Funcionários devem dizer sempre a verdade aos chefes?:bet365 com c

Para ser sincero, não me considero um grande exemplobet365 com chumildade, mas acho que você causa melhor impressão sendo discreto nas apresentações. Um ex-mentor – que, apesarbet365 com csuas muitas realizações, sempre evitou elogios – me ensinou que quando você se sente lisonjeado, é uma boa ideia se perguntar: “Eles estão falandobet365 com cmim?”

Pompa acadêmica

Curiosamente, a pompa que associamos aos altos cargos não afeta apenas as empresas ou administração pública.

Isso também acontece no mundo acadêmico. Durante meu primeiro ano como presidente da IE University quis visitar vários colegasbet365 com cuniversidades americanas para apresentar nosso projeto e estabelecer relacionamentos.

Fiquei especialmente chocado com a agenda que a equipe presidencialbet365 com cuma instituiçãobet365 com cprestígio preparou para mim: “11h00-11h05: Breve saudação na porta do gabinete do presidente”.

Ainda hoje brinco sobre o protocolo daquela ocasião, mas como resultado dessa experiência, decidi mostrar o mesmo nívelbet365 com crespeito a todas as pessoas que encontro, independentementebet365 com cseu cargo, e evitar a condescendência que algumas pessoas percebem nas figurasbet365 com cautoridade.

Usar o sensobet365 com chumor sempre ajuda nessas circunstâncias. Sempre que posso procuro responder diretamente às mensagens e solicitações que recebo. Considero uma boa ideia, e até saudável, manter canaisbet365 com ccomunicação abertos com pessoas dentro e fora da organização, ebet365 com cdiferentes níveis e gerações.

Completamente honesto

Voltando à questãobet365 com caté que ponto você deve ser honesto com seu chefe,bet365 com ctermosbet365 com cboas práticasbet365 com cgestão a resposta deveria ser: completamente.

Afinal, os funcionários são contratados para darbet365 com copinião profissional honesta, principalmente se acreditarem que ela é relevante para a empresa, mesmo que isso incomode o chefe.

É uma questãobet365 com ccumprimento,bet365 com cprofissionalismo.

No entanto, muitosbet365 com cnós sabemos por experiência própria que, regra geral, os chefes não gostambet365 com cser contrariados e aceitambet365 com cforma errada críticas ou opiniões que vão contra o seu julgamento, especialmente se isso ocorrerbet365 com cuma reunião com outras pessoas. Em geral, os chefes veem a contradição como um questionamento dabet365 com cautoridade.

Quando pergunto aos meus alunosbet365 com cestratégia – que normalmente são executivos com maisbet365 com ccinco anosbet365 com cexperiênciabet365 com cgestão ebet365 com cdiferentes países – sobre os atributos ideaisbet365 com cum executivo, uma das respostas mais frequentes é que “devem ser bons ouvintes.”

Penso que isto indica um desejobet365 com cuma abordagem mais aberta por parte dos gestores, para poder falar honestamente com eles. A resposta também reflete a compreensãobet365 com cque a tomadabet365 com cdecisões exige ouvir uma vasta gamabet365 com cpontosbet365 com cvista.

Sempre seja cuidadoso

Benjamin Franklin, um dos pais da independência americana, era a favor da prudência ebet365 com cnão dizer sempre o que se pensa porque, nabet365 com cexperiência, qualquer tipobet365 com ccrítica sempre ofende o receptor.

Franklin foi o primeiro embaixador dos Estados Unidosbet365 com cParis e possivelmente abet365 com cexperiência diplomática o levou a ser cauteloso na forma e nas palavras.

Embet365 com cautobiografia, Franklin observa: “Quando alguém dizia algo que eu considerava um erro, neguei a mim mesmo o prazerbet365 com ccontradizê-lo”.

A moderaçãobet365 com cFranklin me lembra a observaçãobet365 com cum coach que trabalhou para CEOsbet365 com cdiversas empresas: o feedback negativo, mesmo que seja construtivo, justificado e comunicado com tato, é frequentemente rejeitado.

