Steve Bannon: Estrategistaojogos comTrump e aliadoojogos comBolsonaro se diz 'fascinado' por Lula:ojogos com

  • Mariana Sanches - @mariana_sanches
  • Da BBC News Brasilojogos comWashington
Steve Bannon

Crédito, EPA

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Steve Bannon diz que as eleiçõesojogos com2022 no Brasil são 'uma das mais intensas e dramáticas do século 21'

ojogos com "Um enfrentamento, cabeça a cabeça, entre dois políticos carismáticosojogos comestatura global."

Steve Bannon, o ideólogo da nova direita radical populista e estrategista principal do ex-presidente americano Donald Trump, define assim a eleição presidencial brasileira, que tem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à frente das sondagensojogos comintençõesojogos comvoto, seguido por Jair Bolsonaro (PL), que tenta a reeleição.

A eleição, que Bannon afirma ser a segundo mais importante do ano para o seu movimentoojogos comdireita, também será, nas palavras dele, "uma das mais intensas e dramáticas eleições do século 21".

Aliadoojogos comBolsonaro, a quem chamaojogos com"herói", Bannon não esconde o fascínio que tem por Lula. "Eu sou fascinado por Lula", diz, afirmando que estudou o petista por "muitos e muitos anos".

"Eu acredito muito nos trabalhadores. E parte do nosso trabalho tem sido atrair democratas e sindicalistas para a nossa causa. Então, tem coisas que Lula defendeojogos comque nós acreditamos", diz Bannon, que reconhece "o tremendo sucesso financeiro" da gestão do petista no Brasil no começo dos anos 2000.

Ele, no entanto, atribui a Lula proximidade que o próprio petista jamais ostentou com o Partido Comunista Chinês e sugere que, no poder, o ex-presidente faria do Brasil uma base para a China nas Américas, o que seria "uma questão para a segurança nacional dos EUA".

Considerado um mentor pela família Bolsonaro, Bannon afirma ser uma espécieojogos com"postoojogos comintercâmbio", promovendo a conexão direta entre os políticos brasileiros e expoentes da direita radical global como o húngaro Viktor Orbán, o italiano Matteo Salvini ou o próprio Trump.

De acordo com Bannon, essas conversas e conexões são centrais não apenas por questões ideológicas, mas para que cada grupo compartilhe com os demais experiênciasojogos comcampanha que possam potencializar suas chancesojogos comvitóriaojogos comcada país.

Ele sugere, por exemplo, que Trump poderia ter economizado muito dinheiro na corrida presidencialojogos com2016 se tivesse aprendido como usar o Facebook como Bolsonaro usou na campanhaojogos com2018.

Sobre a campanha atual, Bannon aposta que a figura da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, será capazojogos comunir o apoio dos evangélicos cristãos e impulsionar uma onda que empurre Bolsonaro com Lula para o segundo turno no próximo dia 2ojogos comoutubro.

Jáojogos comrelação às Forças Armadas, ele diz ver menos apoio a Bolsonaro do que o próprio Trump teve no setor militar. Vale lembrar que o então presidente americano se viu barradoojogos comdiversos momentosojogos comusar as Forças Armadasojogos comseu projeto político.

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Bannon defende que os militares brasileiros são "ator-chave"ojogos comum momentoojogos comque o presidente brasileiro faz alegaçõesojogos comfraude nas eleições brasileiras, sem provas. Mas descartaojogos comterritório brasileiro algum cenário do tipo como a invasão do Capitólio 6ojogos comjaneiro deste ano, como até mesmo integrantes do governo americano têm alertado ser possível.

"O mundo exterior não deveria estar metendo o nariz nisso, seja o governo dos Estados Unidos, o pessoalojogos com(fórum econômico de) Davos ou outros globalistas", afirma.

Bannon, porém, admite que o 6ojogos comjaneiro foi um erro para seu grupo político — porque os impediuojogos comlançar mãoojogos commanobras legislativas que pudessem,ojogos comacordo comojogos comperspectiva, contestar o pleito que elegeu Joe Biden a pontoojogos comforçar nova votação.

