A solução alternativa dos antigos romanos para o horáriopontos 1xbetverão:pontos 1xbet
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O bloco havia deixado para trás uma impressãopontos 1xbetletras latinas e linhas misteriosas, prensadas na lama como se fosse um carimbo. "E achei aquilo realmente desconcertante", relembra Launaro.
Depois que a rocha foi extraída com segurança do solo, seu propósito ficou claro. Era um antigo relógiopontos 1xbetsol romano. Centenas deles já foram descobertospontos 1xbetvárias partes do mundo.
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O fatopontos 1xbetter ficado enterrado na lama o deixou extraordinariamente bem preservado, com as linhas que demarcavam cada hora que passava e uma inscrição com o crédito à pessoa que pagou pelapontos 1xbetelaboração.
Mas o mais impressionante foi que ele demonstrou a solução encontrada pelos antigos romanos para um dilema que já dura séculos: como aproveitar ao máximo a luz do dia nas diferentes épocas do ano.
Duas vezes por ano, cercapontos 1xbetum terço dos países do mundo realiza um ritual amplamente debatido: alterar o relógio para criar noitespontos 1xbetverão mais longas e manhãspontos 1xbetinverno mais claras.
Os Estados Unidos e a maior parte dos países da Europa, incluindo o Reino Unido, implementam o horáriopontos 1xbetverão – os relógios são adiantadospontos 1xbetuma hora no início da primavera e atrasadospontos 1xbetuma hora no outono, retornando ao horário padrão.
Mas os antigos romanos não tinham esse sistema. Por isso, eles praticavam uma arte há muito esquecida: a extensão da hora conforme as estações do ano.
Os antigos romanos dividiam o diapontos 1xbet24 unidades, da mesma forma que fazemos hoje. Mas, na maior parte do ano, elas não tinham a mesma duração.
Todas as horas do dia eram divididas por 12, o ano inteiro. Com isso, no pico do verão, quando o Sol fica no céu por mais tempo, uma hora durava 75 minutos durante o dia e apenas 45 minutos à noite.
Já no meio do inverno, quando a luz do dia é mais escassa, o padrão era invertido. Com isso, a hora durava apenas 45 minutos durante o dia.
"Gradualmente, entre o solstíciopontos 1xbetverão e opontos 1xbetinverno, a duração dessas horas mudaria dia após dia, um poucopontos 1xbetcada vez", explica o professorpontos 1xbetestudos clássicos James Ker, da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos.
No equinócio – um momento que ocorre duas vezes por ano, quando o Sol está diretamente acima do Equador e os dias e as noites têm aproximadamente a mesma duração – a hora tinha 60 minutos, como a conhecemos hoje.
Esse sistema notável permitia que os antigos romanos nunca perdessem a luz do dia por um único momento. Quando o Sol estava no céu, era oficialmente dia e eles normalmente estariam trabalhando. Quando ele baixava, era declarada a noite, tempopontos 1xbetlazer oupontos 1xbetdormir.
Como ver as horas na Roma antiga
O relógiopontos 1xbetsolpontos 1xbetLaunaro foi descoberto no local da antiga cidade romanapontos 1xbetInteramna Lirenas,pontos 1xbet2017. Ele é diferente dos relógiospontos 1xbetsol modernos.
Em vezpontos 1xbetser plano e circular, seu formatopontos 1xbettigela cortada ao meio inclui linhas que irradiam do centro até a extremidade, dividindo-apontos 1xbet12 partes, representando as horas.
A face do relógiopontos 1xbetsol é ainda subdividida por linhaspontos 1xbetintersecção no topo, no fundo e no meio da tigela, indicando a estação: o solstíciopontos 1xbetinverno, os equinócios e o solstíciopontos 1xbetverão.
A cada momento, uma agulha central, conhecida como gnômon, lançava uma sombra com comprimento variável, dependendo da altura do Sol. Mas este detalhe se perdeu há muito tempo do relógiopontos 1xbetLaunaro.
Para ver as horas, você simplesmente verificavapontos 1xbetqual segmento caía a sombra da agulha, como faria com qualquer versão moderna do relógio.
Na tardepontos 1xbet24pontos 1xbetagosto do anopontos 1xbet79, quando o monte Vesúvio começoupontos 1xbeterupção na cidadepontos 1xbetPompeia, os 36 relógiospontos 1xbetsol descobertos nos escombros teriam sido lidos usando o anelpontos 1xbetlinhas externo. Com espaços mais longos entre as demarcações das horas mais distantes do centro do relógio, cada hora teria demorado mais para passar.
