Por que cientistas estão empolgados com próximo eclipse total do Sol:oferta sky bet
Um golpeoferta sky betsorte fez com que o Sol fosse 400 vezes maior do que a Lua e também ficasse 400 vezes mais longe da Terra do que o nosso satélite natural. Com isso, a Lua cobre totalmente o disco solar quando atinge o pontooferta sky betalinhamento perfeito entre o Sol e a Terra.
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No Brasil, o eclipse do dia 8 não será visível.
Mas este eclipseoferta sky betabriloferta sky bet2024 é particularmente importante porque irá passar por uma vasta extensãooferta sky betterra habitada, permitindo que muitos milhõesoferta sky betpessoas observem o fenômeno.
Os locais que se encontram no trajeto ficarão no escuro por não maisoferta sky betquatro minutos. Mas esse curto período é suficiente para realizar alguns dos experimentos mais raros da ciência.
Os cientistas esperam observar a atmosfera solar – a coroa – enquanto ela dançaoferta sky betvolta da Lua, além da reação dos animais selvagens ao evento celestial. E até lançar foguetes serão lançados para observar como a atmosfera da Terra reage.
Estima-se que 31 milhõesoferta sky betpessoas estarão no trajeto do eclipse. Este número é o dobro do último eclipse solar total que cruzou os Estados Unidos,oferta sky bet21oferta sky betagostooferta sky bet2017.
O períodooferta sky bettotalidade do eclipse também é mais longo desta vez,oferta sky betaté dois minutos e meio, para a maioria dos observadoresoferta sky bet2017. O motivo é que, naquela ocasião, a Lua estava mais longe da Terra do que agora.
E a largura do trajeto deste eclipse também será quase duas vezes maior: cercaoferta sky bet200 km contra apenas 110 kmoferta sky bet2017.
A reação dos animais
Adam Hartstone-Rose, da Universidade Estadual da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, lidera um projeto para estudar como os animais selvagens reagem ao eclipse.
Em 2017, ele liderou equipesoferta sky betpesquisadores localizadosoferta sky betdiferentes zoológicos no trajeto da totalidade, para observar como os animais se comportariam. Alguns ficaram perplexos, como um grupooferta sky betgorilas que se reuniram para o lanche da noite quando veio a escuridão, mas ficaramoferta sky betmãos abanando enquanto voltava a luz do dia.
"As girafas foram as minhas favoritas", relembra Hartstone-Rose.
"Alguém havia informado que girafas selvagens na África começam a galopar durante um eclipse total. Eu realmente fiquei cético porque as girafas são animais muito passivos. Mas, apesar do meu ceticismo, algumas delas começaram a correr."
O "comportamento mais maluco", segundo o pesquisador, foi ooferta sky betum grupooferta sky bettartarugas-gigantesoferta sky betGalápagos.
"À medida que chegava a totalidade, elas ficavam cada vez mais ativas", ele conta. "No pico da totalidade, elas começaram a se acasalar, o que não conseguimos explicar. Talvez fosse um evento único. Vamos observar mais tartarugas desta vez."
Hartstone-Rose terá pesquisadores posicionados no Zoo Fort Worth, no Texas (EUA). Eles irão monitorar maisoferta sky bet20 espéciesoferta sky betanimais durante o eclipse, incluindo gibões, flamingos, orangotangos e, é claro, tartarugas.
Ele também pede a membros do público que realizem seus próprios estudos do comportamento animal, seja observando seus animaisoferta sky betestimação ou animais selvagens próximos, e postem suas observações online. Todos os animais sãooferta sky betinteresse, dos cães até animaisoferta sky betfazenda.
"Existe muito pouca informação sobre o que fazem os animais que vivemoferta sky betfazendas", explica Hartstone-Rose. "As vacas virãooferta sky betdireção ao celeiro durante a totalidade? Os galos não deveriam cantaroferta sky betalgum momento durante o eclipse?"
Sonsoferta sky betadmiração
Hartstone-Rose não é o único que irá estudar o comportamento dos animais durante o eclipse.
Trae Winter é um dos fundadores do Laboratóriooferta sky betPesquisas Avançadas sobre Inclusão e Acessibilidade na Ciência, Tecnologia, Engenharia, Arte e Matemática (Arisa, na siglaoferta sky betinglês),oferta sky betMassachusetts, nos Estados Unidos.
Ele irá liderar o projeto da Nasa chamado Paisagens Sonoras do Eclipse, que irá usar AudioMoths – aparelhos do tamanhooferta sky betpequenos celulares equipados com microfones – para ouvir os sons dos animais próximos.
Centenasoferta sky betvoluntários irão instalar os aparelhos ao longo do trajeto da totalidade. Isso permitirá a Winter eoferta sky betequipe ouvir como os diferentes animais reagem à redução da luz e à consequente quedaoferta sky bettemperaturaoferta sky betcercaoferta sky bet5,5 °C verificada durante a totalidade do eclipse.