Assim como três quartos dos republicanos, ele segue repetindo que Biden não é um presidente legítimo. Ele é investigado por seu papel na invasão — que ele diz ter sido nenhum — e também enfrenta um processo por ter se recusado a depor diante do Congresso sobre o assunto.

A despeito disso, diz que tanto o trumpismo quanto o bolsonarismo são movimentos democráticos. E reconhece que podem não triunfar nas urnas sempre.

"Você não vai ganhar todas as eleições. E quando você ganha, pode não estar no poder para sempre, mas faz parteojogos comum processo. Se você olhar para o fluxo desde a crise financeiraojogos com2008, não há absolutamente nenhuma dúvidaojogos comque a direita nacionalista populista não é apenas ascendente, que nós ganhamos muito mais do que perdemos, e fizemos algumas mudanças bastante significativas, seja (com) Trump nos Estados Unidos, (com) Brexit (no Reino Unido) e Bolsonaro no Brasil", afirma Bannon.

Na Justiça americana, Bannon enfrenta também uma acusaçãoojogos comter enriquecido ilicitamente desviando recursosojogos comdoaçãoojogos comtrumpistas para a construção do muro na fronteira com o México, uma promessaojogos comcampanha do ex-presidente. O caso já o levou, inclusive, a ser preso. Bannon nega qualquer crime.

Leia a seguir os principais trechos da entrevista — editada por concisão e clareza — que Bannon concedeu à BBC News Brasil via zoom, diretamente do estúdio onde grava seu programa político, o War Room.

ojogos com BBC News Brasil - No ano passado, o senhor disse que a eleição brasileira é a segunda mais importanteojogos com2022, atrás apenas das eleições legislativasojogos commeioojogos commandato nos Estados Unidos,ojogos comnovembro. Por quê?

ojogos com Steve Bannon - Vamos voltar a 2016. O Brexit, que aconteceuojogos comjunho, e a vitóriaojogos comTrump (na eleição presidencial americanaojogos comnovembro daquele ano) estavam intrinsecamente ligados. Essas coisas tendem a se moverojogos comciclos, e a inspiração e as questões que surgiram no Reino Unido com o (partidoojogos comdireita radical britânico) Ukip e o Brexit foram algumas das coisas sobre as quais estávamos discutindo nos Estados Unidos, basicamente soberania, fronteiras, imigração.

A mesma coisa se repete agora. Nós tivemos a vitória dos Democratas Suecos (partidoojogos comdireita radical que saiu vencedor nas últimas eleições e comporá pela primeira vez o governo do país). Você tem Giorgia Meloni (de um partido pós-fascista e favorita a ser a primeira ministra da Itália), a quem conhecemos e com quem trabalhamos há anos, e com ela está surgindo na Itália e no sul da Europa uma coalizãoojogos comdireita.

Mas o mais importante sempre foi o Brasil. E digo isso porque o pleito brasileiro é muito próximo da eleição americanaojogos commeioojogos commandato (em novembro), e as questões (discutidas nos dois processos) são mais ou menos as mesmas.

Jair Bolsonaro dianteojogos comtela verde e amarela

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Steve Bannon é um aliado do presidente brasileiro, Jair Bolsonaro (PL)

Bolsonaro é um grande herói para todos nós. Ele está no nívelojogos comViktor Orbán (na Hungria) como alguém que defendeu a soberania nacional e realmente construiu uma base. Ele tem evangélicos, ele tem pessoas da classe trabalhadora. Se você olhar para o Brasil, (o bolsonarismo) é muito parecido com o movimento Maga (Make America Great Again,ojogos comrepublicanos ligados ao Trump), os bolsonaristas são muito parecidos com os desvalidos do America First, o que chamamosojogos comhobbits do condado (metáforaojogos comBannon para aludir à vidaojogos comanseios simples dos trumpistas).

