Os planosh20bet.netTrumph20bet.netfazer deportaçõesh20bet.netmassa caso eleito:h20bet.net

Quais são os obstáculos legais?

Os últimos números do Departamentoh20bet.netSegurança Interna e do institutoh20bet.netpesquisas Pew Research indicam que há cercah20bet.net11 milhõesh20bet.netimigrantes indocumentados vivendo atualmente nos EUA, um número que se manteve relativamente estável desde 2005.

A maioria são residentesh20bet.netlonga data — quase quatro a cada cinco imigrantes estão no país há maish20bet.netuma década.

Imigrantes que estão no país sem status legal têm direito ao devido processo, incluindo uma audiência judicial antesh20bet.netsua deportação.

Um aumento drástico nas deportações provavelmente implicaria uma grande sobrecarga no sistemah20bet.nettribunaish20bet.netimigração, que tem sido assolado por processosh20bet.netatraso.

A maioria dos imigrantes que já estão no país entra no sistemah20bet.netdeportação não por meioh20bet.netencontros com agentes do serviçoh20bet.netImigração e Alfândega dos EUA (ICE, na siglah20bet.netinglês), mas por meio da polícia local.

No entanto, muitas das maiores cidades e condados do país aprovaram leis que restringem a cooperação da polícia local com o ICE.

A campanhah20bet.netTrump prometeu tomar medidas contra essas "cidades santuário", mas a colchah20bet.netretalhosh20bet.netleis locais, estaduais e federais dos Estados Unidos complica ainda mais o quadro.

Kathleen Bush-Joseph, analistah20bet.netpolíticas do Institutoh20bet.netPolítica Migratória (MPI, na siglah20bet.netinglês), com sedeh20bet.netWashington, diz que a cooperação entre o ICE e autoridades locais seria um aspecto "crítico"h20bet.netqualquer programah20bet.netdeportaçãoh20bet.netmassa.

"É muito mais fácil para o ICE pegar alguémh20bet.netuma prisão se a polícia local cooperar,h20bet.netvezh20bet.netter que ir procurá-los", diz ela.

Como exemplo, Bush-Joseph aponta para uma declaração do inícioh20bet.netagosto dos gabinetes dos xerifes dos condadosh20bet.netBroward e Palm Beach, na Flórida, na qual eles disseram que não designariam oficiais para ajudarh20bet.netnenhum planoh20bet.netdeportaçãoh20bet.netmassa.

"Há muitos outros que não cooperariam com um planoh20bet.netdeportaçãoh20bet.netmassah20bet.netTrump", diz ela. "Isso torna tudo muito mais difícil."

Qualquer programah20bet.netdeportaçãoh20bet.netmassa também provavelmente será quase imediatamente recebido com uma enxurradah20bet.netcontestações legaish20bet.netativistash20bet.netimigração e direitos humanos.

Uma decisão da Suprema Corte dos EUAh20bet.net2022, no entanto, determinou que tribunais não podem emitir liminares sobre políticash20bet.netaplicaçãoh20bet.netleish20bet.netimigração — o que significa que essas políticas continuariam valendo mesmo enquanto as contestações percorrem o sistema legal.

E a logística?

Se um governo dos EUA fosse capazh20bet.netseguir legalmenteh20bet.netfrente com os planosh20bet.netdeportaçõesh20bet.netmassa, as autoridades ainda teriam que lidar com enormes desafios logísticos.

Durante o governoh20bet.netJoe Biden, os esforçosh20bet.netdeportação se concentraramh20bet.netimigrantes recém-chegados detidos na fronteira.

Os imigrantes deportados do interior dos EUA,h20bet.netáreas não localizadas perto da fronteira, são, esmagadoramente, aqueles com históricos criminais ou considerados ameaças à segurança nacional.

Polêmicas batidash20bet.netlocaish20bet.nettrabalho que foram realizadas durante a gestão Trump foram suspensash20bet.net2021.

