A antiga maravilha do Oriente Médio que era inacessível... até agora:up up bet login

Mulher com traje típico caminha no deserto, pertoup up bet logintemplo

Crédito, Yulia Denisyuk

Legenda da foto, Um antigo oásis localizado na Arábia Saudita está finalmente começando a revelar seus segredos

Localizado no Vale AlUla, entre as altas montanhasup up bet loginarenito e granito da regiãoup up bet loginHijaz, no noroeste da Arábia Saudita, esse antigo oásis sustenta a vida humana há 200 mil anos.

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O solo fértil e o acesso à água alimentaram várias civilizações. O reinoup up bet loginLiã que floresceu aqui entre 800 e 100 a.C. foi seguido por Hegra, uma cidade importante da civilização nabateia — cuja capital, Petra, estava mais ao norte, na atual Jordânia.

No entanto, só a partirup up bet login2019, quando a Arábia Saudita começou a emitir vistosup up bet loginturismo para viagens não religiosas, os visitantes estrangeiros puderam começar a conhecer esse vale há muito tempo inexplorado pelo público.

À medida que os arqueólogos começam lentamente a descobrir os muitos túmulos e inscrições espalhadas por AlUla, esse antigo oásis está finalmente começando a revelar seus segredos.

Reinos esculpidos na rocha e mensagens do passado

Vista panorâmica do vale

Crédito, Yulia Denisyuk

Legenda da foto, Local só foi aberto a turistasup up bet login2019

Uma cidade construídaup up bet loginpedra prosperou no Vale AlUla jáup up bet login800 aC.

Dadan, a capital do reino homônimo e depois do reinoup up bet loginLiã, rapidamente se tornou um popular centro comercialup up bet loginolíbano (uma substância muito usada na fabricaçãoup up bet loginincensos)up up bet loginmeio a rotas para o Egito, a Mesopotâmia e o Mediterrâneo.

Os dadanitas desenvolveram aup up bet loginprópria escrita e hoje essas inscrições — algumas das quais têm maisup up bet login2.500 anos — estão bem preservadasup up bet loginJabal Ikmah, frequentemente chamadaup up bet login"biblioteca ao ar livreup up bet loginAlUla".

Essas mensagens gravadas variamup up bet logininscrições simples a registros elaborados que documentam oferendas aos deuses.

Túmulos nabateus

Duas criançasup up bet loginfrente a entradaup up bet logintemplo na rocha

Crédito, Yulia Denisyuk

Legenda da foto, O complexo funerárioup up bet loginJabal Al-Banat

No século 1 a.C., a civilização nabateia do sul do Levante (atual Jordânia) havia se expandido para o noroeste da Arábia.

Embora Petra continuasse sendo a capital do reino, a cidade mais importante dos nabateus ao sul era Hegra — o primeiro Patrimônio Mundial da Unesco na Arábia Saudita.

Por cercaup up bet login200 anos, pedreiros qualificados trabalharam dentro da necrópoleup up bet loginHegraup up bet loginmonumentos majestosos como Qasr al-Farid, um túmulo inacabado, mas lindamente preservado, que provavelmente pertenceu a um membro proeminente dos nabateus.

O extenso complexo arqueológicoup up bet login1,6 hectaresup up bet loginHegra contém 111 tumbas que os viajantesup up bet loginAlUla podem visitar atualmente.

Um dos maiores complexos funeráriosup up bet loginHegra, Jabal Al-Banat, contém 29 tumbas encomendadas ou dedicadas a mulheres.

Em outro ponto, chamado Jabal Ahmar, foi encontrado o túmuloup up bet loginHinat — uma mulher rica o suficiente para construir um túmulo para ela e seus 80 descendentes.

Rosto recriadoup up bet loginHinat

Crédito, Royal Commission for AlUla/REUTERS

Legenda da foto, Cientistas levaram meses para reconstituir o rostoup up bet loginHinat, uma mulher rica da civilização nabateia

Alémup up bet loginrestos humanos, foram escavados aqui tecidos e couro, revelando aos arqueólogos algumas pistas da vida nabateia.