Isso é o que você vêojogos comBolsonaro. E as pessoas alinhadas contra ele, particularmente os globalistas, são as mesmas (que estão contra Trump). E mais especificamente por causa dessa corrida eleitoral, a associaçãoojogos comLula com o Partido Comunista Chinês, principalmente no que se refere a commodities e recursos naturais, fazem desta, eu acho, uma das eleições mais importantes, não apenas deste ciclo (eleitoral), mas nos últimos tempos.

ojogos com BBC News Brasil - O senhor está dizendo que o Lula tem uma relação especial com a China, mas no ano passado, sob Bolsonaro, o Brasil foi o país no qual a China mais investiu no mundo. Como isso cabe no seu argumento?

ojogos com Bannon - Obviamente, o Brasil é um paísojogos comrecursos naturais com um grande negócioojogos comexportação. O Partido Comunista Chinês precisa desses recursos. Mas eles foram comprados no mercado livre. Isso é bem diferente da relaçãoojogos comLula com a China.

Lula foi várias vezes a Pequim. Lula tem uma visãoojogos commundo comum à do Partido Comunista Chinês. E o sucesso econômico (do governo Lula) está diretamente ligado aos negóciosojogos comexportação e commodities do Partido Comunista Chinês, que essencialmente olha para o Brasil como quase uma espécieojogos comcolônia para eles, principalmenteojogos comrecursos naturais.

Lula vai trazer tudo issoojogos comvolta. E os chineses veem o Brasil mais do que nunca como um necessário parceiroojogos comcommodities. Então, a relação entre Bolsonaro e o Partido Comunista Chinês é mais comercial. Com Lula é muito diferente. Ele dará uma grande base para o Partido Comunista Chinês na América Latina e isso se tornará uma importante questãoojogos comsegurança nacional para os Estados Unidos.

ojogos com BBC News Brasil - O senhor começou essa conversa fazendo claras conexões entre o Brexit e a eleiçãoojogos comTrump. Existe uma conexão clara tantoojogos comprojeto comoojogos comideologia eojogos comações, entre as direitas radicais no Brasil, nos Estados Unidos com Trump, na Hungriaojogos comOrbán, na Alemanha com a AfD?

ojogos com Bannon - Não há dúvida. Eu trabalho nesse projeto há vários anos. Lembre-se que logo após (vencer) a Casa Branca, acho que eu fui a primeira pessoa a recomendar que o Movimento Cinco Estrelas (partido italiano antissistema) e a Liga do Norte (partido italianoojogos comdireita radical) se unissem. Eu disse a eles: "Ei, vocês dois são partidos populistas, tentem colocar suas diferençasojogos comlado". E eles fizeram isso e apoiaram Matteo Salvini.

Então, sim, há absolutamente conexões e não apenas na ideologia. São todos nacionalistas, são partidos da classe trabalhadora e populistas. Eles são antielite, são particularmente antielite financeira, antibanco central, anti-Wall Street, anticorporações globais. E há contra todos eles o mesmo tipoojogos comresistência.

No Brasil, é um pouco diferente. Você tem os militares que, na minha visão, foram bastante comprometidos pelo Partido Comunista Chinês e acho que estão ainda menos alinhados com Bolsonaro do que pensamos que a maioria dos militares - não necessariamente as lideranças - está com o nosso movimento aqui nos Estados Unidos.

Então, há correlações diretas, eu acho, com Salvini e Giorgia Meloni na Itália, com Orbán, com quem acabeiojogos comencontrar no CPAC (conferência conservadora),ojogos comDallas (Texas). São todos movimentosojogos comdireita que falam sobre as mesmas questões, com o apoio da polícia, da classe trabalhadora, e lidando com questões globais, enquantoojogos comcada nação constroem suas próprias bases, um movimento nacionalista populista de, francamente, muita força e muito poder.

ojogos com BBC News Brasil - Por que o senhor diz que Bolsonaro não tem apoio dos militares? Como viu o 7ojogos comsetembro, dos 200 anosojogos comindependência?

ojogos com Bannon - Bolsonaro concorreuojogos com2018 tendo como seu vice-presidente um general (da reserva, Hamilton Mourão). E, no início, foi tão difícil para Bolsonaro quanto foi o primeiro ano do presidente Trump, para que ele conseguisse ganhar força e assumir o Estado administrativoojogos comWashington.