As deportaçõesh20bet.netpessoas presas no interior dos EUA —h20bet.netoposição às que estão na fronteira — se mantémh20bet.nettornoh20bet.net100 mil por ano na última década, após atingirem um picoh20bet.netmaish20bet.net230 mil durante os primeiros anos da administraçãoh20bet.netBarack Obama.

"Para elevar esse número,h20bet.netum único ano, para um milhão, seria necessária uma injeção massivah20bet.netrecursos que provavelmente não existem", diz o diretorh20bet.netpolíticas da organização sem fins lucrativos American Immigration Council, Aaron Reichlin-Melnick.

Primeiro, os especialistas duvidam que os 20 mil agentes e pessoalh20bet.netapoio da ICE seriam suficientes para encontrar e rastrear até mesmo uma fração dos números alardeados pela campanhah20bet.netTrump.

Reichlin-Melnick acrescenta que o processoh20bet.netdeportação é longo e complicado e só começa com a identificação e prisãoh20bet.netum imigrante sem documentos.

Depois disso, os detidos precisariam ser alojados ou colocadosh20bet.netum programa "alternativo à detenção" antesh20bet.netserem levados perante um juizh20bet.netimigração,h20bet.netum sistema com um acúmuloh20bet.netprocessosh20bet.netanos.

Só então os detidos são deportados dos EUA, um processo que requer cooperação diplomática do país receptor.

"Em cada uma dessas áreas, o ICE simplesmente não tem capacidade para processar milhõesh20bet.netpessoas", diz Reichlin-Melnick.

Trump disse que envolveria a Guarda Nacional ou outras forças militares dos EUA para ajudar nas deportações.

Historicamente, o papel dos militares dos EUAh20bet.netquestõesh20bet.netimigração tem sido limitado a funçõesh20bet.netapoio na fronteira EUA-México.

Além do uso dos militares e do "uso da polícia local", Trump ofereceu poucos detalhes sobre como tal planoh20bet.netdeportaçãoh20bet.netmassa poderia ser executado.

Em uma entrevista à revista Time no início deste ano, o ex-presidente disse apenas que "não descartaria" a construçãoh20bet.netnovas instalaçõesh20bet.netdetençãoh20bet.netimigrantes e que daria imunidade à polícia contra processosh20bet.net"grupos liberais ou progressistas".

Ele acrescentou que também pode haver incentivos para que os departamentosh20bet.netpolícia estaduais e locais participem, e que aqueles que não o fizerem "não tomarão parte das riquezas".

"Temos que fazer isso", disse ele. "Este não é um problema sustentável para o nosso país."

A BBC contatou a campanhah20bet.netTrump para comentários adicionais.

Eric Ruark, diretorh20bet.netpesquisa da NumbersUSA, uma organização que defende controlesh20bet.netimigração mais rígidos, diz que qualquer programah20bet.netdeportação no interior dos EUA só seria eficaz se associado a uma maior fiscalização nas fronteiras.

"Essa tem que ser a prioridade. Muito pouco progresso será feito no interior se esse não for o caso", diz ele. "É isso que faz as pessoas continuarem vindo."

Além disso, Ruark diz que uma repressão às empresas que contratam imigrantes sem documentos também seria necessária.

"Eles estão vindo por empregos", diz ele. "E eles estão conseguindo esses empregos porque a fiscalização interna foi basicamente desmantelada."

Custos financeiros e políticos

Especialistas estimam que a conta total para um milhão ou maish20bet.netdeportações chegaria a dezenas ou mesmo centenash20bet.netbilhõesh20bet.netdólares.

O orçamento do ICE para transporte e deportaçãoh20bet.net2023 foih20bet.netUS$ 420 milhões (R$ 2,3 bilhões). Naquele ano, a agência deportou pouco maish20bet.net140 mil pessoas.

