'Se países ricos cumprissem promessas, teriam mais moral para cobrar', diz negociador-chefe do Brasil para o clima:zentaurus slot free
A delegação brasileira chegará a Dubai embalada por dados favoráveiszentaurus slot freerelação à queda do desmatamento na Amazônia (quedazentaurus slot free57%zentaurus slot freesetembro deste ano na comparação com o ano passado) e seguindo a linha adotada por Lula nos últimos meses, que colocou o meio ambiente como um dos pilares dazentaurus slot freepolítica internacional. Um dos exemplos da diplomacia ambiental internacionalzentaurus slot freeLula foi realização da COP-30zentaurus slot freeBelém,zentaurus slot free2025, já confirmada pela ONU.
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Mas ao mesmo tempozentaurus slot freeque o governo usa o meio ambiente para ampliarzentaurus slot freeinfluência global, ele também deverá enfrentar o escrutínio da opinião pública internacional por continuar a apostar na exploraçãozentaurus slot freepetróleo, principal responsável pelas mudanças climáticas.
Nos últimos meses, setores do governo e a Petrobras vêm defendendo, por exemplo, a exploraçãozentaurus slot freepetróleo na bacia da Foz do Rio Amazonas, no litoral do Amapá, uma região considerada sensível da Amazônia.
Em entrevista exclusiva à BBC News Brasil, Corrêa do Lago evita dizer que a aposta do Brasilzentaurus slot freecombustíveis fósseis seja uma contradição da política ambiental do país. Segundo ele, o Brasil teria diversas opções no campo energético e poderia se adaptar ao que o mundo decidirzentaurus slot freetorno do futuro do petróleo.
Corrêa do Lago disse que o Brasil vai pressionar os países ricos a cumprirem a promessazentaurus slot freeaportar US$ 100 bilhões por ano até 2025 (novo prazo para o compromisso feitozentaurus slot free2009) e defendeu que a China, maior emissorazentaurus slot freegases do efeito estufa, não seja obrigada a contribuir para fundos internacionais para a mitigação dos efeitos da mudança climática. A cobrança para que a China faça parte desses fundos vem sendo feita por países ameaçados pelo aumento no nível dos oceanos e pelos Estados Unidos.
“Quando os países desenvolvidos pressionam a China, eles, na realidade, querem é diminuir azentaurus slot freeresponsabilidade”, disse.
Confira os principais trechos da entrevista:
zentaurus slot free BBC News Brasil - Quais são os principais pontoszentaurus slot freeinteresse dessa COP para o Brasil? O que estázentaurus slot freejogo para o Brasil?
zentaurus slot free André Corrêa do Lago – Entre todas essas negociações, provavelmente a mais importante é o que está sendo chamadozentaurus slot freeGlobal Stock Take, que a gente poderia traduzir por “balanço global”. O balanço global é um resumo do que os países conseguiram definir como seus principais êxitos e suas maiores dificuldades na implementação do Acordozentaurus slot freeParis. A importância desse balanço é que ele vai orientar o tema principal da COP 29, que será relacionada aos recursos financeiros para combater as mudanças climáticas [...] Há, também, uma expectativa muito grande quanto ao temazentaurus slot freeenergia [...] No nosso caso, o presidente Lula pretende abordar o tema das florestas sob o pontozentaurus slot freevista dos países florestais. Nós estamos conversando com outras importantes regiões florestais, como a bacia do Congo (na África) ou a Bacia do Mekong (na Ásia), para que os países florestais tenham uma posição tão próxima quanto possível nas discussões do clima.
zentaurus slot free BBC News Brasil - Os dados oficiais apontam uma queda na taxazentaurus slot freedesmatamento na Amazônia. Essa queda tem algum impacto na forma como o Brasil chega para a COP-28?
zentaurus slot free André Corrêa do Lago – O fatozentaurus slot freeo Brasil estar conseguindo combater a principal fonte das suas emissões é um exemplo extraordinário para o mundo. O Brasil conseguiu diminuir cercazentaurus slot free50% das suas emissõeszentaurus slot freeoito meses. É uma coisa gigantesca. O Brasil chegará à COP 28 como um país que assumiu o seu principal problemazentaurus slot freeemissões, que é desmatamento, e por isso pode cobrar dos outros para que eles resolvam os seus problemas. O principal motivo que provoca a mudança do clima é a energia (queimazentaurus slot freecombustíveis fósseis). Maiszentaurus slot free70% das emissões vêm daí. O tema do desmatamento é muito importante para o Brasil, mas a realidade é que,zentaurus slot freetermos globais, o desmatamento é menoszentaurus slot free10% das emissões do mundo. Acabar com o desmatamento é uma coisa importantíssima, mas não resolve o problema porque o que resolve é o que se vai fazer com as emissões oriundas da produçãozentaurus slot freeenergia.
