Quem é o empresário ligado a Maduro e acusadopix bet registrocorrupção que Estados Unidos libertaram após acordo com Venezuela:pix bet registro

Alex Nain Saab Morán é um nome conhecido na Venezuela.

Não exatamente apenas pela proximidadepix bet registroeste colombianopix bet registroBarranquilla com o presidente venezuelano Nicolás Maduro, mas por estar associado a alguns dos muitos supostos esquemaspix bet registrocorrupção que vieram a público no país nos últimos anos.

Nesta terça-feira (20/12), seu nome voltou às manchetes após o governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, decidir libertá-lo da prisãopix bet registroMiami, onde estava detido sob acusaçõespix bet registroconspiração para lavagempix bet registrodinheiro.

Sua libertação ocorreu no âmbitopix bet registroum acordo bilateral, no qual o governopix bet registroMaduro se comprometeu a liberar 10 americanos detidos na Venezuela.

Saab foi presopix bet registrojunhopix bet registro2020pix bet registroCabo Verde, quando o avião particularpix bet registroque viajava fez uma escala para reabastecimento a caminho da capital venezuelana Caracas vindopix bet registroTeerã, no Irã.

Na época, ele enfrentava acusações, entre outros crimes,pix bet registrolavagempix bet registrodinheiro, sendo apontado não apenas pelos Estados Unidos, mas também por outros países, incluindo a Colômbia, como um dos principais "laranjas"pix bet registrovários esquemaspix bet registrocorrupção no governo venezuelano.

Apóspix bet registroprisão, o governopix bet registroNicolás Maduro tentou impedirpix bet registroextradição para os Estados Unidos por diversas vezes.

Caracas alegou que Saab havia obtido a cidadania venezuelana e o indicou,pix bet registrodezembropix bet registro2020, como embaixador da Venezuela junto à União Africana.

Posteriormente,pix bet registrosetembropix bet registro2021, o governopix bet registroMaduro anuncioupix bet registrointençãopix bet registronomear Saab como delegado da comissão oficialista que negociava com a oposição no México uma solução para a crise política na Venezuela.

No entanto, o colombiano permaneceu detidopix bet registroCabo Verde, e depoispix bet registroele ser extraditado para os Estados Unidospix bet registrooutubro daquele ano, o governopix bet registroMaduro decidiu se retirar da mesapix bet registronegociaçãopix bet registrosinalpix bet registroprotesto.

Da Colômbia aos CLAP

Quando foi detidopix bet registroCabo Verde, Saab estava sendo procurado pela Interpol, acusadopix bet registrocrimes como conspiração, lavagempix bet registrodinheiro e enriquecimento ilícitopix bet registronove países.

Se tivesse sido condenado nos Estados Unidos, poderia enfrentar uma penapix bet registroaté 20 anospix bet registroprisão.

A investigação que levou àpix bet registroprisão transcorria nos Estados Unidos, onde promotores federaispix bet registroMiami o acusavampix bet registrolavagempix bet registrodinheiropix bet registroum projeto assinado na presença dos então presidentes da Colômbia e da Venezuela, Hugo Chávez e Juan Manuel Santos,pix bet registro28pix bet registronovembropix bet registro2011.

Além disso, o governo dos Estados Unidos o apontava como suposto "laranja"pix bet registroMaduropix bet registrouma extensa redepix bet registrotráficopix bet registrodrogas, lavagempix bet registrodinheiro e fraudepix bet registrocontratos milionários oficiais.

Naquele dia, foi uma das poucas vezespix bet registroque o mundo viu o rosto deste colombianopix bet registroorigem libanesa, frequentemente descrito como um homempix bet registroperfil discreto, que conheceu a liderança chavista por meiopix bet registrosua amizade com a política colombiana Piedad Córdoba, próxima a Chávez e peça fundamental no processopix bet registropaz na Colômbia.

Saab compareceu como representante da empresa colombiana Fondo Globalpix bet registroConstrucciones e ficaria encarregadopix bet registroimportar do Equador e da Colômbia materiais pré-fabricados para a Gran Misión Vivienda, um projeto chavista destinado à construçãopix bet registrocasas para as classes populares.

