Mais mulheres e idosos empregados: as estratégias do Japão para lidar com população mais velha do mundo:bonus boas vindas bwin
Segundo a professora, "em 2021, o Japão registrou o menor nível histórico dabonus boas vindas bwintaxabonus boas vindas bwinnatalidade, com apenas 811 mil nascimentos – o nível mais baixo desde 1899".
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A taxabonus boas vindas bwinnascimentos por mulher no Japão está muito abaixo dos 2,1 considerados necessários para manter uma população estável. No Peru, por exemplo, este número ébonus boas vindas bwin2,1; na Argentina,bonus boas vindas bwin1,9; e, no Brasil, cercabonus boas vindas bwin1,6.
"A taxabonus boas vindas bwinnatalidade atual do Japão ébonus boas vindas bwinapenas 1,26 e o índicebonus boas vindas bwinenvelhecimento da população disparou para 29,0%", afirma Costantini, "o que indica uma mudança demográfica sem precedentes."
O governo japonês tem procurado aumentar a taxabonus boas vindas bwinnatalidade com incentivos econômicos, sem sucesso.
O que o Japão pode fazer para reagir ao envelhecimento dabonus boas vindas bwinpopulação? Seria partebonus boas vindas bwinum fenômeno mundial?
E o que outros países podem aprender com essa crise, incluindo os latino-americanos?
Impacto econômico
O envelhecimento da população japonesa tem profundas implicações, segundo Costantini. Suas consequências vão da escassezbonus boas vindas bwinmãobonus boas vindas bwinobra até a queda do crescimento econômico.
O Japão aprovou um orçamento recorde para o próximo ano fiscal,bonus boas vindas bwinparte, devido ao aumento dos custos da previdência social.
"Ao longo dos anos, a taxabonus boas vindas bwinenvelhecimento do Japão aumentou significativamente, o que contribuiu para a estagnação econômica desde meados dos anos 1990", segundo a professora.
"Além disso, o delicado equilíbrio entre as prestações e as contribuições para a previdência social, particularmente os gastos com assistência médica e atendimentobonus boas vindas bwinlongo prazo, está se tornando cada vez mais precário. Estão surgindo dúvidas sobre a viabilidade do sistemabonus boas vindas bwinprevidência social a longo prazo, com os gastos cada vez maiores com a assistência médica às pessoas mais idosas", explica Costantini.
"As soluções futuras podem exigir consideráveis reduçõesbonus boas vindas bwinbenefícios e reformas das pensões, incluindo o aumento da idadebonus boas vindas bwinaposentadoria para 70 anos, a fimbonus boas vindas bwinabordar esta questão multifacetáriabonus boas vindas bwinforma eficaz."
'Casar-se antesbonus boas vindas bwinter filhos'
Para Costantini, os incentivos governamentais para promover o aumento da taxabonus boas vindas bwinnatalidade tiveram sucesso limitado.
A professora destacou que, embora o alto custobonus boas vindas bwinvida seja um fator que desencoraja algumas pessoasbonus boas vindas bwinterem filhos, o problema ultrapassa as preocupações financeiras.
"A sociedade japonesa dá importância significativa ao casamento antesbonus boas vindas bwinter filhos", segundo ela, "o que leva muitos casais a priorizar a procura do parceiro adequado antesbonus boas vindas bwinformarem família."
"Pesquisas com mulheres solteiras entre 20 e 40 anos revelam diversas razões comuns para retardar ou renunciar ao casamento, que incluem a 'faltabonus boas vindas bwinoportunidades para conhecer possíveis parceiros', 'o desejobonus boas vindas bwinmanter o estilobonus boas vindas bwinvida atual' e 'priorizar a realização pessoal'."
"Além disso, a dependência social da família para assistência às pessoas idosas no Japão levou algumas mulheres a considerar a possível responsabilidade que elas poderiam representar para seus filhos no futuro", afirma a professora.
Com tantos fatores complexos, combater a redução da taxabonus boas vindas bwinnatalidade no Japão exige uma abordagem integral, segundo a especialista.
"Ela pode incluir políticasbonus boas vindas bwinredução dos encargos com assistência para as famílias e o oferecimentobonus boas vindas bwinincentivos financeiros, como salários para cuidadores familiares, a fimbonus boas vindas bwincriar um ambiente mais propício para a criação dos filhos."
A imigração pode ser a resposta?
Outros países com baixas taxasbonus boas vindas bwinnatalidade, como a Austrália e a Alemanha, optaram por facilitar a entradabonus boas vindas bwinestrangeiros.