Vimos Bolsonaro governando aos trancos e barrancos também no primeiro ano, e isso era impulsionado principalmente por seu vice-presidente, que fez parte das Forças Armadas. E você viu que os militares tinham seu próprio pontoojogos comvistaojogos comcomo as coisas deveriam ser feitas.

Eu acho que hoje, com toda a questão da integridade eleitoral nos tribunais, os militares são obviamente um ator-chave. E eu sei que há muitas, muitas pessoas nas Forças Armadas que apoiam o presidente Bolsonaro, ele é um paraquedista egresso das Forças Armadas. Mas os militares, particularmente os membros seniores do quadro militar, inclusive o vice-presidente, fizeram mais do que qualquer um para realmente contrariar muito do que Bolsonaro queria levar adiante.

ojogos com BBC News Brasil - Bolsonaro mobilizou o 7ojogos comsetembro para mostrar poder e conexão com os militares. Ainda assim, não te parece que ele tenha o apoio amplo desejado nas Forças?

ojogos com Bannon - O 200º aniversário (da independência) foi muito impressionante. Parte disso era, obviamente, o patriotismo dos militaresojogos comgeral. Mas as imagens que chegaram aqui aos Estados Unidos foram, francamente,ojogos comtirar o fôlego. O tamanho, a escala (do ato).

A grande mídia tem minimizado Bolsonaro, sugerindo que ele tem dificuldadeojogos comganhar força nas pesquisas, que a campanha não está indo bem. É por isso que foi muitoojogos comtirar o fôlego, a escala das multidões e da celebração e, obviamente, os militares estarem lá. E principalmente porque o Lula, que eu acho que estava tendo um diaojogos comJoe Biden, decidiu fazer campanha no confortoojogos comsua casa.

Então, não me entenda mal, mas seriaojogos comesperar que os militares seriam ainda mais favoráveis a Bolsonaro, dado o que ele representa. Ele quer tornar o Brasil grande novamente, quer que o Brasil tenha soberania, quer deixar claro que o Brasil é um bom administrador da Amazônia, mas que, no limite, são do Brasil as decisões (sobre a floresta) e nãoojogos comalgum tipoojogos comcomunidade mundial.

Então, tenho percebido há tempos que há certos elementos das Forças Armadas que claramente não o apoiam. E eu acho que muito disso vai ficar claro nesta eleição, e particularmente nos tribunais, com os juízes que definem como as eleições são conduzidas.

Tivemos Eduardo (Bolsonaro) vindo ao simpósio cibernéticoojogos comDakota do Sul,ojogos comagosto do ano passado, promovido por Mike Lindell (empresário americano trumpista acusadoojogos compromover os atosojogos com6ojogos comjaneiro). Eduardo deu uma das melhores apresentações do Simpósio, lá ele listou os problemas que eles têm e as preocupações que eles têm sobre as urnas eletrônicas.

Então, eu espero que isso seja totalmente monitorado e fiscalizado pelas autoridades, pelos tribunais, pelos militares, por todos, para que haja uma eleição limpa e justa.

Tenho usado muito do meu tempo conversando com as pessoas nos bastidores (da disputa brasileira), e sinto que há uma grande onda pró-Bolsonaro agora. Um elemento que não estava na campanhaojogos com2018 é a primeira-dama (Michele Bolsonaro). Ela assumiu agora um papel muito público e acho que ela pode ser uma força muito grande para essa onda, à medidaojogos comque vamos vendo os evangélicos se unirem.

Eu sempre digo que é muito difícil fazer pesquisas nos Estados Unidos por causa do movimento America First, o movimento Maga, eles desconfiam muitoojogos comqualquer tipoojogos commídia, então geralmente não respondem à pesquisas eleitorais. Eu acho que a mesma coisa pode estar acontecendo no Brasil, onde você tem esse ressurgimento desse movimento populista, particularmente a parte cristã evangélica, que eu não tenho certeza se é pesquisada com precisão. Então, acho que esta será uma das eleições mais intensas e dramáticas do século 21. E acho que Bolsonaro vai chegar à vitória a partirojogos comuma onda.