As autoridades dos EUA afirmam que os imóveis não foram construídos e houve superfaturamento na obra.

Segundo o Armando.Info, um site venezuelanopix bet registronotícias investigativas, Saab recebeu US$ 159 milhões (R$ 782,28 milhõespix bet registrovalores atuais) do governo para importar materiaispix bet registroconstrução entre 2012 e 2013, mas as casas que entregou valiam apenas US$ 3 milhões (R$ 14,76 milhões).

Os autores da sériepix bet registroreportagens que revelaram o esquemapix bet registrocorrupção tiveram que deixar a Venezuela rumo ao exílio.

Saab era um dos empresários beneficiados pelo sistemapix bet registrocontrolepix bet registrocâmbio conhecido como Cadivi, que fornecia moedas estrangeiras a taxas preferenciais que podiam ser revendidas no mercado ilegal.

A defesapix bet registroSaab afirmou não haver conexão entre o colombiano e a filial equatoriana do Fondo Globalpix bet registroConstrucciones que cometeu os supostos crimes.

"Meu cliente é um empreendedor no ramopix bet registroalimentos", disse na época a advogada María Domínguez à agênciapix bet registronotícias financeiras Bloomberg.

'Laranja'pix bet registroMaduro?

De fato, outro dos contratos assinados por Saab com o governo venezuelano, já durante o mandatopix bet registroNicolás Maduro como presidente, tinha como objetivo abastecer a Venezuela com insumos.

Naquele momento,pix bet registro2016, a escassezpix bet registroalimentos básicos tornou-se comum nos supermercados venezuelanos, uma consequência que Maduro atribuiu a uma guerra econômica supostamente planejada pelos Estados Unidos e Colômbia para derrubar o socialismo.

A estratégia do governo para enfrentar essa "guerra" foi centralizar a importação e distribuiçãopix bet registroalimentos básicos sob o esquema dos Comités Localespix bet registroAbastecimiento y Producción (CLAP).

Cada venezuelano registrado nesse esquema, parcialmente organizado pelas Forças Armadas, receberia uma caixa contendo arroz, frango, óleo, entre outros itens, importados por contratados do governo.

Saab era um desses contratados.

Em maiopix bet registro2018, reportagens investigativas revelaram que Saab e outro empresário colombiano, Álvaro Enrique Pulido Vargas, haviam se beneficiadopix bet registrocontratos milionários com o governopix bet registroMaduro no âmbito do CLAP.

Em julhopix bet registro2019, o Departamentopix bet registroJustiça dos Estados Unidos apresentou acusações contra Saab e Pulido, alegando que eles lavaram até US$ 350 milhões, supostamente por meio do sistemapix bet registrocontrole cambial na Venezuela.

Segundo a ex-promotora venezuelana Luisa Ortega Díaz, ex-aliadapix bet registroChávez e hoje crítica do governo venezuelano, o colombiano atuava como "laranja"pix bet registrouma empresapix bet registroMaduro nesses negócios.

Segundo as autoridades americanas, Saab utilizou uma redepix bet registroempresaspix bet registrofachadapix bet registropaíses como Panamá, Colômbia, México, Emirados Árabes Unidos, Turquia e Hong Kong para ocultar os lucros ilícitos desses contratospix bet registroimportaçãopix bet registroalimentos.

À medida que as investigações sobre essas empresas avançavam, no contexto das sanções financeiras dos EUA a funcionários venezuelanos, Saab transferiu suas empresas para a Turquia, segundo o Armando.Info.

Nesse período, Maduro estava prestes a assinar acordos com o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, envolvendo a trocapix bet registroalimentos por exploração e exploraçãopix bet registrominerais no sul da Venezuela, onde se encontram algumas das maiores reservaspix bet registroouro do mundo.

E por trás desses negócios, segundo as autoridades americanas, também estava o nomepix bet registroSaab.

A expectativa era que, durante seu julgamentopix bet registroMiami, fosse revelado qual papel o colombiano tevepix bet registrotodos esses supostos esquemaspix bet registrocorrupção.

No entanto, apóspix bet registrolibertação nos Estados Unidos, não está claro se essa pergunta algum dia será respondida.