A taxabonus boas vindas bwinfertilidade da Austrália, por exemplo, ébonus boas vindas bwin1,58, mas abonus boas vindas bwinpopulação está crescendo graças à imigração.
Por que o Japão não escolheu um caminho similar?
"Historicamente, o Japão manteve uma posição passiva com respeito à imigração, que consistebonus boas vindas bwinreceber trabalhadores estrangeirosbonus boas vindas bwinvezbonus boas vindas bwinincentivar ativamente a imigração", explica Costantini.
O resultado é que apenas cercabonus boas vindas bwin1,7% da população japonesa (ou cercabonus boas vindas bwin2,2 milhõesbonus boas vindas bwinpessoas) é formada por pessoas nascidas no exterior ou cidadãos estrangeiros, segundo ela.
"Este enfoque pode ser atribuído ao forte desejo japonêsbonus boas vindas bwinpreservarbonus boas vindas bwinhomogeneidade étnica. A relativa homogeneidade étnica do Japão costuma ser considerada um fator que colabora para a baixa incidênciabonus boas vindas bwinconflitos abertos dentro da sociedade."
"Para o governo, esta homogeneidade servebonus boas vindas bwinferramenta política valiosa para a unidade e a coesão nacional", explica a professora.
A imigração poderia ser uma resposta parcial à faltabonus boas vindas bwintrabalhadores, mas o Japão pode priorizar o aumento da participaçãobonus boas vindas bwinmulheres e idosos no mercadobonus boas vindas bwintrabalho, segundo Costantini.
"Considera-se que esta estratégia pode oferecer efeitos mais imediatos e substanciais,bonus boas vindas bwinforma alinhada ao contexto cultural e histórico do país", afirma a professora.
O papel das mulheres
Para Costantini, atrair mais mulheres para o mercadobonus boas vindas bwintrabalho com políticas favoráveis, como licenças-maternidade generosas, é uma parte fundamental da solução para a crise japonesa.
Algumas empresas já adotaram este tipobonus boas vindas bwinmedidas. Mas a pesquisadora esclarece que "a questão do emprego feminino vai além das baixas taxasbonus boas vindas bwinparticipação no mercadobonus boas vindas bwintrabalho".
"No Japão, aplica-se um incentivo fiscal para as pessoas com renda anualbonus boas vindas bwinmenosbonus boas vindas bwin1,03 milhãobonus boas vindas bwinienes (cercabonus boas vindas bwinUS$ 7 mil ou R$ 35 mil). Isso faz com que uma quantidade considerávelbonus boas vindas bwinmulheres tenha empregos não regulares –bonus boas vindas bwinmeio período, por exemplo. Também é fundamental abordar esta situação."
Por outro lado, as mudanças políticas, por si só, são insuficientes, segundo a professora.
"É fundamental transformar a percepção social do Japão,bonus boas vindas bwinque a criação dos filhos é considerada responsabilidade principal das mulheres e os homens são vistos como 'ajudantes' e não cuidadores", explica Costantini.
"É essencial mudar a mentalidade dos chefes e supervisores, especialmente dos homensbonus boas vindas bwin50 a 60 anos, que talvez não tenham participado ativamente da criação dos filhos e subestimembonus boas vindas bwinimportância."
"Além disso, é preciso desenvolver políticas para apoiar as mulheresbonus boas vindas bwin40 anos ou mais, que criaram seus filhosbonus boas vindas bwinuma épocabonus boas vindas bwinque o apoio para a criação dos filhos era escasso. Por isso, elas interromperam suas carreiras e agora precisambonus boas vindas bwinajuda para formar modelos profissionais viáveis."
A política dos três filhos
Costantini acredita que o Japão poderia aprender com as medidas adotadas particularmente na França. "Durante minha estadabonus boas vindas bwinParis, observei diversos casosbonus boas vindas bwinmulheres que conseguiram equilibrar as necessidades da criaçãobonus boas vindas bwintrês filhos e dar continuidade às suas carreiras."
"Na França, por exemplo, as famílias com crianças recebem, a partir do terceiro filho, benefícios consideráveis no impostobonus boas vindas bwinrenda, alémbonus boas vindas bwinredução dos custos da merenda escolar e assistência às crianças fora do horáriobonus boas vindas bwintrabalho nas escolas públicas."
"Além disso, as famílias com três filhos ou mais têm acesso a uma sériebonus boas vindas bwinoutros benefícios, incluindo uma reduçãobonus boas vindas bwin50%bonus boas vindas bwinquase todos os custosbonus boas vindas bwintransporte público e diversas outras regalias", segundo a professora.
