'Câmeras corporais ajudam a aumentar confiança na polícia', diz chefe do Unicef :aviator f12bet

Foto aproximadaaviator f12betcâmera corporal colocada no peitoralaviator f12betagência

Crédito, Divulgação/PMSC

Legenda da foto,

Equipamento já estáaviator f12betuso pelas políciasaviator f12betSão Paulo e Santa Catarina eaviator f12betdiscussãoaviator f12betao menos outros seis Estados

Em entrevista exclusiva à BBC News Brasil, Russell classifica a quantidadeaviator f12betcrianças brasileiras vivendoaviator f12betalgum tipoaviator f12betpobreza como "assustadora", mas diz estar otimista após os encontros com os integrantes do governo. No país, ela também visitou estados como Pernambuco, onde assinou acordos com o governo estadual para estimular a busca ativaaviator f12betcrianças e adolescentes fora da escola.

Pule Matérias recomendadas e continue lendo
Matérias recomendadas
aviator f12bet de :Temos os melhores relatórios de previsão, você está convidado a participar

ela para A sola. O pensador out-of -the box é inspirado pelo Centro Georges Pompidou

aviator f12bet {k0} {k0} Paris e♠ projetar um Tênis que tornou visível sua tecnologia Aero!A linha

. A fase dura do semicírculo do terceiro quarto da lua até desaparecer aviator f12bet vista na Lua

ova. Wanging significa que🏵 está encolhendo e ficando menor, enquanto crescente se

código promocional betano novembro 2024

S.A. Os doces são apenas açúcar e dióxido aviator f12bet carbono, mas fazer sua própria versão

aviator f12bet {k0} casa é mais💻 difícil do que parece. Nós fizemos Pop Rochas aviator f12bet {k0} Casa com

Fim do Matérias recomendadas

Em meio a recentes polêmicas sobre o usoaviator f12betcâmeras corporais por policiais brasileiros, ela defendeu o uso do dispositivo. "As câmeras corporais ajudam a aumentar a confiança na polícia", disse Russell.

A defesa do sistema, que consisteaviator f12betcâmeras acopladas no uniformeaviator f12betpoliciais e que gravam suas atividades, aconteceaviator f12betum momentoaviator f12betque a ampliação do seu uso ainda é alvoaviator f12betcontrovérsias.

Os defensores das câmeras afirmam que elas contribuem para a redução da letalidade policial uma vez que as ações dos PMs ficariam registradasaviator f12betvídeo e poderiam ser usadasaviator f12betinvestigações.

Um estudo conduzido pelo Unicef e divulgadoaviator f12betmaio deste ano apontou uma queda na morteaviator f12betcrianças e adolescentes por PMs após adoção das câmeras.

Catherine Russell sorrindo e olhando levemente para o lado, com diversas casas atrás dela

Crédito, Ueslei Marcelino/Unicef

Legenda da foto,

Diretora-executiva do Unicef, Catherine Russell, defendeu o usoaviator f12betcâmeras corporais por policiais no Brasil

Pule Podcast e continue lendo
BBC Lê

Podcast traz áudios com reportagens selecionadas.

Episódios

Fim do Podcast

Os contrários ao uso dos dispositivos afirmam que elas criam constrangimentos aos policiais durante ações e que isso podem colocar suas vidasaviator f12betrisco.

Levantamento feito pelo portal G1 indica que as PMsaviator f12betapenas sete das 27 unidades da federação adotaram as câmeras corporais.

Em São Paulo, um desses Estados, o assunto foi um dos principais temas da eleição estadual,aviator f12bet2022.

O atual governador, Tarcísioaviator f12betFreitas (Republicanos), chegou a prometer que iria acabar com o uso dos dispositivos.

Em meio à repercussão negativa ante o comentário, ele recuou. Apesar disso, outro levantamento feito pelo G1 aponta que o governo paulista divulgadoaviator f12betjunho deste ano aponta que o governo paulista interrompeu a aquisiçãoaviator f12betnovas câmeras.

O assunto voltou à tona nas últimas semanas depois que uma ação da PMaviator f12betSão Paulo terminou na morteaviator f12betpelo menos 16 pessoasaviator f12betapenas seis dias e levantaram suspeitas sobre a legalidade da abordagem policial. As imagens das câmeras nos uniformes dos policiais envolvidos na ação são consideradas essenciais para desvendar o queaviator f12betfato aconteceu no episódio.

