Como os houthis apoiados pelo Irã atraem os EUA para guerra que não pode ser vencida:ufc betway
Os ataques dos houthis têm prejudicado o transporte marítimo global. Eles aumentaram as preocupaçõesufc betwayque as repercussões da guerra entre Israel e o Hamas possam desestabilizar o Oriente Médio.
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Fim do Matérias recomendadas
Será que os Estados Unidos conseguirão vencer um grupo que a Arábia Saudita vem combatendo sem sucesso há quase uma década?
O reino saudita vem mantendo notável silêncio sobre os problemas no Mar Vermelho, enquanto mantém negociaçõesufc betwaypaz com os houthis.
Por que o Reino Unido e os EUA estão atacando o Iêmen?
Antes dos ataques, negociações diplomáticas com os houthis tentaram reduzir a escalada da situação no Mar Vermelho, sem sucesso.
"É lamentável que tenha chegado a este ponto", declarou o enviado especial americano ao Iêmen, Tim Lenderking.
Os houthis controlam as partes mais populosas do Iêmen. Eles afirmam que seus ataques são atosufc betwaysolidariedade aos palestinos, depois dos ataquesufc betwayIsrael contra a Faixaufc betwayGaza.
Na verdade, eles estão atacando todos os navios ao seu alcance, colocandoufc betwayperigoufc betwaycarga e seus tripulantes.
William Wechsler, do centroufc betwayestudos americano Atlantic Council, acredita que os EUA e o Reino Unido não têm outra opção alémufc betwayretaliar os ataques com suas próprias forças.
"No comércio internacional, existem oito principais pontosufc betwayestrangulamento marítimo", explica ele. "A metade deles fica no Oriente Médio, que também é a região do mundo mais importanteufc betwayrelação às fontesufc betwayenergia."
"Os houthis ameaçaram diretamente um desses pontos [o estreito Bab el-Mandeb]ufc betwayforma extremamente incomum", segundo Wechsler.
"Qualquer pessoa que compreenda o papel desempenhado pela energia para garantir nossas condiçõesufc betwayvida, qualquer pessoa que se importe com o crescimento econômicoufc betwayqualquer lugar, precisa observar a importânciaufc betwayproteger esses pontosufc betwayestrangulamento críticos."
Qual a capacidadeufc betwayresiliência das forças houthis?
O grupo rebelde já demonstrou que consegue enfrentar o exércitoufc betwayum Estado soberano: a Arábia Saudita.
Os houthis evoluíram. Graças ao apoio iraniano, eles deixaramufc betwayser um grupo rebelde mal equipado para se tornar uma forçaufc betwaycombate treinada com equipamentoufc betwayúltimo tipo, incluindo helicópteros.
"A resiliência tem dois componentes", explica Wechsler. "Existe a vontade e existe a capacidade. Ninguém acredita que eles irão romper a vontade [dos houthis]. Mas existe a crençaufc betwayque podemos vencerufc betwaycapacidade."
Os houthis podem ter conseguido enfrentar um oponente maior, mas combater os Estados Unidos e seus aliados internacionais é uma pretensão totalmente diferente. Afinal, seu poder, estratégia e experiência combinada é muito maior que a dos sauditas.
A questão entre os analistas é até onde os Estados Unidos irão chegar agora.
"Temos muita força e precisamos usá-la com certo critério", declarou à imprensa Steven A. Cook, da cadeira Eni Enrico Matteiufc betwayEstudos sobre a África e o Oriente Médio do Conselhoufc betwayRelações Internacionais, centroufc betwaypesquisa e debate sediado nos EUA.
"Não estamos falando em... invadir o Iêmen, mudar o regime e o tipoufc betwaycoisas que fizemos no passado", explica Cook.
"Vou dizer que estive falando recentemente com diversas autoridades árabes, que disseram, sabe, veja, se você vai simplesmente cutucar os houthis, não irá parar. Você precisa levar a cabo o tipoufc betwayação militar que dificulte, ou mesmo impossibilite os houthisufc betwayimportunar e atacar os navios no Golfo."
Os EUA e seus aliados podem ser arrastados para uma longa guerra regional?
"Esta ação possivelmente irá crescer e se tornar uma operação maior contra a influência maligna do Irã", afirma o almirante James G. Foggo III, aposentado da marinha americana, do Centroufc betwayEstratégias Marítimas. O almirante também é ex-comandante das forças navais americanas na Europa e na África.
"E esta é uma questão que o governo realmente não chegou a discutirufc betwaypúblico. Tenho certezaufc betwayque estão falando sobre isso."
Foggo relembrou ao públicoufc betwayuma recente entrevista coletiva o caso dos navios petroleirosufc betway1980 a 1988 no Golfo Pérsico. Os Estados Unidos atacaram a marinha iraniana, depois que os iranianos atacaram navios petroleiros.
O almirante Foggo prosseguiu comparando o incidente ao ataque ao navio USS Cole, que foi atacado na costa do Iêmenufc betwayoutubroufc betway2000, causando a morteufc betway17 marinheiros americanos. O ataque foi atribuído à Al-Qaeda, mas não houve reação militar contra o grupo.
"O que aconteceu um ano depois? O 11ufc betwaysetembro", indicou ele, destacandoufc betwayopiniãoufc betwayque é necessária uma ação militar.
Steven A. Cook concorda. Para ele, "a liberdadeufc betwaynavegação é um interesse importante dos Estados Unidos e permitir que um grupo como este tenha tanto poder sobre essa região é arriscar demais".
