Como saber se sofri abuso durante consulta médica:premier bet apostas online
“Eu nunca tinha visto na minha vida alguém questionar o que um médico falava", afirmou à BBC Brasil Nina Marqueti, que após sofrer abusospremier bet apostas onlineum gastroenterologista aos 16 anos ficou quase uma décadapremier bet apostas onlinesilêncio sobre o ocorrido.
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Fim do Matérias recomendadas
"A gente sente o desconforto, percebe que tem alguma coisa errada, mas estápremier bet apostas onlineuma situação muito vulnerável,premier bet apostas onlineque não sabe qual o procedimento", contou Marqueti, que se tornou porta-vozpremier bet apostas onlineuma campanha para notificar a violência contra a mulher cometidapremier bet apostas onlineconsultórios.
Mas como saber se o especialista passou do limite ético durante uma consulta ou exame? A BBC Brasil consultou especialistas na área médica para ajudar pacientes a identificar possíveis casospremier bet apostas onlineassédio ou abuso sexual.
Consentimento e informação
Juliana Giordano, da Rede Feministapremier bet apostas onlineGinecologistas e Obstetras, explica que um dos pontos centrais para que as pessoas se sintam confortáveis durante exames físicos, especialmente os ginecológicos, é a comunicação entre médico e paciente.
“Os médicos precisam informar antes do exame ou do procedimento o que vai acontecer, quais instrumentos serão usados, quais partes do corpo serão tocadas e também o porquê da realização daquilo”, diz.
“Vai fazer palpação das mamas? Explique o procedimento. Vai sugerir um papanicolau? Explique como funcionapremier bet apostas onlinedetalhes, caso a pessoa não conheça o exame, e esclareça o porquê você o está indicando”, diz.
A ginecologista e obstetra destaca ainda a importância do consentimento. Segundo ela, os médicos deveriam sempre pedir licença ou permissão para examinar os pacientes, mesmo que a pessoa pareça confortável.
“E isso vale para qualquer examepremier bet apostas onlinetoque, seja ausculta do coração ou do pulmão, examepremier bet apostas onlinetoquepremier bet apostas onlinetireoide ou abdômen”, afirma.
Além disso, sempre que acharem necessário, os pacientes devem fazer perguntas e questionamentos sobre o que está acontecendo.
“Fazer perguntas, entender o porquê daquele toque, é uma formapremier bet apostas onlinese proteger”, diz. “Se o profissional começar a apresentar sinaispremier bet apostas onlinedesconfortopremier bet apostas onlineresponder não é bom sinal. Ele pode não necessariamente ser um abusador, mas não está seguindo as regraspremier bet apostas onlineconsentimento e respeitando a relação medico paciente.”
Nesses casos, segundo a médica, é direito do paciente interromper a consulta ou exame imediatamente.
Maria Celeste Osorio Wender, diretorapremier bet apostas onlinedefesa e valorização profissional da Febrasgo (Federação Brasileira das Associaçõespremier bet apostas onlineGinecologia e Obstetrícia), afirma ainda que é dever do especialista permitir a presençapremier bet apostas onlineum acompanhante na sala, sempre que o paciente desejar.
“Muitos ginecologistas já adotam como rotina manter a presençapremier bet apostas onlineuma enfermeira ou secretária na sala durante a realizaçãopremier bet apostas onlineexames físicos, mas não é uma prática obrigatória”, explica. “Mas se a paciente solicita que seu acompanhante fique na sala, o médico tem que permitir.”
Os pacientes que desejarem usar um espelho para acompanhar o exame ginecológico ou se sentirem mais confortáveis com a maca um pouco mais inclinada,premier bet apostas onlineforma que consigam enxergar o médico, também podem solicitar a qualquer momento.
Toques fora do padrão
Wender afirma que também é importante manter a atenção aos toques que fogem do padrão do procedimento médico.
“O toque ginecológico faz parte do examepremier bet apostas onlinerotina e tem como objetivo determinar o volume e posição do útero ou se tem alguma massa. Ou seja, não há necessidadepremier bet apostas onlinetoques repetidos no clítoris ou pequenos lábios, por exemplo”, diz.
Segundo a especialista, o examepremier bet apostas onlinepalpação das mamas é padrão e importante, mas deve ser feito com respeito e diante da autorização do paciente.
Quando se trata da medicina diagnóstica, Maria Celeste Wender explica que os toques são menos frequentes. Examespremier bet apostas onlinepapanicolau, ultrassom transvaginal oupremier bet apostas onlinemamas e mamografia, por exemplo, geralmente não envolvem palpação ou introdução dos dedos.
Ela afirma ainda que, com raras exceções, exames ginecológicos são realizados por especialistas da área, médicos da família e generalistas - e nos últimos dois casos, quando a paciente marca uma revisão ginecológica ou atendimento pré-natal. Da mesma forma, examespremier bet apostas onlinetoque retal são normalmente exclusividades do coloproctologista.
De acordo com as especialistas, a linguagem fora do padrão também pode causar desconforto. “O profissional deve usar linguajar adequado, sem infantilizar ou usar jargões médicos desnecessários’, diz Juliana Giordano.
‘Confie napremier bet apostas onlineintuição’
Por fim, Juliana Giordano afirma que o maior conselho para auxiliar na identificaçãopremier bet apostas onlinecasospremier bet apostas onlineabuso é confiar na intuição.
“Confie napremier bet apostas onlinepercepção e não se force a fazer um exame. Se você não estiver se sentindo à vontade, não gostar do profissional ou algo soar um alerta empremier bet apostas onlinecabeça, não se exponha”, diz.
A médica afirma ainda que os pacientes não devem ter medo ou vergonhapremier bet apostas onlinese posicionar. “A mulher precisa entender que a qualquer momento ela pode parar a consulta. É um direito básicopremier bet apostas onlinenão violação do corpo dela”.
“Devemos confiarpremier bet apostas onlinenossa análise subjetiva, assim comopremier bet apostas onlinequalquer tipopremier bet apostas onlineassédio. Se existe o incômodo, ele tem que ser validado”, afirma a médica integrante da Rede Feministapremier bet apostas onlineGinecologistas e Obstetras
“Disso para uma provapremier bet apostas onlineque realmente houve um assédio existe um caminho longo, infelizmente”, diz. "Mas não por isso a mulher não deve se proteger."