Milharesh20bet.netimigrantes seriam detidos enquanto aguardam audiências judiciais ou deportações, e a campanhah20bet.netTrump imaginou construir grandes acampamentos para abrigar todos eles.

O númeroh20bet.netvoosh20bet.netdeportação também precisaria ser drasticamente expandido, possivelmente exigindo aeronaves militares para aumentar a capacidade atual.

Apenas uma pequena expansãoh20bet.netqualquer uma dessas áreas pode resultarh20bet.netcustos significativos.

"Mesmo uma pequena mudança está na casa das dezenash20bet.netmilhões, ou centenash20bet.netmilhões [de dólares]", diz Reichlin-Melnick.

"Uma mudança significativa está na casa das dezenas ou centenash20bet.netmilhões."

Esses custos seriam adicionais às despesash20bet.netoutros esforçosh20bet.netfiscalização da fronteira que Trump prometeu: continuar o trabalhoh20bet.netconstruçãoh20bet.netum muro na fronteira sul dos EUA, um bloqueio naval para impedir a entradah20bet.netfentanil no país e mover milharesh20bet.nettropas para a fronteira.

Adam Isacson, especialistah20bet.netmigração e fronteira do Washington Office on Latin America, diz que "imagensh20bet.netpesadelo"h20bet.netdeportaçõesh20bet.netmassa também podem ter custo políticos para um potencial governo Trump, do pontoh20bet.netvistah20bet.netrelações públicas.

"Todas as comunidades nos EUA veriam pessoas que conhecem e amam colocadash20bet.netônibus [para serem deportadas]", diz Isacson.

"Você teria algumas imagens muito dolorosas na TVh20bet.netcrianças chorando e famílias", acrescentou.

"Tudo isso é uma propaganda incrivelmente ruim. É separação familiar, mas com esteroides."

Deportaçõesh20bet.netmassa já aconteceram antes?

Nos quatro anos do governo Trump anterior, cercah20bet.net1,5 milhãoh20bet.netpessoas foram deportadas, tanto da fronteira quanto do interior dos EUA.

O governo Biden — que deportou cercah20bet.net1,1 milhãoh20bet.netpessoas até fevereiroh20bet.net2024 — está a caminhoh20bet.netigualar essa marca, mostram as estatísticas.

Durante os dois mandatos do governo Obama — quando Biden era vice-presidente — maish20bet.nettrês milhõesh20bet.netpessoas foram deportadas, levando alguns defensores da reforma imigratória a apelidar Barack Obamah20bet.net"deportador-chefe".

A única comparação histórica com um programah20bet.netdeportaçãoh20bet.netmassa ocorreuh20bet.net1954, quando cercah20bet.net1,3 milhãoh20bet.netpessoas foram deportadas como parte da Operação Wetback, nomeadah20bet.netreferência a um termo depreciativo comumente usado contra mexicanos na época.

Esse número, no entanto, é contestado por historiadores.

O programa, sob o governoh20bet.netDwight Eisenhower (1890-1969), encontrou considerável oposição pública —h20bet.netparte porque alguns cidadãos americanos também foram deportados — bem como faltah20bet.netfinanciamento. Foi descontinuadoh20bet.net1955.

Especialistash20bet.netimigração dizem que o foco da operação anteriorh20bet.netcidadãos mexicanos e a faltah20bet.netdevido processo a tornam incomparável com o que seria um programa modernoh20bet.netdeportaçãoh20bet.netmassa.

"Aqueles [deportados na décadah20bet.net1950] eram homens mexicanos solteiros", diz Kathleen Bush-Joseph, do Institutoh20bet.netPolítica Migratória.

"Agora, a grande maioria das pessoas que vêm sãoh20bet.netlugares que não são o México, ou mesmo o norte da América Central. Isso torna muito mais difícil devolvê-los [a seus paísesh20bet.netorigem]", acrescenta.

"Não são situações comparáveis."