Grandes cidades estão cheiasjogo de caminhãoescritórios vazios — e agora?:jogo de caminhão

Em São Francisco (Califórnia, EUA), a taxajogo de caminhãoescritórios desocupados antes da pandemia erajogo de caminhãoquase zero. As startups brigavam por espaços comerciais. Agora, os níveisjogo de caminhãodesocupação aumentaram para 31,8%, segundo a imobiliária CBRE.

No centrojogo de caminhãoLondres, os edifícios não estão tão vazios, mas a taxajogo de caminhãodesocupação atual —jogo de caminhão9,4%, segundo a imobiliária JLL — é quase o dobro da média históricajogo de caminhão5,5%.

E, mesmo nos edifícios comerciais atualmente ocupados, o trânsitojogo de caminhãopessoas é mais esporádico. Eles podem estar fervilhando na quarta-feira, por exemplo, mas se transformamjogo de caminhãouma cidade-fantasma quando chega a sexta.

Dados da companhia Leesman, que analisa os ambientesjogo de caminhãotrabalho globais, demonstram que 74% dos profissionais britânicos planejam ir ao escritório dois dias por semana ou menos e que o comparecimento no meiojogo de caminhãosemana é muito maior do que na segunda ou sexta-feira.

Tudo isso significa que muitas empresas têm mais espaço disponível do que estão realmente utilizando. E os especialistas indicam que há poucos sinaisjogo de caminhãoque as companhias irão precisar retomar o mesmo espaço imobiliário que detinham antes da pandemia.

Será que as empresas irão se manter nesses edifícios, cruzando os dedos para que seus funcionários retornem, ou existe um novo futuro à frente para esses espaços, antes borbulhantes e agora pouco utilizados?

Espaços vazios

As organizações estão percebendo que agora precisamjogo de caminhãomuito menos espaço do que era necessário apenas três anos atrás, segundo o CEO (diretor-executivo) da Leesman, Tim Oldman. Os clientes corporativos da Leesman calculam que irão precisarjogo de caminhãoescritórios 30% a 40% menores do que antes da pandemia, segundojogo de caminhãopesquisa.

Mas muitos desses clientes ainda se encontram nos mesmos edifícios que ocupavam antes da covid-19. Este é um problema para as empresas, que vêm perdendo receita devido ao espaço não utilizado.

Em fevereirojogo de caminhão2023, por exemplo, a empresajogo de caminhãotecnologia Dropbox, com sedejogo de caminhãoSão Francisco, publicou um prejuízojogo de caminhãomaisjogo de caminhãoUS$ 175 milhões (cercajogo de caminhãoR$ 870 milhões)jogo de caminhão2022, causado pelos escritórios não ocupados que a empresa planejava sublocar. E, para enfrentar esta questão, algumas companhias já estão se desfazendojogo de caminhãoseus espaços, que vinham ocupando há anos.

Em junho, o conglomerado financeiro global HSBC anunciou que irá substituirjogo de caminhãosedejogo de caminhão45 andaresjogo de caminhãoCanary Wharf (um importante centro comercial na zona lestejogo de caminhãoLondres) por um escritório muito menor no centro da capital britânica.

Os escritórios vazios não são apenas resultado da redução do tamanho das empresas, mas também dajogo de caminhãoconsolidação, segundo Larry Gadea, fundador e CEO da plataformajogo de caminhãodados sobre locaisjogo de caminhãotrabalho Envoy, com sedejogo de caminhãoSão Francisco.

Gadea afirma que muitos clientes da Envoy demitiram muitos funcionários e estão se mudando para um único escritório,jogo de caminhãovezjogo de caminhãoocupar diversos locais espalhados pela mesma cidade.

"É assim que os nossos negócios estão sendo principalmente conduzidos agora", ele conta, "com companhias que estão se consolidando".

À medida que as empresas desocupam seus espaços, Oldman acredita que muitos dos edifícios ficarão vazios para sempre.