zentaurus slot free BBC News Brasil - Em que pese o fatozentaurus slot freehaver redução no desmatamento na Amazônia, setores do governo, e a Petrobras, que é controlada pelo governo, continuam apostando na exploraçãozentaurus slot freecombustíveis fósseis. Isso é uma contradição ezentaurus slot freeque forma isso afeta a imagem do Brasilzentaurus slot freeuma COP?
zentaurus slot free André Corrêa do Lago - Eu não usaria a palavra contradição por alguns motivos. O Brasil tem uma matriz energética entre as mais limpas do mundo. Temos praticamente 90% da nossa eletricidade vindazentaurus slot freeenergia renovável. Isso é uma posição que as maiores economias do mundo gostariamzentaurus slot freeter. Essa posição nos permite ajustar uma questão também muito particular brasileira, que foi o fatozentaurus slot freenós que temos descoberto muito petróleo relativamente tarde. É importante que haja esse debate dentro do Brasil sobre como nós vamos avançar.
zentaurus slot free BBC News Brasil - Do pontozentaurus slot freevista global, se o petróleo extraído pelo Brasil for queimado aqui ou fora do país, ele contribuirá para o aquecimento global da mesma forma. Não é contraditório o Brasil querer ser líder na agenda climática ao mesmo tempozentaurus slot freeque continua apostandozentaurus slot freepetróleo?
zentaurus slot free André Corrêa do Lago - É preciso levarzentaurus slot freeconsideração várias coisas. Há países como a Noruega que são grandes produtoreszentaurus slot freepetróleo e também são líderes na discussão sobre o combate às mudanças climáticas [...] O problema é que a negociaçãozentaurus slot freemudança do clima começou como uma discussão ambiental, mas se tornou tão importante e tão divisiva porque ela é essencialmente econômica. Todos os países do mundo têm setores que vão sofrer no esforçozentaurus slot freecombate à mudança climática. [...] O essencial nesse debate com relação ao petróleo é lembrar que cada país tem que encontrar azentaurus slot freeformazentaurus slot freefazer. [...] as escolhas têm que ser feita pelo próprio país, soberanamente, e não por imposiçãozentaurus slot freeoutros interesses.
zentaurus slot free BBC News Brasil - Os relatórios mais recentes do Painel Intergovernamentalzentaurus slot freeMudança do Clima (IPCC, na siglazentaurus slot freeinglês) dizem que o mundo precisa,zentaurus slot freeforma rápida, reduzir o usozentaurus slot freecombustíveis fósseis, o chamado “phase out” ou “phase down”. O Brasil vai apresentar alguma proposta redução ou abolição dos combustíveis fósseis na COP-28?
zentaurus slot free André Corrêa do Lago - Não. Nesta COP não há espaço para isso.
zentaurus slot free BBC News Brasil - Não há espaço porque o assunto não está maduro dentro do Brasil?
zentaurus slot free André Corrêa do Lago - Não há espaço porque o assunto não está maduro internacionalmente. Não há uma negociação para o “phase out” ou “phase down”. O tema não está na agendazentaurus slot freenegociação dessa COP.
zentaurus slot free BBC News Brasil - Faz diferença o Brasil liderar o debatezentaurus slot freemudança climáticazentaurus slot freeflorestas, que respondem por 10% das emissões e não liderar o temazentaurus slot freerelação à energia, que representa 70%?
zentaurus slot free André Corrêa do Lago - O Brasil é um país que tem várias opções. Outros produtoreszentaurus slot freepetróleo não têm as opções que o Brasil tem. O Brasil vai ter muito mais capacidadezentaurus slot freese adaptar às tendências que serão decididas internacionalmente por todos os países na comparação com outras nações.