Naquela época do ano, uma hora tinha cercapontos 1xbet70 minutos.
"Este conceitopontos 1xbethora para os romanos varia dependendo da época do ano", explica Launaro. "Para eles, até algo tão fundamental como a contagem do tempo era bastante diferente do nosso conceito atual."
Para o olhar moderno, a inclinação dos antigos romanos para estender e reduzir a duração das horas pode parecer incômoda ou até extravagante, mas colocá-lapontos 1xbetprática era mais fácil do que parece. Isso porque, na maior parte do tempo, as pessoas não tentavam acompanhar as horas napontos 1xbetmente, já que havia relógiospontos 1xbetsol por toda parte.
Esses impressionantes objetos, normalmente feitospontos 1xbetenormes e pesados blocospontos 1xbetpedra, permaneciampontos 1xbetum único lugar pela vida inteira.
Alguns deles tinham estilos peculiares, como o famoso "relógiopontos 1xbetporco", um relógiopontos 1xbetsolpontos 1xbetformapontos 1xbetpresunto curado, com um rabopontos 1xbetporco retorcido no lugar da agulha, para reger a sombra do Sol e indicar a hora.
Existem hojepontos 1xbetdia até 600 relógiospontos 1xbetsol que sobreviveram da Grécia e da Roma antiga. Deles, 99% usavam o sistema sazonalpontos 1xbetcontagempontos 1xbettempo, inventado pelos antigos egípcios e posteriormente adotado pelas outras civilizações da Antiguidade.
"Eles ficavampontos 1xbettoda parte,pontos 1xbetespaços privados, como jardins particulares, epontos 1xbetlocais públicos", conta o professorpontos 1xbethistória das ciências exatas na Antiguidade Alexander Jones, da Universidadepontos 1xbetNova York, nos Estados Unidos.
"Em praticamente todos os lugares aonde você fosse [no mundo romano], particularmente na época do Império Romano, você os encontrava."
Como muitos relógiospontos 1xbetsol antigos, acredita-se que opontos 1xbetInteramna Lirenas tenha sido instalado originalmente sobre uma alta coluna ou pilar do Forum, uma espéciepontos 1xbetpraça que formava o centro da vida públicapontos 1xbetqualquer cidade romana.
Colocar os instrumentos no alto permitia capturar a luz mesmo na presençapontos 1xbetaltos edifícios,pontos 1xbetforma que as pessoas sempre tivessem uma visão clara da hora, dependendo apenas dapontos 1xbetqualidadepontos 1xbetvisão.
"Você precisava tentar ver a hora no relógio do sol do nível do solo, olhando para um objeto que talvez estivesse a seis metrospontos 1xbetaltura", segundo Jones.
Isso também pode explicar por que tantos relógiospontos 1xbetsol que chegaram até nós não têm mais suas marcações, já que eles passaram anos ao ar livre, enfrentando desgastes.
Os primeiros relógiospontos 1xbetsol costumavam ter inscritas instruções parapontos 1xbetleitura. Mas Jones explica que,pontos 1xbetcerto momento, no auge do Império Romano, todas as pessoas já sabiam como ver as horas.
"Os relógios mais novos têm apenas as linhas e normalmente não incluem nem os números escritos", explica ele. "Por isso, as pessoas devem ter aprendido como fazer a leitura."
As residências que não tinham seu próprio relógiopontos 1xbetsol mandavam que pessoas escravizadas fossem regularmente até o relógio público mais próximo e voltassem para informar a hora.
Ainda assim, as pessoas tinham uma visão mais despreocupada sobre o tempo, segundo Jones.
"Nós marcamos compromissos para 15 minutos depois da hora cheia, algo que não acontecia nos tempos antigos", afirma ele. "Se você marcasse um compromisso para uma hora específica, aquela era normalmente a precisão que se praticava."
Por isso, raramente era necessário tentar calcular a duraçãopontos 1xbetuma hora sazonal.
Mas a duração inconstante da hora romana realmente era alvopontos 1xbetcomentários.
"Você ouve frases como 'em uma horapontos 1xbetinverno'", afirma Ker. Ele compara essa expressão com o "minutopontos 1xbetNova York" – um minuto extremamente curto, que já foi comparado ao tempo decorrido entre o semáforo mudar para a luz verde e a pessoa no carropontos 1xbettrás tocar a buzina.