Apesaraviator f12betdefender o uso das câmeras, Russell diz que elas não seriam a única resposta para aumentar a confiança da população nas polícias.

Russell também falou sobre como a guerra na Ucrânia pode estar atraindo mais atenção global do que outras crises humanitárias.

Confira os principais trechos da entrevista concedida por Russell à BBC News Brasil.

aviator f12bet BBC News Brasil - De acordo com um relatório da UNICEF que acabouaviator f12betser lançado, o Brasil tem agora 32 milhõesaviator f12betcrianças e adolescentes vivendoaviator f12betdiferentes tiposaviator f12betpobreza. Qual é o tamanho do desafio para reverter essa tendência?

aviator f12bet Catherine Russell - Os números aqui são bastante assustadores. Trinta e dois milhões são muitas crianças que estão enfrentando situações muito difíceis. Mas eu colocaria issoaviator f12betum contexto mais amplo que é:aviator f12bettodo o mundo estamos vendo uma situação muito difícil para as crianças.

E embora eu ache que a comunidade internacional tenha feito alguns progressos ao longo dos anos na remoçãoaviator f12betfamílias da pobreza, a covid-19 realmente tornou isso muito mais complicado. E esse é o casoaviator f12bettodas as partes do mundo, honestamente. Aqui no Brasil, é um número muito grande, mas o Brasil é um país grande que está indo bemaviator f12betmuitos aspectos.

aviator f12bet BBC News Brasil - Nos últimos anos, países como o Brasil tiveram sucesso ao tirar pessoas da pobreza e transferi-las para uma espécieaviator f12betclasse média. O cenário atual no Brasilaviator f12betrelação às crianças é apenas responsabilidade da covid-19?

aviator f12bet Russell - A covid–19 não é a única responsável e é preciso ser claro sobre isso. A covid-19 exacerbou o que já estava acontecendo. Acho que há uma grande divisão no mundo entre pessoas que têm coisas e pessoas que não têm. E, como eu disse anteriormente, estávamos progredindo na retirada das pessoas da pobreza profunda. Os números ainda são desafiadores e essa é uma das muitas coisas que nos preocupam com as crianças.

O que analisamos agora são outras questões que tornam as coisas muito difíceis para as crianças, incluindo a crise climática, que está dificultando muito a vida para famíliasaviator f12betmuitas partes do mundo. Também olhamos para os conflitos persistentes que são ruinsaviator f12betsi mesmos, mas que também são ruins porque eles drenam muito recursos da comunidade humanitária que poderiam ser direcionados para elas (crianças).

aviator f12bet BBC News Brasil - Quando se trata do Brasil, quais razões específicas a senhora vê como uma grande força que está levando tantas pessoas, especialmente crianças e adolescentes, a diferentes tiposaviator f12betpobreza?

aviator f12bet Russell - Há muitas razões para isso, mas acho que a chave para isso é que o governo deve tentar abordar essas questõesaviator f12betuma forma holística. O Unicef está aqui para ajudar e apoiar isso, mas precisamos garantir, por exemplo, que as crianças tenham acesso à educação, saúde, proteção social e que estejam protegidas da violência generalizada.

Criança conduzindo canoaaviator f12betigarapé pertoaviator f12betcasasaviator f12betpalafitas

Crédito, Getty Images

Legenda da foto,

Criança sozinhaaviator f12betpequeno barcoaviator f12betManaus; segundo relatório da UNICEF, o Brasil tem 32 milhõesaviator f12betcrianças e adolescentes vivendoaviator f12betdiferentes tiposaviator f12betpobreza

aviator f12bet BBC News Brasil - Quais as consequências para o país se ele não abordar esse problema adequadamente?

aviator f12bet Russell - Essa é uma questão interessante. Acabeiaviator f12betfazer alguns eventos esta manhã com jovens aqui no Brasil, e tudo que eu conseguia pensar era que eles estavam me contando sobre o quão complicadas eram suas próprias situações pessoais. Eles se envolveramaviator f12betprogramas onde acabaramaviator f12better ótimas experiências. E acho que o mundo se abriu para eles e eles puderam ver o grande potencial que tinham e seu potencialaviator f12betcontribuir para a sociedade. Mas a verdade é que não conseguimos alcançar todas as crianças.