Em 2023, uma equipeup up bet logincientistas concluiu um projetoup up bet loginmeses para reconstruir o rostoup up bet loginHinat, que agora recebe visitantes no centroup up bet loginacolhimento a turistasup up bet loginHegra.

Cidade Velha

Nos séculos após o desaparecimento dos nabateus, o vale tornou-se larup up bet loginvárias aldeias.

Foi só quando o Islã chegou, no século 7 d.C., que o oásis voltou a ser proeminente, desta vez para os fiéis na rotaup up bet loginperegrinação à cidade sagradaup up bet loginMeca.

As ocupações no vale começaram a prosperar novamente — a mais famosa delas é Ad-Deerah, conhecida como "Cidade Velhaup up bet loginAlUla", construída por volta do século 10 com algumas das mesmas pedras usadas milênios antes nos reinosup up bet loginDadan e Liã.

Repletaup up bet logincasasup up bet logintijolosup up bet loginbarro, lojas, mesquitas, praças e um forte, a cidade foi continuamente habitada por maisup up bet login800 anos até a décadaup up bet login1980, quando o governo transferiu os moradores para a cidade vizinhaup up bet loginAlUla, a fimup up bet loginpreservar as construções originais.

Hoje, a Cidade Velha é um labirintoup up bet logincasas abandonadas, oficinasup up bet logincerâmica e lojas onde os viajantes podem comprar produtos artesanais e tâmaras vindasup up bet loginbosques da região.

Os vários segredosup up bet loginAlUla

Alémup up bet logina Arábia Saudita ter sidoup up bet logingeral fechada a estrangeiros durante séculos, partesup up bet loginAlUla permaneceram inacessíveis para todos os muçulmanos - incluindo os da Arábia Saudita - até anos recentes, devido à crençaup up bet loginque o lugar foi “amaldiçoado” pelo Profeta Maomé e, portanto, seria "assombrado".

No entanto, num esforçoup up bet loginlançar luz sobre as muitas civilizações que outrora prosperaram aqui, uma equipeup up bet loginpesquisadores começou a realizar o primeiro levantamento arqueológico aprofundado da áreaup up bet login2019.

Desde então, uma sérieup up bet logindescobertas notáveis reescreveu a nossa compreensão da história humana na Península Arábica.

Foto aéreaup up bet loginplantação

Crédito, Yulia Denisyuk

Legenda da foto, Os povosup up bet loginAlUla mostraram um engenhoso aproveitamento dos recursos, como prova esta plantaçãoup up bet logintamareiras

Maisup up bet login1.600 monumentosup up bet loginpedra neolíticos chamados mustatils ("retângulos"up up bet loginárabe) foram descobertos na regiãoup up bet loginAlUla, revelando que povos já prosperavam aqui há cercaup up bet login7.000 anos.

Em 2021, uma equipeup up bet loginarqueólogos descobriu evidênciasup up bet loginque cães já eram domésticados no localup up bet login4.000 a.C. Eup up bet login2023, o maior machado pré-histórico do mundo, uma ferramentaup up bet login51 cmup up bet login200 mil anos atrás, foi encontrado ao sul do oásisup up bet loginAlUla.

"As descobertas arqueológicas dos últimos anos estão reescrevendo a nossa compreensão desta área", diz Rebecca Foote, diretoraup up bet loginArqueologia e Pesquisa do Patrimônio Cultural da Comissão Realup up bet loginAlUla.

"Estamos obtendo um quadro detalhadoup up bet loginque as vilas e cidades do Vale AlUla eram dinâmicas, com pessoas vivendoup up bet loginvários lugares a todo momento da história."

'Tecnologia' do deserto

Os moradores antigosup up bet loginAlUla usaram tecnologias sofisticadas para prosperar nessa paisagem árida.

Começando pelo reino Dadan, foram construídas enormes cisternas e poços para coletar água da chuva e acessar aquíferos subterrâneos.

No início do período islâmico, um sistemaup up bet logincanaisup up bet loginirrigação chamados qanats transportava água do sopé das montanhas para os campos usando a gravidade e cálculos precisosup up bet logininclinação.

Essa gestão hábil da água ajudou AlUla a tornar-se um centro agrícola, com cultivoup up bet logintâmaras, cítricos, figos e até trigo e cevada.

