O desastre natural com maior impacto na economia brasileira: 3 efeitos das inundações do RS no país:vulkan cassino
Por conta da tragédia, a MB Associados não pretende revisar o crescimento brasileiro. A consultoria acreditava que o crescimento brasileiro projetado para este ano podia servulkan cassino2,5% — mas após a tragédia no Rio Grande do Sul ela manteve a projeçãovulkan cassinocrescimentovulkan cassino2%.
Game | Metacritic |
Crash of the Titans | (NDS) 73/100 (PS2) 70/100 (Wii) 69/100 (X360) 65/100 |
Crash: Mind over Mutant | (NDS) 45/100 (PS2) 73/100 (Wii) 70/100 (X360) 60/100 |
Crash Bandicoot Nitro Kart 2 | (iOS) 77/100 |
Crash Bandicoot N. Sane Trilogy | (NS) 78/100 (PC) 76/100 (PS4) 80/100 (XONE) 79/100 |
Currency | Current Price | Converted Price |
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Fim do Matérias recomendadas
O Brasil já enfrentou outras grandes crises que afetaram o crescimento da economia nacional. Em 2001, por exemplo, uma seca contribuiu para uma crisevulkan cassinoracionamentovulkan cassinoenergia e apagões. A economia nacional, que havia crescido 4,4% no ano anterior, desacelerou para 1,4%. Mas apesar da contribuição da seca, o cerne da crisevulkan cassino2001 não foi o clima, mas sim gargalos nas linhasvulkan cassinotransmissão — que impediam o Brasilvulkan cassinodistribuir energia pelo país.
A tragédia no Rio Grande do Sul deste ano — que já provocou pelo menos 151 mortes — terá impactovulkan cassinopelo menos três frentes da economia brasileira: no crescimento do PIB deste ano, no setor agrícola e na questão fiscal brasileira.
-2%deve ser o crescimento do Rio Grande do Sul, segundo estimativas
3,5%era quanto a economia gaúcha vinha crescendo antes das inundações
Economistas e estudos consultados para esta reportagem lembram que a dimensão exata do impacto econômico ainda não pode ser quantificada com precisão, porque as chuvas ainda estãovulkan cassinoandamento e sequer foi feito um levantamento preciso do estrago ainda.
Essa indefinição também tem implicações políticas. Autoridades têm faladovulkan cassinodiferentes medidas e valores para destinar ao Rio Grande do Sul — mas essa ajuda ainda está sendo discutida e os números estãovulkan cassinoaberto.
Confira abaixo como as inundações devem afetar a economia brasileiravulkan cassino2024.
Impacto no crescimento e na indústria
As enchentes afetaram 94,3%vulkan cassinotoda atividade econômica do Rio Grande do Sul, segundo um levantamento divulgado na segunda-feira (14/5) pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs).
"Os locais mais atingidos incluem os principais polos industriais do Rio Grande do Sul, impactando segmentos significativos para a economia do Estado", disse o presidentevulkan cassinoexercício da Fiergs, Arildo Bennech Oliveira.
Três das maiores regiões afetadas (Região Metropolitanavulkan cassinoPorto Alegre, Vale dos Sinos e Serra) contribuem com R$ 220 bilhões para a atividade econômica brasileira.
Essas três regiões concentram 23,7 mil indústrias que empregam 433 mil pessoas.
A Região da Serra (de cidades como Caxias do Sul, Bento Gonçalves, Farroupilha) é famosa pela produção nos segmentos metalmecânico (veículos, máquinas, produtosvulkan cassinometal) e móveis. A Região Metropolitanavulkan cassinoPorto Alegre também produz metalmecânicos (veículos, autopeças, máquinas), alémvulkan cassinoderivadosvulkan cassinopetróleo e alimentos. A Região do Vale dos Sinos é famosa pela produçãovulkan cassinocalçados.
Mas diversos outros setores da economia também foram afetados, como tabaco e químicos.