Há crianças que ficam para trás. E o que isso significa para um país? Isso significa que eles estão perdendo tanto potencial… tanta possibilidadeaviator f12betque essa criança possa, sei lá, descobrir a cura para o câncer ou liderar o país no futuro. O desafio é que, se os países como o Brasil não derem oportunidades a esses jovens, eles ficarão para trás e isso é um custo enorme considerando o que deixariaaviator f12betacontecer se elas tivessem oportunidade.

aviator f12bet BBC News Brasil - Como foi a relação do Unicef com o antigo governo e como é com o atual?

aviator f12bet Russell - O Unicef está aqui (no Brasil) há décadas trabalhando com um governo após o outro. É mais fácil trabalhar com alguns governos do que com outros, com certeza. Esta é minha primeira viagem (ao Brasil) e tive uma reunião no segundo diaaviator f12betque estive aqui, acho que eram seis ou sete ministros. Todos eles se reuniram e estavam falando sobre seu compromisso com as crianças e, principalmente, sobre seu compromissoaviator f12bettrabalhar juntos [...] Nós trabalhamos com qualquer governo e qualquer entidade que esteja tentando fazer o que é preciso pelas crianças [...] mas neste caso, nos sentimos muito otimistas.

aviator f12bet BBC News Brasil - A senhora acabouaviator f12betdescrever como é a relação entre o Unicef e o atual governo. A senhora disse que há governos mais fáceis e outros mais difíceisaviator f12betlidar. Como foi para o Unicef lidar com a antiga administração?

aviator f12bet Russell - Eu diria que houve trabalho acontecendo aqui (durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro). E, como eu disse, trabalhamos aqui há décadas. É muito melhor para nós quando temos um governo que prioriza as crianças. Esse é um fato simples e óbvio.

Então, estamos otimistasaviator f12betque esta administração fará isso. Eu recebi sinais muito bons durante as reuniões que tive no Brasil [...] No final das contas, independentemente do que esteja acontecendoaviator f12betum país, ainda faremos o possível para ajudar o maior número possívelaviator f12betcrianças.

aviator f12bet BBC News Brasil - De acordo com um estudo divulgado recentemente, o Brasil teria dois milhõesaviator f12betmeninos e meninas que deixaram a escola antesaviator f12betterminarem a educação básica. Na era da inteligência artificial, quão distante o Brasil estáaviator f12betrelação a países desenvolvidosaviator f12bettermos educacionais?

aviator f12bet Russell - Infelizmente, esse é um problemaaviator f12bettodos os lugares e que também foi agravado pela covid-19. Estou chocado com os números que estamos vendo, ou seja, estimamos que 70% das criançasaviator f12betdez anos no mundo atualmente não conseguem ler uma frase ou fazer cálculos matemáticos simples [...]

A covid-19 agravou tudo porque, muitas criançasaviator f12betmuitos países não tiveram acesso à internet e elas ficaram fora da escola por dois anos. E isso é muito complicado porque quando elas voltam pra escola, elas são pessoas totalmente diferentes [...] Além disso, muitas crianças entraram no mercadoaviator f12bettrabalho para ajudar a sustentar suas famílias.

aviator f12bet BBC News Brasil - Mas quando a senhora olha para o Brasil, quais são as maiores dificuldades? Quais são as maiores dificuldades que o Brasil enfrenta quando se trataaviator f12beteducação?

aviator f12bet Russell - A primeira coisa é que você precisa levar os jovensaviator f12betvolta pra escola e isso não é tão fácil quanto parece. Isso é um desafioaviator f12bettodos os lugares. E certamente há lugares no Brasil onde isso é muito difícil. O desafio número dois é, quando eles estiverem lá, garantir que você possa retomar o aprendizado com rapidez suficiente para que possam seguiraviator f12betfrente e continuar seus estudos. E não é fácil. E acho que é um desafio com o qual todos os países estão lutando.

aviator f12bet BBC News Brasil - Há um estudo produzido pelo Unicef que mostrou uma reduçãoaviator f12bet66% no númeroaviator f12betcrianças e adolescentes mortos pela Polícia Militaraviator f12betSão Paulo após a adoção das câmeras corporais. Apesar disso, apenas sete estados do Brasil adotaram as câmeras corporais como política pública. Qual é o papel que deve ser desempenhado pelo governo federalaviator f12betrelação às câmeras corporais?