Ker menciona o exemplopontos 1xbetum poeta romano que alardeava que seu livro poderia ser lidopontos 1xbetaté uma hora. Ele então especificava que não queria dizerpontos 1xbetqualquer hora, maspontos 1xbetuma horapontos 1xbetinverno – o que era ainda mais impressionante, já que essa unidadepontos 1xbettempo poderia durar até 45 minutos.
"Havia uma formapontos 1xbetfalar sobre as horas que refletiapontos 1xbetelasticidade", segundo ele.
Noites curtas e dias longos
É claro que os longos diaspontos 1xbetverão e os diaspontos 1xbetinverno mais curtos influenciavam a duração das noites.
Afinal, cada rotação da Terra sobre o seu eixopontos 1xbetrelação ao Sol tem apenas 1.440 minutos,pontos 1xbetforma que cada minuto alocado ao dia era essencialmente subtraído à noite.
Com isso, no pico do verão, um dia tinha 900 minutospontos 1xbetduração, enquanto a noite ocupava apenas 540 – o equivalente a nove horas, na contagempontos 1xbettempo moderno, para que as pessoas socializassem, jantassem e dormissem.
Essas noitespontos 1xbetverão mais curtas podiam trazer problemas.
Já naquela época, como ocorre hojepontos 1xbetdia, dormir por tempo suficiente era uma obsessão entre os antigos romanos.
Houve um caso liderado pelo imperador Marco Aurélio (121-180). Ele permitia quepontos 1xbetcorte descansasse por mais tempo – um raro exemplopontos 1xbetrebelião contra a flutuação sazonal da duração das horas do dia.
"Durante o verão,pontos 1xbetvezpontos 1xbetesperar até o pôr do sol para liberar seus servidores [como era comum], ele encerrava o dia, eu acho, perto da 10ª hora", explica Ker. "E, com isso, eles tinham tempo suficiente para ir para casa, talvez fazer exercícios, talvez jantar e ainda ter oito horaspontos 1xbetsono."
Acompanhar a passagem dessas horas noturnas com duração variável podia ser trabalhoso. Afinal, é claro, os relógiospontos 1xbetsol não funcionam à noite.
A única opção era o relógiopontos 1xbetágua, que funcionava mais ou menos como uma ampulheta. A quantidadepontos 1xbetágua que havia passado por ele indicava o tempo decorrido.
Mas muito poucos relógiospontos 1xbetágua da era romana chegaram até nós, segundo Jones. Um motivo talvez seja porque eles tinham muitas partes móveis, ao contrário dos relógiospontos 1xbetsol, que costumavam ser feitos com um único bloco grandepontos 1xbetpedra.
Mas ele ainda acredita que os relógiospontos 1xbetágua nunca tenham sido tão comuns quanto ospontos 1xbetsol, já que eram objetos caros e sofisticados.
Teria sido perfeitamente possível para as pessoas que possuíam relógiospontos 1xbetágua fazer com que a hora tivesse duração padrão à noite. Mas não era o que queriam as pessoas comuns.
"Por isso, é realmente incrível que eles fizessem relógiospontos 1xbetágua ajustáveis,pontos 1xbetforma que eles também acompanhassem a variação das horas ao longo das estações", explica Ker.
"Eles eram tão dedicados ao sistema [de extensão e redução das horas] que, até à noite, eles usavam um aparelho diferente que correspondia ao que marcava o relógiopontos 1xbetsol."
De fato, as únicas pessoas que obedeciam a duração da hora moderna na Roma antiga eram os médicos e astrônomos. Eles precisavampontos 1xbetmaior precisão para seus pacientes e cálculos.
Por isso, eles usavam a chamada hora equinocial, que recebeu este nome devido aos dois momentos do anopontos 1xbetque os períodospontos 1xbetdia e noite são exatamente iguais e cada uma das 24 horas tem 60 minutos.
Mas não importa se uma civilização usa o método antigopontos 1xbetextensão das horas ou a técnica moderna do horáriopontos 1xbetverão. O fato é que, naturalmente, não podemos aumentar a quantidadepontos 1xbettempo disponível durante o dia. Podemos apenas ajustar os limites para aproveitar a luz do dia ao máximo possível.
"Você não pode manipular a natureza, você não pode alterar o tempo disponível para fazer trabalho produtivo [em ambientes externos]", afirma Jones. "As pessoas precisam simplesmente conviver com isso."
Leia a versão original desta reportagem (em inglês) no site BBC Innovation.