Um estudo feito pelo Bradesco prevê que o impacto da crise no Rio Grande do Sul pode reduzir o crescimento do PIB nacionalvulkan cassino0,2 a 0,3 ponto percentual.
"A títulovulkan cassinocomparação, quando o Estado foi atingido pelo ciclonevulkan cassino2008, o crescimento do PIB estadual daquele ano foivulkan cassino2,9%, ante crescimento do Brasil como um todovulkan cassino5,1%."
Um outro levantamento — da Confederação Nacional dos Municípios — calculavulkan cassinomaisvulkan cassinoR$ 8,9 bilhões os prejuízos financeiros das enchentes. Segundo a CMN, R$ 2,4 bilhões desse prejuízo são no setor público, R$ 1,9 bilhão no setor produtivo privado e R$ 4,6 bilhões especificamente nas habitações destruídas.
Impacto agrícola
O Rio Grande do Sul é uma das potências do agro brasileiro — o Estado representa 12,6% do PIB da agricultura nacional.
Como um todo, a agropecuária brasileira será um dos setores da economia mais afetados pelas enchentes, segundo o Bradesco.
"Considerando tais impactos, o PIB agropecuário no Brasil pode recuar 3,5% (nossa estimativa anterior eravulkan cassinoquedavulkan cassino3,0%). As perdas no agronegócio podem ser ampliadas pela logística, que afeta tanto o escoamento da safra bem como impede a chegadavulkan cassinoinsumos. Esse parece ser um problema importante para os setoresvulkan cassinolaticínios e carnes", afirma um relatório do banco.
O Rio Grande do Sul responde por 70% da produção do arroz do Brasil, 15%vulkan cassinocarnes (12% da produçãovulkan cassinofrangos e 17% da produçãovulkan cassinosúinos) 15% da soja, 4%vulkan cassinomilho.
As enchentes provocaram choquesvulkan cassinoalguns preços internacionais — a cotação mundial da soja na bolsavulkan cassinoChicago chegou a subir 2% na semana passada. No Brasil, o preço do arroz já subiu e o governo anunciou a importação do produto para evitar um choque ainda maior. Há temoresvulkan cassinoque os preçosvulkan cassinocarnevulkan cassinofrango e suína também possam subirvulkan cassinobreve.
Por sorte, 70% da safravulkan cassinosoja e 80% da safra do arroz já haviam sido colhidos. Sobram duas dúvidas agora: quanto do restante da safra foi afetado pelas enchentes e se a quantidade já colhida e armazenada nos silos foi comprometida ou não. O Bradesco avalia que 7,5% da produçãovulkan cassinoarroz e 2,2% da produçãovulkan cassinosoja do Brasil podem estar comprometidos, caso se confirmem os piores cenários.
Vale, da MB Associados, lembra que o agro gaúcho já vinha sofrendo muito nos últimos três anos com os extremos climáticos.
"No Rio Grande do Sul, a questão agrícola nos últimos anos tem colocado o Estado no grauvulkan cassinomuita insegurança. Foram três anos seguidosvulkan cassinoLa Niña, com secas muito profundas, e quebrasvulkan cassinosafra muito fortes. No ano passado, o Estado estava até comemorando a chegada do El Niño, que traria chuvas. Mas quando se pensou que teríamos um ano normal,vulkan cassinorepente acontece isso", diz o economista.
Ainda existe a possibilidadevulkan cassinoum novo fenômeno La Niña este ano, com potencial para provocar novas secas no Rio Grande do Sul.
Impacto fiscal
Outro impacto importante da calamidade do Rio Grande do Sul na economia nacional é na questão fiscal brasileira.
Há anos o Brasil vem tentando equilibrarvulkan cassinosituação fiscal — ou seja — o governo faz um esforço para conseguir arrecadar mais dinheiro do que gasta, produzindo o que se chamavulkan cassinosuperávit fiscal.