"Os animais reagem às mudanças da luz, às vezesoferta sky betmaneira muito forte, e também às alteraçõesoferta sky bettemperatura", explica Winter. "É uma experiência multissensorial.
Diversos animais serão estudados, desde grilos até seres humanos. "Estou ansioso para ouvir seres humanos presenciando um eclipse pela primeira vez e os sonsoferta sky betentusiasmo que eles irão fazer."
Hartstone-Rose também está interessado por esta observação.
"O comportamento animal mais estranho que observamosoferta sky bet2017 foram as pessoas à nossa volta", relembra ele. "Elas começaram a assobiar, gritar ou se deitar no chão."
Foguetes na ionosfera
Nem todas as pessoas que estudarão o eclipse irão realmente observá-lo.
Quando a Lua cruzar o trajeto do Sol, Aroh Barjatya, da Universidade Aeronáutica Embry-Riddle, na Flórida, estará nos Estados Unidos, mas a centenasoferta sky betquilômetros da totalidade, na Unidadeoferta sky betVoo Wallops da Nasa, na Virgínia.
Ali, ele irá cuidaroferta sky betum experimento totalmente único, chamado Perturbações Atmosféricasoferta sky betTorno do Trajeto do Eclipse (Apep, na siglaoferta sky betinglês). Ele irá lançar na atmosfera três foguetes com 18 metrosoferta sky betaltura, chamados foguetes sonoros. A intenção é monitorar alterações da atmosfera do planeta no momento do eclipse.
"Meu lado profissional está muito animado", conta Barjatya. "Meu lado pessoal está um pouco triste por perder a totalidade."
Mas o retorno científico do experimento deve aliviar parte da decepçãooferta sky betBarjatya.
Cada foguete será lançado a uma altitudeoferta sky betcercaoferta sky bet420 km antesoferta sky betcairoferta sky betvolta para a Terra. Um foguete será lançado 45 minutos antes do pico do eclipse, outro durante o evento e um terceiro, 45 minutos depois.
Os instrumentos a bordo irão medir as partículas carregadas e os campos elétrico e magnético da ionosfera, uma região da atmosfera terrestre que se estende entre 100 km e 1 mil km acima da superfície do planeta. Eles irão verificar as alterações causadas pelo eclipse.
As flutuações da ionosferaoferta sky betsituações normais podem afetar as comunicações via satélite,oferta sky betforma que o eclipse oferece uma rara oportunidadeoferta sky betestudar essas alterações com mais detalhes.
À medida que a sombra da Lua passar sobre a Terra, espera-se que a densidade da ionosfera diminua,oferta sky betreação à sombra que passaoferta sky betondulações. "É como um barco a motoroferta sky betum lago", explica Barjatya.
Voar a essa altitude permite tomar medições muito mais precisas da ionosfera durante o eclipse do que é possíveloferta sky betterra.
"As observações terrestres têm resolução muito grande, pelo menosoferta sky betum ou dois quilômetros", segundo Barjatya.
"Os foguetes nos ajudam a observaroferta sky betresoluçãooferta sky betmenosoferta sky betum metro, às vezesoferta sky betmenosoferta sky betum centímetro. Assim, você consegue observar o menor nível possíveloferta sky betflutuações, que interrompem as frequênciasoferta sky betrádio."
Fotos e mais fotos
Cada local específico da Terra observa um eclipse solar,oferta sky betmédia, apenas uma vez a cada 375 anos. Isso significa que muitas pessoas não irão apenas observar o eclipse. Elas irão também fotografar este evento histórico.
Laura Peticolas, da Universidade Estadualoferta sky betSonoma, na Califórnia (EUA), pede a qualquer pessoa que fotografar o eclipse que se inscreva no seu projeto Megafilme do Eclipse, que procura reunir centenasoferta sky betimagensoferta sky betobservadoresoferta sky betum único filme da totalidade.
Peticolas desenvolveu o mesmo projetooferta sky bet2017, mas observou que "não ficou tão bonito quanto tínhamosoferta sky betmente", por faltaoferta sky betimagens.
Por isso, desta vez, ela espera ter um conjuntooferta sky betimagens muito maior, incluindo imagens profissionais do eclipse,oferta sky betmelhor qualidade, para gerar um produto mais elaborado.
A esperança é que o megafilme revele detalhes da coroa solar, como ejeçõesoferta sky betjatos e plasma quente brilhandooferta sky betvolta da Lua, evoluindo à medida que diferentes pessoas fizerem imagens ao longo do trajeto.
"Desta vez, estamos realmente esperando poder encontrar esses jatos e detalhesoferta sky betmovimento", afirma ela.
