunda classes, encontrar itens como as banheiras que tinham as cabines, e ver a parte das caldeiras e os porões. É um verdadeiro mergulho na história”, diz.

Materiais recuperados compõem museu

Muitas dessas relíquias que estavam no Príncipecasa de aposta do flamengoAstúrias foram retiradas dos escombros pelos mergulhadores ao longo dos anos.

Elas e diversos itens encontrados na época do naufrágio por moradores do litoral compõem o Museu Náutico, que foi inauguradocasa de aposta do flamengoIlhabela,casa de aposta do flamengojunhocasa de aposta do flamengo2022.

No museu, é possível encontrar talheres e pratos utilizados pelos hóspedes a bordo e até mesmo bonecas pertencentes a meninas que estavam viajando.

“Também foi recuperada uma das 12 estátuascasa de aposta do flamengobronze, destinadas ao Monumento dos espanhóis, do Parque Palermo,casa de aposta do flamengoBuenos Aires. Hoje ela está no Museu da Marinha, no Rio Janeiro (RJ). Há mais peças retiradas do navio Príncipecasa de aposta do flamengoAstúrias, no momentocasa de aposta do flamengopodercasa de aposta do flamengoparticulares, e é objetocasa de aposta do flamengoInquérito Civil ecasa de aposta do flamengoprocesso no IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, para que esse material seja destinado ao Museucasa de aposta do flamengoIlhabela”, explica o historiador.

Cercacasa de aposta do flamengo85 mil visitantes já passaram pelo museu desde a inauguração.