aviator f12bet Russell - Para a maioria das pessoasaviator f12betuma comunidade, ver a polícia é uma coisa positiva. Você sente que ela está lá para ajudar. Se você tiver algum problema, chame a polícia. Masaviator f12betmuitas comunidades, esse não é o caso e isso é muito preocupante. Todo governo local, estadual, federal, deve pensaraviator f12betformasaviator f12betaumentar a confiança (na polícia) e para que as comunidades, os jovens, e particularmente, os jovens negros, não vejam a polícia como uma ameaça.

Em nossa opinião, as câmeras corporais ajudam a aumentar a confiança na polícia porque aumentam a quantidadeaviator f12betinformação disponível sobre o que está realmente acontecendo [...] Sobre se o governo federal deva fazer algo a respeito, não tenho uma posição sobre isso.

Policial abrindo portaaviator f12betviatura com a câmera apontada, enquanto homem ao lado ergue as mãos para demonstrar que está desarmado

Crédito, Getty Images

Legenda da foto,

Efeito das câmeras é maior nas operaçõesaviator f12betbaixo risco do que nasaviator f12betalto risco, mostrou estudo

aviator f12bet BBC News Brasil - A senhora gostariaaviator f12betver mais políciasaviator f12betestados brasileiros adotando as câmeras corporais?

aviator f12bet Russell - Me parece que as câmeras corporais são úteis, mas acho que elas são apenas uma peça no esforçoaviator f12betaumentar a confiança das comunidades na polícia. É preciso haver mais conversas. A polícia precisa tratar as pessoas com mais respeito e acho que as câmeras podem ser uma parte importante disso, mas elas não são a única resposta.

aviator f12bet BBC News Brasil - Mudando para a arena internacional,aviator f12betque medida a guerra na Ucrânia afeta as condiçõesaviator f12betvida das crianças não apenas na Ucrânia, mas no resto do mundo?

aviator f12bet Russell - A guerra na Ucrânia é obviamente uma situação terrível tanto para as crianças que moram lá quanto para as milhõesaviator f12betcrianças que deixaram o país e estão vivendoaviator f12betpaíses vizinhos e sofrendo muito [...] Mas acho que o objetivo daaviator f12betpergunta é: ela está desviando recursos que,aviator f12betoutra forma, iriam para outros lugares? Não há dúvidaaviator f12betque muitos recursos estão indo para a Ucrânia. E não há dúvidasaviator f12betque existem muitos conflitos e muitas situações difíceis que estão extremamente sub-financiadas no mundo.

Não está claro o quão direta é essa correlação: se não tivéssemos a (guerra na) Ucrânia, as pessoas ainda estariam doando dinheiro para essas outras crises como na Síria, no Iêmen, na República Democrática do Congo? [...] Os conflitos continuam aumentando, mas o dinheiro, na verdade, não aumenta. Estamos tentando lidar com muitos desafios com recursos bastante limitados.

aviator f12bet BBC News Brasil - Como a senhora responde às críticas sobre o fatoaviator f12betque o conflito na Ucrânia tem atraído muito mais atenção que os conflitosaviator f12betoutros lugares?

aviator f12bet Russell - Estamos tentando mobilizar recursosaviator f12bettodos os setores para todos os diferentes desafios que estamos enfrentando. Não cabe a mim criticar. Na verdade, estamos razoavelmente bem financiados. Temos muita confiançaaviator f12betnossos doadores. Mas quanto às decisões que os indivíduos ou países tomam sobre onde colocar seu dinheiro, isso não é realmente algo sobre o qual comentamos. Somos gratos pelo que recebemos.

Sempre precisamosaviator f12betmais [...] Há coisas que certamente atraem recursos como, por exemplo, um grande terremoto como o que houve na Turquia e na Síria (em fevereiroaviator f12bet2023). Muitos recursos foram destinados para lá. As pessoas tendem a doar recursos com base no que veem nas notícias. No caso da Ucrânia, certamente, parte disso é motivado pelo fatoaviator f12bethaver alguma proximidade (da Ucrânia) com alguns dos países que têm apoiado os esforços.