Donald Trump faz um discurso

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Trump tem a aprender com Bolsonaro sobre como usar as redes sociais, diz o ideólogo

ojogos com BBC News Brasil - O senhor afirmou que tem trabalhado nesse movimento populistaojogos comdireita global há anos. O senhor tem atuação direta na campanhaojogos comBolsonaro hoje?

ojogos com Bannon - Não estou atuando na campanhaojogos comBolsonaro, não trabalhoojogos comnenhuma campanha individualojogos comnenhuma nação. Eu acho que isso é um papel para as pessoasojogos comcada país desempenhar. O que eu tento fazer, especialmente com Eduardo, é falar sobre como (desenvolver) um movimento nacionalista populista na América Latina,ojogos comcomo conectá-lo, fazer com que as pessoasojogos comcada país se comuniquem, compartilhem ideias, digam o que está dando certo ou não.

Sempre tentei ser uma espécieojogos compostoojogos comintercâmbio, para garantir que possamos fazer conexões e interconectar pessoas. Acredito que, nesses países, cabe a essas pessoas realmente tomar essas decisões, e as pessoas podem aprender a fazer campanha, aprender a enviar mensagens, aprender a construir redes, etc.

O que é mais impressionante, principalmente com Bolsonaro, é que foi ele quem nos ensinou muitas lições sobre redes sociais. Quando conheci a família Bolsonaroojogos comNova York,ojogos com2018, fiquei fascinado com a campanha deles. A única preocupação que eu tinha era com a segurança. Naquela época, ele chegava aos aeroportos e era arremessado pra cima e carregado como um jogadorojogos comfutebol. Eu disse para Eduardo que eles deveriam ser muito mais cautelosos com isso.

Mas o que eu achei mais incrível, tanto com Bolsonaro, quanto com Salvini na Itália,ojogos commenor grau, é como eles chegaram praticamente à perfeição no uso do Facebook, no manejo das lives de Facebook, como atraíram multidões quase sem usar dinheiro. Os recursos limitados que Bolsonaro tinhaojogos com2018 e seus resultados são realmente uma liçãoojogos compolítica moderna sobre como conduzir uma campanha popular. Obviamente, agora eles estão maiores e mais sofisticados. Mas, ainda hoje, Bolsonaro ainda teria ao menos uma coisa ou duas a ensinar ao presidente Trump sobre como conduzir uma campanha ou sairojogos comuma cilada.

ojogos com BBC News Brasil - Como foi essa aproximação com a família Bolsonaro?

ojogos com Bannon - Quis conhecê-los porque eu tinha visto o que eles tinham feito até aquele momento, acho que isso foiojogos comjulhoojogos com2018. E eu me lembroojogos comdizer pra eles: "Pessoal, se vocês seguirem nessa direção, mantendo este ritmo, acho que levam no primeiro turno". E lembro que ele chegou muito perto disso. Acho que ele teve 46% dos votos, e precisavaojogos com50% (mais um).

Quando nos encontramos, ele tinha apenas 16%,17% ou 18%, algo assim. Mas o que eu vi foi alguém que sabia não apenas enviar mensagens, mas se conectar. Eu digo às pessoas quando elas entram na política que precisam estar cientesojogos comque hoje o público sabe identificar falsários. Esse é um dos poderes da Internet. Então, (pra ter sucesso na política) você tem que realmente acreditar no que está propagando e tem que ser capazojogos comse conectar com as pessoas. Não se trata maisojogos comdinheiro. E eles venceram. Por quê? Em parte, porque eles se conectaram às mídias sociais e saíram interagindo com pessoas.

Bolsonaro obviamente é uma figura carismática, e Lula também. Isso é o que é tão único sobre esta corrida. Você tem duas figurasojogos comestatura global, importantes para o mundo, e que sabem como se conectar com a pessoa comum.

