A fugago bets appbrasileira do sul do Líbano: 'Melhor recomeçar do zero do que perder a vida':go bets app
Segundo Leni, o pontogo bets appruptura foi na segunda-feira (23/9), o dia mais mortal no Líbano desde o fim da guerra civil,go bets app1990. Naquele dia, quase 600 pessoas foram mortas, incluindo 50 crianças e 94 mulheres, alémgo bets app1.700 ficarem feridas,go bets appacordo com o Ministério da Saúde libanês.
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Fim do Matérias recomendadas
Em meio aos bombardeios no Líbano, um adolescentego bets app15 anos com nacionalidade brasileira morreu no Vale do Bekaa.
"Desde segunda-feira, os bombardeios se tornaram constantes e aterrorizantes", conta Leni à BBC News Brasil.
Leni descreve o medo crescente à medida que as explosões se aproximavam.
"Foram 24 horas ouvindo bombas. Até então, eu não havia deixado minha casa, mas chegou um pontogo bets appque não era mais possível continuar."
A família, então, decidiu fugir. "Consegui sair da cidade ontem com minhas filhas. Levamos 12 horas para chegar a um lugar seguro nas montanhas, uma viagem que normalmente dura uma hora e meia."
Ela relata a tensão na estrada, vendo bombas a distância e passando por cidades devastadas, com prédios destruídos e janelas quebradas.
"A qualquer momento, uma bomba podia cair sobre nós. O medo era constante, e a única coisago bets appque eu pensava era tirar minhas filhasgo bets applá o mais rápido possível", relembra emocionada.
Nas montanhas, a família encontrou abrigo alugando a parte superiorgo bets appum chalé e agora aguarda informações sobre uma possível evacuação organizada pela embaixada brasileira.
Leni e seu marido já começaram a preencher os formulários para uma eventual retirada do país.
"Não é fácil abandonar tudo o que construímos, mas preferimos recomeçar no Brasil a colocar nossas vidas e asgo bets appnossas filhasgo bets apprisco."
Ela expressa tristeza ao ver a destruição ao redor e a situação difícilgo bets appoutras famílias brasileiras, algumas sem abrigo, dormindogo bets appcarros.
"Graças a Deus, conseguimos um lugar seguro. Agora, estamos esperando e torcendo para que tudo se resolva logo."
90 mil deslocados
Leni é uma das 90 mil pessoas deslocadas no Líbano desde 23go bets appsetembro, segundo a ONU.
Assim como ela, muitas famílias estão fugindo do sul do país, com carros lotados e escolas sendo usadas como abrigos improvisados.
Enquanto isso, o exército israelense informou na quarta-feira que realizou uma nova ondago bets appataques "intensos" no sul do Líbano e no vale do Bekaa, visando o Hezbollah. Esses ataques, segundo o Ministério da Saúde libanês, deixaram pelo menos 50 mortes e maisgo bets app220 feridos.
O chefe do exército israelense, Herzi Halevi, declarou que essas operações têm como objetivo preparar a "possível entrada"go bets apptropas no Líbano.
Mais cedo, Israel anunciou que interceptou um míssil balístico disparado pelo Hezbollahgo bets appdireção a Tel Aviv, sendo essa a primeira vez que um foguete desse tipo foi direcionado à maior cidade do país.
Além das 90 mil pessoas deslocadas desde segunda-feira, outras 112 mil já foram forçadas a deixar suas casas no sul do Líbano desde outubro do ano passado,go bets appacordo com a ONU.
No nortego bets appIsrael, cercago bets app60 mil pessoas também foram evacuadas nesse período.
Israel afirma que seu objetivo é neutralizar a ameaça do Hezbollah e permitir o retorno das pessoas deslocadas no norte do país.
O Hezbollah, porgo bets appvez, alega estar resistindo à "agressão" israelense e agindogo bets appsolidariedade aos palestinosgo bets appGaza.
Os ataquesgo bets appambos os lados da fronteira têm aumentado, alimentando o temorgo bets appum conflito regional mais amplo, especialmente após uma sériego bets appatentados contra membros do Hezbollah.
'Barulho ensurdecedor'
Em Beirute, Carla Mussallam Al Masri, guiago bets appturismo paulistanago bets app58 anos, que vive no Líbano há 28 anos, relata a presença constante dos aviões supersônicos israelenses.
Segundo Carla, essas aeronaves voamgo bets appalta velocidade, rompendo a barreira do som e gerando estrondos que fazem tremer as casas.
"Quando eles passam, parece uma bomba. O barulho é ensurdecedor, e parece que a casa vai desabar", relata Carla, que é casada com um libanês.
Para minimizar os danos, ela deixa janelas e portas abertas, evitando que o impacto do som quebre os vidros.
A frequência desses voos aumentou recentemente, e o último sábado foi particularmente difícil, marcado por estrondos que causaram ansiedade e medo na comunidade.
Carla se familiarizou com esse som desde que se mudou para o Líbano, mas a intensidade recente trouxego bets appvolta memóriasgo bets appbombardeios dos anos 90 e da guerrago bets app2006.
Seus pais nasceram no Brasil, mas seus avós sãogo bets appMarjayoun e Hasbaya, no sul do Líbano, áreas historicamente afetadas por ocupações e bombardeios, e mais recentemente alvosgo bets appnovos ataquesgo bets appIsrael emgo bets appofensiva contra o Hezbollah.
Para Carla, o som dos aviões supersônicos é um lembrete constante da instabilidade da região e do impacto emocional que esses episódios têm na vida cotidiana.
"Israel fez um ataque cirúrgico a 30 quilômetrosgo bets apponde eu moro, na cidadego bets appSídon, perto da casa do meu cunhado", acrescenta ela.