zentaurus slot free BBC News Brasil - Em 2009, os países ricos prometeram US$ 100 bilhões por ano até 2020 (o prazo foi ampliado para 2025) para combater os efeitos das mudanças climáticas, mas as estimativas apontam que esse valor nunca foi alcançado. Qual o tamanho do prejuízo global por não terem cumprido essa promessa?
zentaurus slot free André Corrêa do Lago - Essa é uma questão muito constrangedora para os países desenvolvidos, porque eles também estão divididos. Tem vários países envolvidos, como vários países europeus, por exemplo, que têm contribuídozentaurus slot freemaneira significativazentaurus slot freerecursos. Mas há outros países desenvolvidos que não têm contribuído. Você acaba tendo uma disputa entre os países ricos. Eles se indagam: “Por que vou dar US$ 20 bilhões se um outro país, tão rico como eu, só está dando US$ 3 bilhões?”.
zentaurus slot free BBC News Brasil - O não cumprimento dessa promessa afeta a credibilidade da COP e dos países desenvolvidos?
zentaurus slot free André Corrêa do Lago - Sim, afeta a credibilidade da negociação. E vários setores econômicos e vários países apostam nesse enfraquecimento da convergência sobre o assunto. Nós temos que resistir à tentaçãozentaurus slot freeculpar a COP por não haver resultados ou pelo fatozentaurus slot freeos resultados não estarem sendo eficazes. Isso só favorece quem quer enfraquecer as negociações.
zentaurus slot free BBC News Brasil - Que países e setores estão, hoje, interessadoszentaurus slot freeenfraquecer essas negociações?
zentaurus slot free André Corrêa do Lago - Em geral, você não tem países que são inteiramente contra ou inteiramente a favor das negociações. Os países estão um pouco divididos [...] Tem setores refratários a essa agendazentaurus slot freetodos os países do mundo.
zentaurus slot free BBC News Brasil - O Brasil pretende pressionar os países ricos,zentaurus slot freealguma forma, a cumprir a promessa dos US$ 100 bilhões?
zentaurus slot free André Corrêa do Lago - O Brasil vai, sim, pressionarzentaurus slot freemaneira muito significativa tanto no contexto do G77+China (grupozentaurus slot free134 paíseszentaurus slot freedesenvolvimento e a China) e no contexto do BASIC (sigla para Brasil, África do Sul, Índia e China). Vamos pressionar, também, individualmente [...] O Brasil será um dos principais porta vozes dessa decepção com os países ricos.
zentaurus slot free BBC News Brasil – Países mais ameaçados pelo aumento no nível dos oceanos como pequenas ilhas oceânicas zentaurus slot free e zentaurus slot free outras nações como os Estados Unidos passaram a pressionar a China a contribuir para mecanismoszentaurus slot freemitigação dos efeitos das mudanças climáticas porque o país é, hoje, o maior emissorzentaurus slot freegases do efeito estufa no mundo. A China deveria contribuir para esses fundos?
zentaurus slot free André Corrêa do Lago - Não no contexto da convenção para o clima (COP) porque ela coloca, muito claramente, quais são as obrigações para os países desenvolvidos e para os paíseszentaurus slot freedesenvolvimento. Portanto, no contexto da Convenção, a posição da China é totalmente correta.
zentaurus slot free BBC News Brasil - Mas a China é hoje o país que mais emite gases do chamado efeito estufa...
zentaurus slot free André Corrêa do Lago - Isso acontece porque ela é o país que mais cresce no mundo e o que mais diminuiu a pobreza. O que a China pode fazer são coisas fora do âmbito da Convenção. Quando os países desenvolvidos pressionam a China, eles, na realidade, querem é diminuir azentaurus slot freeresponsabilidade. Se os países desenvolvidos cumprissem com o que eles se comprometeram, eles teriam muito mais moral para poder cobrar dos outros. Há vários países da União Europeia dizendo que os países desenvolvidos têm que chegar aos US$ 100 bilhões para ter a credibilidadezentaurus slot freepoder cobrar mais dos outros. Como vão cobrar dos outros sem cumprir azentaurus slot freeparte?
zentaurus slot free BBC News Brasil - O governo recalculou suas metaszentaurus slot freereduçãozentaurus slot freeemissõeszentaurus slot freegases do efeito estufa (essas metas são conhecidas como NDC, siglazentaurus slot freeinglês para Contribuição Nacional Determinada) e voltou aos parâmetros originais estabelecidoszentaurus slot free2015. Diante da emergência climática, ambientalistas argumentam que o Brasil deveriam apresentar metas mais agressivas. O Brasil vai indicar uma NDC mais ambiciosa nesta COP?