E Bolsonaro tinha realmente o que nos ensinar, porque lembre-se, quando fizemos (a campanhaojogos comTrump no) Facebook, principalmenteojogos com2016, gastamos muito dinheiro ali. Quer dizer, nós meio que jogamos o jogo deles no que diz respeito à publicidade. Bolsonaro, não. Ele se conectou com as pessoas com uma mensagem e comojogos comhumanidade e realmente fez com que as pessoas fizessem parte da estratégia do Facebook, ele fez do público parte do processo, algo que realmente não havia sido feito antes, na escalaojogos comum país como o Brasil, por isso me surpreendi com esses caras. Essas pessoas realmente levaram a política moderna a outro nível.

Então não, não há conselho que Steve Bannon possa dar a Bolsonaro sobre como fazer uma campanha no Brasil, não apenas sobre as questões do país, mas como se conectar com seus compatriotas.

Acho que o que torna isso tudo tão fascinante é que eu acredito muito nos trabalhadores. E, parte do nosso trabalho tem sido atrair democratas e sindicalistas para a nossa causa. Então, tem coisas que Lula defende que nós acreditamos. Vocês realmente têm dois líderes populistas agora. Acho que o Lula se esgotou com o tempo, mas essa é realmente uma campanhaojogos comdois populistas se enfrentando, cabeça a cabeça, e por isso acho fascinante.

ojogos com BBC News Brasil - O senhor esteve se informando sobre o Lula? Parece bastante interessado nele.

ojogos com Bannon - Eu sou fascinado pelo Lula. Sou atraído por grandes personalidades. Eu estudei Lula por muitos, muitos anos, e, particularmente, no início dos anos 2000, antes do colapso financeiro globalojogos com2008, ele teve um tremendo sucesso financeiro (no governo). Talvez as pessoas no Brasil não entendam, mas o carisma dele,ojogos comEduardo, do presidente Bolsonaro, é algo que você não vê na política americana, com exceçãoojogos comTrump e algumas outras poucas pessoas.

Então, eu estudo Lula há muito tempo. Acho-o um personagem fascinante. Acho-o um personagem trágico porque acredito que ele realmente acreditava no que dizia. E acho que ele é uma figura trágica por isso. Eu acho que ele é parte da rede (política) que o Partido Comunista Chinês corrompeuojogos comtodo o mundo. É um exemplo perfeito disso.

Lula eojogos commulher, Janja, acenamojogos comeventoojogos comcampanha

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'Estudei Lula por muitos, muitos anos', afirma Bannon

ojogos com BBC News Brasil - O senhor diz isso, mas Lula não admite essa proximidade e inclusive tem criticado publicamente a faltaojogos comdivergências no Partido Comunista Chinês…

ojogos com Bannon - Acho que ele entende que (a associação) é algo tão negativo, que ele precisa fazer algum tipoojogos comseparação, mesmo que ela não seja real. Ele é um político muito experiente, muito sofisticado quando se trataojogos commídia e, particularmente, mídia global. E acho que ele entende que as coisas pioraram com a questão dos uigures (minoria étnica que teriam seus direitos humanos violados pelo governo chinês).

Se você vai ser um político pragmático e tentar ser eleitoojogos comum país ocidental, você tem que sentar lá e dizer: "Oh, o Partido Comunista Chinês é ruim". Vemos a mesma coisa nos Estados Unidos. Mas a influência do Partido Comunista Chinês na América é bastante profunda. Então, acho que Lula apenas entendeu como é radioativa qualquer associação com o Partido Comunista Chinês e resolveu ser vocal sobre isso.

ojogos com BBC News Brasil - O senhor mencionou a questão das urnas eletrônicas. Bolsonaro está atrás nas pesquisasojogos comintençãoojogos comvoto. Ele próprio já admitiu que não tem provaojogos comfraude nas eleições. Inclusive, ele venceu todas as eleições que disputou com a urna eletrônica. Então por que bater nisso? Esse tipoojogos comargumento é legítimo numa disputa política ou é uma formaojogos comdeslegitimar o sistema político e a democracia?

ojogos com Bannon - Essa é uma boa pergunta. Eu nunca fui um sujeito afeito a máquinas. Dito isto, já vi o suficiente da tecnologia, o suficiente dos problemas que tivemos com as urnas eletrônicas nos Estados Unidos,ojogos commodo que sou um dos grandes defensoresojogos comque adotemos o sistema francês nos Estados Unidos, onde todas as cédulasojogos compapel são preenchidas pelos eleitores no diaojogos comvotação, numa sessão eleitoral. E às 21h ou 22h do mesmo dia, você tem os resultados. Se a França pode fazê-lo, os Estados Unidos podem fazê-lo. E acho que o Brasil pode fazer.