"Não conseguiremos reutilizar os escritórios para que eles possam desempenhar funções diferentes nos diasjogo de caminhãofolga", afirma ele.

"Os escritórios não são pavilhões, com escoteirosjogo de caminhãouma noite e um clubejogo de caminhãotricô na noite seguinte. Eles são muito sintonizados com as necessidades da organização locatária e suas obrigações legais junto aos seus funcionários. A ideiajogo de caminhãoalgum tipojogo de caminhãoambiente misturado, com diferentes coisas acontecendojogo de caminhãodiferentes dias, não é real", explica Oldman.

Transformarjogo de caminhãoresidências?

Alguns especialistas são céticos sobre a possibilidadejogo de caminhãoconversão e readequaçãojogo de caminhãoescritórios. Mas empresas e governos municipais estão tentando evitar que esses espaços continuem desocupados.

Em alguns casos, as construtoras estão transformando edifícios vaziosjogo de caminhãocomplexosjogo de caminhãoapartamentosjogo de caminhãoalto níveljogo de caminhãotodo o mundo.

No centrojogo de caminhãoManhattan, construtoras levantaram fundos para transformar um bloco comercial com 102 mil metros quadradosjogo de caminhãouma torre residencial com 1,3 mil apartamentos. O custo do projeto foi estimadojogo de caminhãomaisjogo de caminhãoUS$ 500 milhões (cercajogo de caminhãoR$ 2,49 bilhões).

Estas transformações também estão acontecendojogo de caminhãomenor escala. Em Leeds, no Reino Unido, um edifício comercialjogo de caminhãosete andares dos anos 1960 será transformadojogo de caminhãobrevejogo de caminhão168 apartamentos para aluguel. Mas estes projetos não são o padrão.

Segundo a imobiliária CBRE, as transformaçõesjogo de caminhãoedifícios comerciais representaram apenas 1% dos novos complexosjogo de caminhãoapartamentos nos Estados Unidos, nos últimos 20 anos. E a expectativa é que essas conversões continuem sendo feitasjogo de caminhãopequenos números.

Ainda assim, segundo a mesma imobiliária, a moradia continua sendo a formajogo de caminhãoreutilização mais comum dos edifícios comerciais vazios. E algumas construtoras acreditam que o êxodo dos escritórios tenha aberto o caminho para o crescimento deste processo, mas apenasjogo de caminhãoalguns locais.

"Nós nunca conseguiríamos fechar a contajogo de caminhãoMidtown [na cidadejogo de caminhãoNova York]", afirmou Nathan Berman, fundador da construtora Metro Loft,jogo de caminhãoum evento imobiliáriojogo de caminhãoNova York,jogo de caminhãomaiojogo de caminhão2023. Berman defende há muito tempo a transformaçãojogo de caminhãoescritóriosjogo de caminhãoapartamentos.

"Mas o que estamos vendo agora é que os valores [de alguns edifícios comerciais] caíram a níveis tão baixos que está começando a valer a pena", afirma ele.

Alguns especialistas questionam se essas transformações fazem sentido, economicamente falando. "Financeiramente, não compensa", afirma Oldman, especificamente sobre os arranha-céusjogo de caminhãoLondres.

Para ele, "o custojogo de caminhãorenovar essas construções para acomodações domésticas faz com que elas cheguem ao mercado a preços tão altos que não atendem à lacuna que precisa ser preenchida no mercadojogo de caminhãomoradia, que são as pessoas que compram imóveis pela primeira vez."

Gadea concorda. "Existem problemasjogo de caminhãozoneamento, pois esses edifícios só têm água e outras instalaçõesjogo de caminhãoum lado do prédio. Mesmojogo de caminhãoNova York, que basicamente desistiu do zoneamento, esses edifícios raramente são convertidos porque é muito caro."