Normalmente, é extremamente difícil estudar esses eventos, exceto com telescópios especialmente projetados ou espaçonaves que possam bloquear o Sol. Mas um eclipse solar total permite que muitos observadores participem dos estudos.
Este evento deve ser particularmente notável, já que o Sol está caminhando para seu períodooferta sky betmaior atividade, conhecido como máximo solar. Este período ocorreoferta sky betciclosoferta sky bet11 anos, por razões que ainda não conhecemos totalmente.
"Este será um eclipse muito maior,oferta sky bettermosoferta sky betpessoas se dirigindo ao trajeto da totalidade", afirma Peticolas. "Este projeto realmente capitaliza isso. Espero que cercaoferta sky bet500 voluntários postem imagens."
Voar acima das nuvens
Para muitas pessoasoferta sky betterra, o tempo pode ser um fator fundamental para saber se eles realmente poderão ver a totalidade ou não. Afinal, a coberturaoferta sky betnuvens sempre ameaça estragar a visão do Sol.
Uma formaoferta sky betevitar este problema é decolar para o céu, o que a Nasa irá fazer com dois dos seus aviões WB-57.
Voando a 15 mil metrosoferta sky betaltura, os aviões irão seguir o caminho da totalidade a partir do litoral do México, passando por cercaoferta sky betsete minutosoferta sky betescuridão, carregando instrumentos para estudar o Sol.
Amir Caspi, do Institutooferta sky betPesquisas do Sudoeste, no Colorado (EUA), irá liderar um dos experimentos. Ele irá usar uma câmeraoferta sky betinfravermelho a bordooferta sky betum dos aviões para estudar a coroa solar – mas ele próprio não estará a bordo.
Um dos principais mistérios da coroa solar é que ela atinge temperaturas na casa dos milhõesoferta sky betgraus, contra "apenas" 5.000 °C na superfície do Sol, por razões que ainda não conseguimos explicar totalmente.
Caspi acredita que possa haver uma relação entre as ejeçõesoferta sky betplasma do Sol conhecidas como proeminências – basicamente, "bolhasoferta sky betplasma que se soltaram da superfície" – e a coroa propriamente dita.
A temperatura dessas proeminências éoferta sky betaté 30.000 °C, muito abaixo da coroa, mas elas conseguem emitiroferta sky betinfravermelho com o mesmo brilho.
"Estamos tentando descobrir o que contribui para essas emissões", explica Caspi. "Não pode ser o mesmo mecanismo devido a essa enorme diferençaoferta sky bettemperatura."
Uma resposta pode estar na formaoferta sky betque os campos magnéticos se contorcem acima da superfície do Sol.
Balões atmosféricos
Se os aviões e foguetes não forem suficientes, Angela Des Jardins, da Universidade Estadualoferta sky betMontana (EUA), irá liderar 53 equipesoferta sky betestudantes espalhados pelos Estados Unidos. Eles irão lançar cercaoferta sky bet600 balões na atmosfera, como parte do Projeto Nacionaloferta sky betBalões do Eclipse.
Os balões irão subir até 35 kmoferta sky betaltura, utilizando instrumentos para observar como a atmosfera e o clima da Terra reagem às alterações das condições atmosféricas causadas pelo eclipse.
Alguns dos instrumentos irão estudar as ondas gravitacionais, que são ondasoferta sky betpressão que se movem pela atmosfera como resultado das mudançasoferta sky bettemperatura. "É como uma pedra atiradaoferta sky betum lago, criando ondas", explica Des Jardins.
Outros instrumentos irão medir a umidade, a direção e a velocidade dos ventos, para acompanhar eventuais alterações com a passagem do eclipse.
"Ter 600 balões voando e medindo a atmosfera é uma fonteoferta sky betdados rica e maravilhosa", afirma Des Jardins. "Esperamos que sejam publicados pelo menos uma dúziaoferta sky betestudos como resultado dos dados que iremos coletar."
Haverá até algumas câmeras a bordo dos balões, que irão transmitir o eclipse ao vivo.
O eclipse solar totaloferta sky bet2017 nos Estados Unidos despertou o apetite do público e dos cientistas. A expectativa é que o eclipseoferta sky bet2024 seja acompanhado e estudado por muito mais pessoas, devido à extensão que ele irá cobrir e ao conhecimento sobre o que podemos esperar desta vez.
"Acho que as pessoas estão mais animadas com este evento", afirma Hartstone-Rose.
"2017 foi inesperadamente bom. 2024 irá acontecer sobre uma parte mais povoada da América e será até mais bonito, já que o Sol está nesse incrível ciclooferta sky betejeção. A coroa realmente estará fantástica."
Leia a versão original desta reportagem (em inglês) no site BBC Future.