Hoje, as tamareiras nativas continuam a dominar a paisagem, com 2,3 milhõesup up bet loginárvores produzindo maisup up bet login90.000 toneladasup up bet logintâmaras por ano.

Palmeras próximas a rochas

Crédito, Yulia Denisyuk

Legenda da foto, Na área desértica, também são cultivados cítricos, como laranjas e limões

A indústriaup up bet logintâmarasup up bet loginAlUla dá a base para o resto da produção agrícola: à sombra das milhõesup up bet logintamareiras, as árvores cítricas produzem laranjas, limões, toranjas e kumquats.

Debaixo das árvores, os agricultores cultivam ervas como hortelã e manjericão. A Moringa peregrina, planta valorizada por suas propriedades cosméticas e médicas, é cultivada nas proximidades.

Todo mêsup up bet loginjaneiro, o AlUla Citrus Festival reúne agricultores, compradores e turistas na época da colheita, quando maisup up bet login15 mil toneladasup up bet loginfrutas cítricas são coletadas e vendidas.

Atrações naturais, construções modernas

Mesa, poltronas e piscina com vista para rochas desérticas

Crédito, Yulia Denisyuk

Legenda da foto, Com a abertura ao turismo, o setor hoteleiro também está prosperando no vale

Além da notável história humana, o Vale AlUla também está repletoup up bet loginmaravilhas naturais, como desfiladeiros desérticos, falésiasup up bet loginarenito, formações rochosas esculpidas pelo vento e paisagens vulcânicas.

A nordeste do oásis AlUla, a reserva natural Sharaan, com 1.500 km², é o larup up bet loginibexes-da-núbia, gazelas, avestruzesup up bet loginpescoço vermelho e do indescritível lobo árabe.

No Vale Ashar, gigantescas formaçõesup up bet loginarenito ocre são o cenárioup up bet loginnovos empreendimentos turísticos, como hotéis, restaurantes e até uma salaup up bet loginconcertos escondida entre as rochas.

Vista aérea da Rocha do Elefante e seu entorno

Crédito, Yulia Denisyuk

Legenda da foto, A erosão deu à Rocha do Elefanteup up bet loginforma peculiar

Jabal AlFil, ou Rocha do Elefante, é um dos marcos mais importantesup up bet loginAlUla.

Esta imponente montanhaup up bet loginarenito que chega a 52 metrosup up bet loginaltura foi moldadaup up bet loginformaup up bet loginelefante pela erosão eólica e hídrica ao longoup up bet loginmilhõesup up bet loginanos.

Ver Jabal AlFilup up bet logincima num passeioup up bet loginhelicóptero ajudou-me a apreciar quão vasto — maisup up bet login22.000 km² — este vale é, e quão bem-vindo este oásis deve ter sido para viajantes cansados há séculos atrás.

Outras criações naturais caprichosas estão espalhadas por AlUla:up up bet loginHegra, pedrasup up bet loginformatoup up bet logindois rostos se despedem do sol poente, enquanto a reserva natural Sharaan abriga as "pedras dançantes", duas estruturasup up bet loginarenitoup up bet loginformaup up bet logintorre que parecem mostrar uma dupla dançando.

Construção espelhada no deserto, rodeada por pessoas e rochas

Crédito, Yulia Denisyuk

Legenda da foto, Na esquerda da foto, camuflada pelo próprio reflexo, está a construção Maraya

Alémup up bet logincriações das natureza e inscrições dos humanos do passado, artistas e arquitetos contemporâneos também estão deixandoup up bet loginmarcaup up bet loginAlUla.

Em 2019, uma miragem contemporânea surgiu do deserto no Vale Ashar.

É o Maraya, o maior edifício espelhado do mundo, coberto por 9.740 painéisup up bet loginvidro que refletem as imponentes falésias ao seu redor.

Parte projetoup up bet loginarte, parte espaço para eventos culturais e concertos, Maraya é o símbolo do que AlUla sempre foi e pretende continuar sendo: um pontoup up bet loginencontro e refúgio para diferentes pessoas e ideias no meio do deserto.