O curioso vínculo entre hibernação animal e envelhecimento — e o que podemos aprender com isso:0800 betfair

Uma vez por dia as pessoas se levantavam para comer um pedaço0800 betfairpão e beber um copo0800 betfairágua. Após a refeição simples, voltavam a dormir e os familiares se revezavam para manter o fogo aceso.

Há também descrições nas histórias entre os inuítes da Groenlândia (população indígena também presente no Alasca e no Canadá)0800 betfairum sono prolongado, semelhante a uma hibernação, durante os longos e escuros meses0800 betfairinverno.

Em algumas partes da Groenlândia é escuro0800 betfairnovembro até o final0800 betfairjaneiro.

Um estudo0800 betfair2020 sugere que os hominini, ancestrais do ser humano, podem ter hibernado quando povoaram a terra há 400 mil anos.

Ossos descobertos0800 betfairuma caverna na Espanha mostram uma interrupção sazonal no crescimento, sugerindo que um dos antecessores do homem poderia ter usado a mesma estratégia dos ursos das cavernas para sobreviver aos longos invernos.

Animais e hibernação

A hibernação é mais profunda e complexa do que o sono normal e inclui mudanças dramáticas no metabolismo.

Esse longo período0800 betfairdescanso combina diversas condições relacionadas à longevidade, redução na ingestão0800 betfaircalorias, baixa temperatura corporal e metabolismo lento.

Animais que hibernam tendem a viver mais0800 betfaircomparação com outras espécies do mesmo tamanho.

Outros estudos recentes que utilizam relógios epigenéticos, que mapeiam a atividade dos genes ao longo do tempo, sugerem que a hibernação retarda o envelhecimento0800 betfairmarmotas e morcegos.

A hibernação pode, portanto, conter pistas importantes sobre como retardar os processos0800 betfairenvelhecimento.

Existem diferentes formas0800 betfairenvelhecimento: idade cronológica e biológica.

Na realidade, a idade cronológica refere-se apenas a quantas revoluções a Terra fez0800 betfairtorno do Sol desde que nascemos.

Não é o tempo0800 betfairsi que nos envelhece, mas sim o “desgaste”.

A idade biológica mede o desgaste. É uma medida0800 betfairsaúde mais completa e pessoal do que a idade cronológica e um melhor preditor0800 betfairlongevidade.

Um estudo0800 betfair2023 estabeleceu que a idade biológica varia e que um aumento temporário, por exemplo durante uma cirurgia ou um período0800 betfairestresse, é revertido quando a pessoa se recupera.

As doenças do “desgaste”

As doenças relacionadas com o estilo0800 betfairvida e que se acumulam com a idade, como as doenças cardiovasculares, a obesidade, a demência e a doença renal crônica, são causadas pelo “desgaste”.

Isso resulta0800 betfairinflamação, alteração na composição da microbiota intestinal e aumento do estresse oxidativo.

O estresse oxidativo ocorre quando há muitos radicais livres (átomos instáveis ​​que danificam as células)0800 betfairseu corpo.

Uma nova ciência baseada0800 betfairrelógios epigenéticos e0800 betfairlições aprendidas com animais0800 betfairhibernação poderia nos ajudar a tratar pacientes que sofrem0800 betfairdoenças causadas por “desgaste”.

Poderíamos usar medicamentos que podem retardar o envelhecimento.

Por exemplo, a metformina é o principal medicamento0800 betfairprimeira linha para o tratamento do diabetes tipo 2.

Regula a inflamação, a sensibilidade à insulina e retarda os danos ao DNA causados ​​pelo estresse oxidativo.

Há evidências crescentes0800 betfairque pode ajudar a controlar outras doenças "debilitantes", como doenças cardiovasculares, e o uso prolongado da droga pode estar associado a um menor declínio cognitivo.

Aprender mais sobre a hibernação pode beneficiar a medicina humana no tratamento0800 betfairlesões cerebrais traumáticas, perda grave0800 betfairsangue, preservação da massa muscular e óssea e fornecer melhor proteção durante o transplante0800 betfairórgãos.

Um estudo0800 betfair2018 descobriu que imitar as condições0800 betfairhibernação para armazenar enxertos renais0800 betfairdoadores falecidos parecia melhorar o nível0800 betfairpreservação.

A degeneração do músculo esquelético é frequentemente determinada por genes, mas esses genes parecem estar desativados nos ursos que hibernam.

Animais e longevidade

Também podemos aprender com animais0800 betfairvida longa que não hibernam, como o tubarão da Groenlândia, o rato-toupeira-pelado, o molusco islandês e o peixe bodião-de-rougheye [Sebastes aleutianus].

Estas espécies desenvolveram mecanismos superiores que as protegem contra o envelhecimento.

Parece que a proteção contra a inflamação, o estresse oxidativo e as modificações proteicas que ocorrem com a idade são mecanismos que geralmente beneficiam todos os animais0800 betfairvida longa.

Estudos genéticos do bodião-de-rougheye, que pode viver mais0800 betfair200 anos, sugerem que um grupo0800 betfairalimentos chamados flavonoides está ligado à longevidade.

Frutas cítricas, frutas vermelhas, cebola, maçã e salsa são ricas0800 betfairflavonoides, que possuem propriedades antiinflamatórias e protegem contra danos aos órgãos, por exemplo, causados ​​por produtos químicos ou pelo envelhecimento.

O estudo0800 betfair2023 sobre o bodião-de-rougheye descobriu que um conjunto0800 betfairseus genes que poderiam estar ligados à longevidade estava associado ao metabolismo dos flavonoides.

O que comer

Portanto, um peixe longevo pode ter algo a nos ensinar sobre o que comer para viver mais.

As lições da natureza e dos animais0800 betfairhibernação nos dizem que a preservação celular, a regulação do metabolismo e as adaptações genéticas desempenham papéis fundamentais na longevidade.

Nosso estilo0800 betfairvida e hábitos alimentares são nossas melhores ferramentas para imitar alguns desses mecanismos.

Ainda há muito que não entendemos sobre a hibernação, mas sabemos que o sono normal também está ligado à longevidade.

Por exemplo, um estudo0800 betfairmarço0800 betfair2023 mostrou que um sono0800 betfairboa qualidade pode acrescentar cinco anos à vida dos homens e dois anos e meio às mulheres.

Os pesquisadores definiram um sono0800 betfairboa qualidade como dormir0800 betfairsete a oito horas por dia, não precisar0800 betfairmedicamentos para dormir e acordar se sentindo descansado pelo menos cinco dias por semana.

Os animais têm enormes variações nos seus padrões0800 betfairsono, desde ursos e marmotas que hibernam oito meses por ano até elefantes que dormem apenas duas horas por dia.

Como os elefantes conseguem viver tanto dormindo tão pouco permanece um mistério para os cientistas.

Descobrir como a natureza resolveu esses extremos pode ajudar os cientistas a achar novas formas0800 betfairmelhorar a saúde humana.

*Peter Stenvinkel é professor0800 betfairnefrologia no Instituto Karolinska.

*Este artigo foi publicado no The Conversation e reproduzido aqui sob a licença Creative Commons. Clique aqui para ler a versão original e ver links para os estudos citados.