Espaçojogo de caminhãocompartilhamento

Algumas empresas descobriram alternativas que podem ser colocadasjogo de caminhãoação imediatamente.

Diversas companhias com grandes escritórios, por exemplo, estão aproveitando a reduçãojogo de caminhãooutras empresas sublocando dezenasjogo de caminhãomilharesjogo de caminhãometros quadrados para firmas que buscam espaços menores, depois que abandonaram seus grandes escritórios.

Mas Larry Gadea adverte que este procedimento pode criar um novo problema. Menos espaço pode fazer com que não haja mesas ou espaçosjogo de caminhãoreunião suficientes para todos, mesmo com apenas uma parte dos funcionários no escritório.

"Muitas empresas estão fechando seus escritórios auxiliares", afirma ele, "e trazendo todos os seus funcionários para um único local com ocupação acima da capacidade e alto consumojogo de caminhãoenergia."

Ele destaca que este procedimento pode promover a colaboração entre os funcionários, masjogo de caminhãoadministração é difícil, especialmente com o aumento do presenteísmo.

Nos escritórios britânicos clientes da Envoy, a empresa observou aumentojogo de caminhão29% do tráfego nos locaisjogo de caminhãotrabalho desde agostojogo de caminhão2022. E, nos Estados Unidos, foi registrado um aumentojogo de caminhão8% da presença nos locaisjogo de caminhãotrabalho entre janeiro e maio deste ano.

Os dados do Índicejogo de caminhãoTrabalho Híbrido da consultoria sobre ambientesjogo de caminhãotrabalho AWA também mostram que o comparecimento global aos escritórios cresceujogo de caminhão6%jogo de caminhão2023,jogo de caminhãocomparação com o ano anterior.

E estes aumentos podem ser observados com muito mais facilidade nos escritórios consolidados. Eles podem não ter 100% dos funcionários da empresa presentes, mas os espaços estão com a capacidade total ocupada.

"Existem pessoasjogo de caminhãotoda parte", afirma Gadea. "Eles não têm salasjogo de caminhãoreunião, não têm mesas suficientes... é um problema totalmente diferente."

Esperando a volta dos profissionais

Os especialistas afirmam que é importante observar que nem todas as empresas estão perdendo espaçojogo de caminhãoescritórios. Algumas estão mantendo e atualizando seus espaços para convencer seus funcionários a retornar ao trabalho presencial.

"Para manter e atrair os talentos certos — os melhores talentos —, as organizações precisarão jogar o jogo deles", afirma Helen Hughes, diretora do Laboratório Comportamental da Escolajogo de caminhãoNegócios da Universidadejogo de caminhãoLeeds, no Reino Unido.

"Certamente, existe um lugar para que o escritório possa progredir", afirma ela, mas "iremos ver pressão para que as organizações construam ambientes mais adaptados às suas atividades".

A pesquisajogo de caminhãoHughes demonstra que apenas um terço dos profissionais comparece ao escritório para realizar tarefas que exigem alta concentração. Por isso, os escritórios precisarãojogo de caminhãoespaços comunitários mais colaborativos, com sofás, módulos e áreasjogo de caminhãofuga, no lugarjogo de caminhãofileiras e mais fileirasjogo de caminhãomesas que os profissionais podem não ter interessejogo de caminhãoocupar.

Essa melhoria dos espaços irá transformar o escritóriojogo de caminhãoum local desejável, segundo Tim Oldman.

É cedo demais para afirmar se os edifícios comerciais continuarão vazios, criando cidades-fantasma dentro dos centros das cidades, ou se voltaremos a ver esses espaços atualmente vazios fervilhandojogo de caminhãopessoas, estejam elas trabalhando ou morando nos edifícios.

Mas o que os especialistas afirmam é que as mudanças estão acontecendo e os escritóriosjogo de caminhãoalto padrão que um dia conhecemos nunca mais serão os mesmos.

Leia a versão original desta reportagem (em inglês) no site BBC Worklife.