zentaurus slot free André Corrêa do Lago – Isso deverá acontecer apenas na COP-30, que é quando todos os países deverão apresentar metas mais ambiciosas [...]Pode-se dizer que a atual NDC não foi um progresso, mas este governo está assumindo o compromissozentaurus slot freecompensar tudo o que foi feitozentaurus slot freeerrado nos últimos quatro anos. Estamos voltando ao que foi estabelecido no Acordozentaurus slot freeParis, mas não contávamos que teríamos quatro anoszentaurus slot freeretrocesso.
zentaurus slot free BBC News Brasil - Qual seria o impacto que a eventual aprovação da exploraçãozentaurus slot freepetróleo na bacia da Foz do Amazonas teria na imagem do Brasil no momentozentaurus slot freeque o país tenta liderar o debate climático?
zentaurus slot free André Corrêa do Lago - Quando se falazentaurus slot freenegociação climática, o que se espera do Brasil é efetividade no combate ao desmatamento e o petróleo não é visto como uma questão do Brasil.
zentaurus slot free BBC News Brasil – O senhor não fez menção à extração na bacia da Foz do Amazonas...
zentaurus slot free André Corrêa do Lago - Esse é um tema extremamente importante na sociedade brasileira e que tem que ser amplamente debatido com a com o conhecimento dos dados e seus possíveis impactos. A população do Estado do Amapá, por exemplo, conta com esses recursos para o seu desenvolvimento. O Pará também. No Brasil, temos um governo democrático, uma sociedade civil extremamente atuante e cientistaszentaurus slot freealta qualidade para conseguirmos debaterzentaurus slot freeuma maneira muito objetiva quais são as vantagens e desvantagens para o paíszentaurus slot freeescolher um caminho ou outro.
zentaurus slot free BBC News Brasil - Há algumas semanas, o senhor disse que a questão ambiental não poderia ser usada como pretexto para medidas protecionistas comerciais. Neste ano, a União Europeia enviou uma carta adicional ao texto do acordo comercial com o Mercosul que continha exigências e criava possíveis sanções focadas no cumprimentozentaurus slot freemetas ambientais. A União Europeia usou o tema ambiental para fins comerciais?
zentaurus slot free André Corrêa do Lago - O que aconteceu ali foi um acúmulozentaurus slot freeerros táticos da União Europeia. Essa carta foi um erro tático na medidazentaurus slot freeque eles a divulgaram quando o governo já era outro, e um governo que já tinha apresentado plena disposiçãozentaurus slot freemudar a política ambiental anterior. A União Europeia tem uma burocracia muito eficiente, mas que cometeu um erro tático nesse caso [...] Nenhum país do mundo gostazentaurus slot freeparecer estar sendo forçado a fazer alguma coisa. Há um desejo muito claro deste governozentaurus slot freemelhorar os indicadores ambientais, mas no momentozentaurus slot freeque outros pedem para você fazer, isso diminui azentaurus slot freeboa vontadezentaurus slot freefazer algo que você tinha toda intençãozentaurus slot freerealizar.
zentaurus slot free BBC News Brasil – Na entrevista que o senhor deu recentemente ao jornal Valor Econômico, o senhor disse que a pauta ambiental não poderia ser usada para fins comerciais. Neste caso concreto, foi isso o que aconteceu?
zentaurus slot free André Corrêa do Lago - Nossas dificuldades na área agrícola com a União Europeia são famosas e antigas. Comozentaurus slot freetodos os países do mundo, os setores que vão perder no esforçozentaurus slot freecombater a mudança do clima são muito mais ativos do que os setores que vão ganhar. Esses setores que temem a competitividade do Brasil foram ativos dentro da União Europeia para procurar criar situações complexas para os produtos brasileiros ou do Mercosul. Nesse sentido, a interpretaçãozentaurus slot freeque há uma dimensão essencialmente comercial (no envio da carta) pode ser legítima, mas é um debate muito complexo porque há vários setores da União Europeia que querem que os produtos brasileiros aumentemzentaurus slot freeparticipação no mercado europeu. Eu não creio que haja uma intenção política.