Qual o envolvimento do Irã nas ações dos houthis no Mar Vermelho?
O Irã fornece armas e apoio financeiro para os houthis, mas eles não são controlados diretamente por Teerã.
Ray Takeyh, da cadeira Hasib J. Sabbaghufc betwayEstudos sobre o Oriente Médio do Conselhoufc betwayRelações Internacionais, afirma que "eles chegaram... às suas políticas antiamericanas e anti-israelenses por si próprios".
"Eles não foram instigados pelos iranianos nessa direção. Por isso, neste sentido, eles não são criação do Irã", explica Takeyh. "Esta é uma espécieufc betwayassociaçãoufc betwaymentes afins... Ela realmente surgiu como uma tentativa oportunistaufc betwayinfligir danos aos sauditas."
Os houthis são importantes para o Irã porque permitem que o país aumenteufc betwaypressão sobre Israel, via Estados Unidos.
O Irã conta com o receio da comunidade internacional e dos Estados Unidosufc betwayque o conflito possa se expandir o suficiente para impor algum tipoufc betwayacordo aos israelenses, segundo Takeyh.
Segundo ele, "aqui, a premissa central é que a comunidade internacional e os Estados Unidos possam impor restrições a Israel. Israel é um país soberano que enfrenta uma situação muito complicada. É um país traumatizado."
O que é uma guerra 'que não pode ser vencida'?
A estratégia do presidente americano Joe Biden sobre o Iêmen pretende enfraquecer os militantes houthis, mas ela está muito longeufc betwaytentar derrotar o grupo ou confrontar diretamente seu principal apoiador (o Irã), segundo os especialistas.
Esta estratégia — um mistoufc betwaysanções e ataques militares limitados — parece destinada a punir os houthis, mas tentando limitar o riscoufc betwayum conflito mais amplo no Oriente Médio.
"Não acho que essa missão pretenda necessariamente destruir os houthis ou trazer o governo iemenitaufc betwayvolta ao poder", afirma Brian Carter, do think tank American Enterprise Institute.
"Acho que ela foi criada para reduzir as capacidades navais e militares dos houthis, para impedi-losufc betwayprejudicar o transporte marítimo global no Mar Vermelho."
Para Carter, "danificar sistemas militares não é uma tarefa que não possa ser vencida. É um objetivo militar totalmente alcançável."
O enviado especial americano para o Iêmen, Tim Lenderking, também destaca que este "não é um confronto ilimitado".
"Ele se destina simplesmente a destruir a capacidade dos houthisufc betwayatacar os navios", explica ele.
O Pentágono afirma que já destruiu ou danificou maisufc betway20 mísseis e maisufc betway25 instalaçõesufc betwayinstalação e lançamentoufc betwaymísseis, desde que os Estados Unidos começaram a atacar instalações militares houthis no Iêmen, no dia 11ufc betwayjaneiro.
O órgão também afirma que já atingiu drones, radares costeiros e instalaçõesufc betwayvigilância aérea dos houthis, alémufc betwaydepósitosufc betwayarmas.
O conflito dá um novo impulso aos houthis?
Tim Lenderking afirma que os houthis talvez desejem ser arrastados para esta guerra.
Ele declarou à BBC que os houthis consideram que esta guerra é uma formaufc betwaymostrar ao público iemenita que eles estão defendendo não só o povo palestino, mas se posicionando contra o Ocidente.
O repórterufc betwaysegurança da BBC Frank Gardner afirma que os houthis passaram a ser populares entre muitas pessoasufc betwaytodo o mundo árabe, por dizerem que estão apoiando o Hamas como parte do "Eixo da Resistência" contra Israel, apoiado pelo Irã.
Na recém-batizada Operação Arqueiroufc betwayPoseidon, ataques liderados pelos Estados Unidos atingiram novos alvos, depoisufc betwayuma sérieufc betwayataques preventivos anteriores contra instalaçõesufc betwaylançamentos dos houthis. Estes ataques, segundo o Pentágono, destruíram mísseis enquanto estavam sendo preparados para lançamento.
A inteligência ocidental estimou recentemente que pelo menos 30% dos estoquesufc betwaymísseis dos houthis foram destruídos ou danificados.
Mas os houthis provavelmente irão continuar seus ataques a navios suspeitosufc betwayestarem ligados a Israel, aos EUA ou ao Reino Unido. Eles fizeram com que o grupo ganhasse grande popularidade no Iêmen, onde existem muitos cidadãos insatisfeitos com seu regime brutal, segundo Gardner.
Hisham Al-Omeisy, consultor sobre o Iêmen do Instituto Europeu da Paz, postou no X (antigo Twitter) que muitas pessoas podem não perceber que os houthis têm, na verdade, seus próprios objetivos, além do apoio à Faixaufc betwayGaza.
Confrontos recentes também forneceram aos houthis a oportunidadeufc betwaylegitimar suas décadasufc betwaydisposição para combater os Estados Unidos.
Para Al-Omeisy, os houthis "não estão apenas conquistando mentes e corações, eles lançaram com sucesso um programaufc betwayrecrutamentoufc betwaymassa para a 'batalha da Conquista Prometida e a Sagrada Jihad'."
"Seria uma incrível faltaufc betwayvisão observar puramente através da lente militar e não considerar o impacto sociopolítico, as ramificações e as reações locaisufc betwayum lugar onde os sentimentos anti-EUA e anti-Reino Unido são agora muito mais intensos do que o normal."