Apenas alguns os recebem positivamente. Algo que, por outro lado, demonstra uma enorme inteligência emocional.

Distânciabet365 com cpoder e debate

A possibilidadebet365 com ccontradizer ou criticar o patrão, mesmobet365 com cprivado e com boas intenções, pode ser ainda mais complicada por fatores culturais.

O Japão é referênciabet365 com cdistância máxima do poder (como são o tratamento, as formalidades, a interação nas reuniões e os protocolosbet365 com crelacionamento entre chefes e subordinados), enquanto os Estados Unidos e os países escandinavos são exemplosbet365 com cdistância mínimabet365 com cpoder.

Como esperado, a cultura dos países com menor distância do poder incentiva o debate aberto e até mesmo a crítica ou a dissidênciabet365 com crelação aos superiores.

Estudos contemporâneos mostram que seguir o exemplo dos superiores, e até bajulá-los, pode ser bom para a carreira.

Além disso, confiar exclusivamente no desempenho ou no valor pessoal não é garantiabet365 com cpromoção.

No entanto, pesquisas também revelam que os bajuladoresbet365 com csérie são frequentemente criticados por seus colegas, algo que também pode funcionar contra eles a longo prazo.

Os resultados desta pesquisa e os comentários dos meus alunos sugerem que a bajulação não é um problema apenas dos subordinados e que pelo menos metade da responsabilidade recai sobre os próprios chefes.

O rei é responsável porbet365 com cnudez, mesmo que queira culpar os outros.

O mesmo vale para CEOs que incentivam o puxa-saquismo.

Por um lado, distorcem a natureza do debate nas reuniõesbet365 com cgestão, onde o princípio orientador deveria ser “nada pessoal, apenas negócios”. Por outro lado, comprometem o funcionamento da própria empresa, o exame objetivo dos seus resultados, a identificação das falhas e suas causas e a correção dessas falhas.

O conselhobet365 com cMaquiavel

Um pensador particularmente recomendado é Nicolau Maquiavel. Abet365 com cfilosofia é uma expressão do pragmatismo absoluto necessário para permanecer no poder, independentementebet365 com cqualquer preocupação moral. Portanto, vale a pena acatar suas sugestões sobre como obter os melhores conselhos dos subordinados e evitar lisonjas:

“A única maneirabet365 com cse proteger dos bajuladores é as pessoas entenderem que dizer a verdade não te ofende. Porém, quando todos se sentem livres para lhe dizer a verdade, o respeito por você diminui. Portanto, um príncipe sábio deve seguir um terceiro caminho, escolhendo os homens sábiosbet365 com cseu estado e dando-lhes apenas a liberdadebet365 com clhe dizer a verdade, e apenas sobre as coisas que pergunta e sobre nenhuma outra. No entanto, você deve questioná-los sobre tudo e ouvir suas opiniões, para então tirar suas próprias conclusões. Com esses conselheiros, separada e coletivamente, você deve se comportarbet365 com ctal forma que cada um deles saiba que quanto mais livremente falar, mais será preferido. Fora deles, você não deve ouvir ninguém, seguir o que foi resolvido e se manter fiel às suas decisões. Quem faz o contrário ou é derrotado pelos bajuladores, ou mudabet365 com cideia tantas vezes que riem dele.”

Com a experiência e a idade, alguns gestores podem se tornar fechados às opiniões e ideias dos outros, embora também existam jovens líderes impetuosos e arrogantes que rejeitam a ajuda externa. Maquiavel tem razão: estar aberto aos conselhos dos sábios aumenta as chancesbet365 com csucesso no poder.

*Santiago Iñiguezbet365 com cOnzoño é presidente IE University

**Este artigo foi publicado no The Conversation e reproduzido aqui sob a licença Creative Commons. Clique aqui para ler a versão originalbet365 com cespanhol.