Costantini destaca que é fundamental reconhecer que nem todas as mulheres que desejam ser mães podem ter filhos e que é totalmente válido que algumas mulheres decidam não ser mães.
"Mas, para aquelas mulheres que desejam ter filhos, fomentar uma norma cultural que incentive as famílias a terem três filhos e implementar políticasbonus boas vindas bwinapoio são considerações fundamentais."
Problema mundial
O Japão é um caso extremo, mas muitos outros países apresentam tendências similares.
Depois do Japão, os países atualmente com maior índicebonus boas vindas bwinpessoas com 65 anosbonus boas vindas bwinidade ou mais são a Itália, com 24,5%, e a Finlândia, com 23,6%.
E os percentuais aumentarão significativamente até 2050, segundo a ONU. Hong Kong e a Coreia do Sul irão superar o Japão, com cercabonus boas vindas bwin40%bonus boas vindas bwinpessoas com 65 anos ou mais. A Espanha irá ocupar o quinto lugar, com maisbonus boas vindas bwin36%.
"Em maior ou menor medida, a populaçãobonus boas vindas bwintodos os países do mundo vive até idades mais avançadas e as mulheres e os casais estão tendo menos filhos. Portanto, o envelhecimento demográfico é um fenômeno mundial", afirma Jorge Bravo, especialista da Divisãobonus boas vindas bwinPopulação do Departamentobonus boas vindas bwinAssuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas (DESA, na siglabonus boas vindas bwininglês).
Bravo é um dos autores do Relatório Social Mundial 2023 da ONU, intitulado "Que ninguém fique para trásbonus boas vindas bwinum mundo que envelhece".
O relatório calcula que o númerobonus boas vindas bwinpessoas com 65 anos ou maisbonus boas vindas bwintodo o mundo dobre nas próximas três décadas. Serão 1,6 bilhãobonus boas vindas bwinpessoasbonus boas vindas bwin2050, quando os idosos representarão maisbonus boas vindas bwin16% da população mundial.
"O Japão, há décadas, é o país demograficamente mais envelhecido do mundo, mas muitos países da Europa, alémbonus boas vindas bwindiversas nações da Ásia e das Américas, também detêm alto percentual dabonus boas vindas bwinpopulação na faixabonus boas vindas bwin65 anos ou mais", destaca Bravo.
Nesta transição para sociedades mais envelhecidas, alguns países estão mais avançados do que outros. A América Latina, segundo o relatório da ONU, encontra-sebonus boas vindas bwinuma fase intermediária.
"A América Latina tem níveisbonus boas vindas bwinfecundidade e mortalidade próximos da média mundial", afirma Bravo. "Por isso, o seu graubonus boas vindas bwinenvelhecimento, medido segundo a proporçãobonus boas vindas bwinpessoas com 65 anos ou mais entre o total da população, é atualmentebonus boas vindas bwin9,5%, muito próximo da média mundialbonus boas vindas bwin10%."
"Esta proporção se encontrabonus boas vindas bwinum nível intermediário entre os maiores índices do mundo (maisbonus boas vindas bwin20% no Japão, na Coreia do Sul ebonus boas vindas bwinmuitos países europeus) e os menores níveis da África subsaariana e partes da Ásia."
Como se preparar para o envelhecimento
Bravo destaca que, embora os países latino-americanos ainda estejam longe dos níveisbonus boas vindas bwinenvelhecimento do Japão, é preciso prever esta possibilidade.
Entre as medidas a serem adotadas, o especialista da ONU inclui as seguintes:
a) ampliar a basebonus boas vindas bwincontribuição dos sistemasbonus boas vindas bwinprevidência social, ajustando a idadebonus boas vindas bwinaposentadoria proporcionalmente ao aumento da expectativabonus boas vindas bwinvida;
b) investirbonus boas vindas bwinmelhorar as condiçõesbonus boas vindas bwinsaúde ao longo da vida, sem se concentrar apenasbonus boas vindas bwinintervenções curativas;
c) ampliar as oportunidadesbonus boas vindas bwinemprego para as mulheres, que ainda enfrentam consideráveis desvantagens no mercadobonus boas vindas bwintrabalhobonus boas vindas bwinrelação aos homens; e
d) implementar medidas para facilitar a compatibilidade entre o trabalho e a criação dos filhos, com mais igualdadebonus boas vindas bwingênero – ou seja, maior equilíbrio entre as mulheres e os homens no trabalho, dentro e forabonus boas vindas bwincasa.