Esse superávit fiscal é usado para reduzir o endividamento público do governo, que é um elemento fundamental da economiavulkan cassinoqualquer país. Alto endividamento tem potencial para produzir inflação alta, baixo crescimento econômico e desemprego.
No ano passado, o governo Lula lançou o que chamouvulkan cassino"arcabouço fiscal" — o conjuntovulkan cassinoregras para gastar os recursos públicos e fazer investimentos. Esse arcabouço foi fundamental para acalmar os mercados e sinalizar que o Brasil não gastaria dinheiro desenfreadamente.
Mas no mês passado, diantevulkan cassinoproblemas no orçamento, o governo desistiuvulkan cassinoatingir superávitsvulkan cassino2025.
Economistas apontam que o Brasil já vivia um momento fiscal delicado antes das enchentes no Rio Grande do Sul.
No entanto, o quadro se agrava bastante agora que o governo federal terá que fornecer uma grande ajuda financeira ao Estado.
Todos defendem uma ajuda financeira grande ao Rio Grande do Sul, mas analisam que haverá um grande impacto nas contas nacionais.
Já foi anunciado, por exemplo, um plano a ser enviado ao Congresso para suspender a cobrança da dívida do Estado do Rio Grande do Sul com a União por três anos.
A regra permitiria a criaçãovulkan cassinoum fundo "contábil"vulkan cassinoR$ 11 bilhões por ano para ajudar na reconstrução da infraestrutura do Estado que foi devastada pelas enchentes, segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A medida também inclui o perdão da cobrançavulkan cassinojuros sobre a dívida — com impactovulkan cassinoR$ 12 bilhões.
O governo federal já havia anunciado na semana passada um pacotevulkan cassinomedidas que pode chegar a R$ 51 bilhões, que incluía pagamentos antecipadosvulkan cassinobenefícios como Bolsa Família, auxílio-gás, BPC, abono salarial e restituição do Impostovulkan cassinoRenda, alémvulkan cassinoalgumas renúncias fiscais.
Na quarta-feira, o governo federal anunciou um auxílio-reconstrução no valorvulkan cassinoR$ 5 mil por família cadastrada, que custará R$ 1,2 bilhão aos cofres.
Alguns dos gastos públicos ficarãovulkan cassinofora das regras fiscais do governo, por contavulkan cassinoo Rio Grande do Sul estarvulkan cassinoestadovulkan cassinocalamidade.
Todas essas medidas são fundamentais para reerguer o Rio Grande do Sul — mas elas têm potencial para agravar a situação fiscal brasileira que já vinha sofrendo antes da crise provocada pelo evento climático.
Sergio Vale, da MB Associados, alerta que ao longo do ano é possível que mais dinheiro seja encaminhado ao Rio Grande do Sul atravésvulkan cassinocréditos extraordinários aprovados pelo Congresso — e que isso deve piorar o equilíbrio fiscal brasileiro.
Ele diz que é difícil quantificar exatamente qual será o tamanho do problema fiscal brasileiro, porque ainda não se sabe quanto dinheiro será necessário para reconstrução do Rio Grande do Sul.
"Não está muito claro exatamente o que o governo vai disponibilizar. O cenário fiscal [do Brasil] já está muito distorcido. Então qualquer coisa que acontece piora ainda mais", diz Vale.
Para Caio Megale, economista-chefe da XP, parte da ajuda estará fora do arcabouço fiscal do governo — mas mesmo que seja necessário incluir essas despesas no orçamento, seria possível acomodar os gastos.
"Ninguém sabe direito qual que vai ser o tamanho total do apoio. A gente ouve falarvulkan cassinoR$ 70 bi, R$ 80 bi, R$ 90 bi ou R$ 100 bi. Não dá para saber ainda, é preciso esperar as águas baixarem. Mas o arcabouço fiscal tem espaço para que essas medidas sejam tomadas", disse Megalevulkan cassinoum morning call (serviço diáriovulkan cassinocorretoras para seus clientes) desta semana.