Bravo cita os exemplos positivosbonus boas vindas bwin"países nórdicos e outros países europeus, que adotaram políticas mais generosasbonus boas vindas bwinapoio aos pais para que eles possam equilibrar a vida familiar e profissional."
Estas políticas, segundo ele, "incluem programas para facilitar o emprego, licenças-maternidade e paternidade, horáriosbonus boas vindas bwintrabalho flexíveis, créditos fiscais e subsídios substanciais para assistência às crianças."
O especialista da ONU menciona particularmente o exemplo da reforma do sistemabonus boas vindas bwinaposentadorias da Suécia.
Aquele país "introduziu, nos anos 1990, um sistemabonus boas vindas bwindistribuiçãobonus boas vindas bwincontas virtuais, no qual as aposentadorias são concedidas proporcionalmente às contribuições individuais realizadas durante a vida profissional, ajustadas ao nívelbonus boas vindas bwinexpectativabonus boas vindas bwinvidabonus boas vindas bwincada grupobonus boas vindas bwinaposentados".
A América Latina também enfrenta o desafiobonus boas vindas bwincombater a desigualdade entre as pessoas desde o início da vida, para evitar o aprofundamento desse desequilíbrio, com muitas pessoas idosas vivendo na pobreza.
Outro elemento importante, segundo Bravo, é a promoção da educação contínua.
"A educação ao longo da vida, desde a idade pré-escolar até a capacitação contínua durante a vida profissional, é fundamental – especialmente nas sociedades modernas, caracterizadas pelo envelhecimento demográfico progressivo e pelo rápido progresso técnico e científico, que exige constante atualizaçãobonus boas vindas bwinconhecimentos e habilidades, ao mesmo tempobonus boas vindas bwinque permite que muitas pessoas trabalhem até idade avançada", destaca o especialista da ONU.
"Entre os programas que tiveram certo graubonus boas vindas bwinsucesso e podem serbonus boas vindas bwininteresse geral, está,bonus boas vindas bwinprimeiro lugar, o programabonus boas vindas bwincapacitação e formação profissional do Instituto Nacionalbonus boas vindas bwinAprendizado da Costa Rica. Seu objetivo é melhorar as condiçõesbonus boas vindas bwintrabalhobonus boas vindas bwinpessoasbonus boas vindas bwindiferentes idades que procuram emprego, ou que já trabalhambonus boas vindas bwindiferentes setores da economia, compatibilizando essa formação com as necessidades das empresasbonus boas vindas bwinprodução ebonus boas vindas bwinserviços."
Encargos e oportunidades
O relatório das Nações Unidas indica que o envelhecimento da população não é apenas um desafio, mas também uma oportunidade para o bem-estar pessoal e o desenvolvimento socioeconômico.
Bravo ressalta que o envelhecimento demográfico é produzido por duas tendências altamente positivas para a humanidade. Uma delas é a melhoria das condiçõesbonus boas vindas bwinsaúde e sobrevivência até idades cada vez mais avançadas; a outra é a ampliação do exercício dos direitos reprodutivos, para que as pessoas possam decidir quando devem ser pais e quantos filhos devem ter.
O especialista acrescenta que a fase intermediária do processobonus boas vindas bwinenvelhecimento, que atravessam atualmente os países latino-americanos, pode durar várias décadas. E essa fase produz os chamados "dividendos demográficos".
Em outras palavras, quando o númerobonus boas vindas bwinpessoas jovens aumenta e a fecundidade se reduz, o país pode se beneficiar desse aumento da população ativabonus boas vindas bwinrelação ao númerobonus boas vindas bwinpessoas com necessidadebonus boas vindas bwinassistência. E, nesta fase, é possível liberar recursos para investimentosbonus boas vindas bwincapital físico ou humano.
Bravo destaca que, se os governos adotarem políticasbonus boas vindas bwinampliação dos investimentos e das oportunidadesbonus boas vindas bwintrabalho digno para homens e mulheresbonus boas vindas bwintodas as idades, "pode-se reduzir as desigualdades socioeconômicas e potencializar o impulso inicial do dividendo demográfico".
Em nível global, o envelhecimento da população "em grande parte, é irreversível", segundo o relatório das Nações Unidas. Mas os seus impactos irão depender das ações tomadas pelos governos neste momento.
A ONU destaca que, com planejamento adequado, os países podem enfrentar os desafios do envelhecimento e, ao mesmo tempo, melhorar as oportunidadesbonus boas vindas bwinprosperidade para os seus habitantes.
Mas postergar as medidas necessárias para adaptar-se ao envelhecimento da população "irá impor altos custos econômicos e prejuízos à saúde das gerações atuais e futuras".