Espero e rezo para que tudo aconteça bem (nas eleições brasileiras). E é por isso que estou pedindo um escrutínio e transparência, porque acredito muito que, independentemente do que as pesquisas digam, basta ver o que está acontecendo: acho que Bolsonaro vai subir a pontoojogos comir com Lula para o segundo turno e, depois, vencê-lo.

Vimos um público massivo no Dia da Independência, se a campanhaojogos comBolsonaro for capazojogos comtransformar cada uma daquelas pessoasojogos commultiplicadoresojogos comvotos, ele teria o potencial atéojogos comganharojogos comprimeiro turno. Então eu espero que as pessoas fiquem vigilantes sobre essas urnas, porque a última coisa que você quer é qualquer tipoojogos comdisputa sobre o resultado.

ojogos com BBC News Brasil - Mas o senhor está ciente que, historicamente, no Brasil, o votoojogos compapel foi uma enorme fonteojogos comfraude e que até mesmo Bolsonaro, nos anos 1990, advogava pela informatização das eleições para diminuir o problema? Não há uma contradição nisso?

ojogos com Bannon - Você está absolutamente correta sobre a história. Mas acho que a diferença é que hoje temos processos melhores, sofisticação para lidar com votoojogos compapel, coisa que não tínhamos antes. Os franceses nos ensinaram como fazer. E eles são o modelo.

Por outro lado, máquinas podem ser hackeadas (o TSE nega que urnas possam ser hackeadas no Brasil), com toda essa loucuraojogos comservidores e o nívelojogos comataque cibernético que se pode fazer hoje. Então, o sistemaojogos compapel pode ser aperfeiçoado, mas o das urnas eletrônicas não pode. Agora, espero que haja e acredito que haverá salvaguardas suficientes e no Brasil, que os agentes públicos estejam trabalhando nisso para que não tenhamos essa controvérsia.

No final das contas, o que você quer ter certeza que aconteça é, independenteojogos comquem seja o vencedor, você possa dizer: "Bolsonaro ganhou" e o pessoal do Lula aceita. Ou, "o Lula ganhou" e o povo do Bolsonaro aceita. As pessoas precisam aceitar a derrota, e você só consegue isso através da transparência.

Michelle Bolsonaro sorri enquanto discursa

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Bannon destaca o engajamento da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, na campanha

ojogos com BBC News Brasil - Esse é um ponto central. Pessoasojogos comdiferentes países pelo mundo, incluindo os Estados Unidos, estão alertandoojogos comque poderia haver no Brasil um evento como o 6ojogos comjaneiro.

ojogos com Bannon - Não acredito nisso, e também acho que o que foi o 6ojogos comjaneiro tem sido muito exagerado…

ojogos com BBC News Brasil - Mas o Capitólio foi invadido, cinco pessoas morreram…

ojogos com Bannon - (Interrompe a pergunta) A maioria das mortes (no episódio do Capitólio) foi motivada pela reação exagerada da polícia. O dia 6ojogos comjaneiro foi exagerado como uma questão política. Os democratas bateram nessa tecla, mas isso não ressoa com o povo americano. Isso até nos ajudou porque eles perderam muito tempo falando disso enquanto (aumentavam) os problemas nos Estados Unidos, particularmente a invasão (de imigrantes)ojogos comnossa fronteira sul e o colapsoojogos comnossa economia.

Os democratas estão focados nessa coisa da antidemocracia. Nós amamos a democracia. Vamos dar aos democratas um supositórioojogos comdemocraciaojogos com8ojogos comnovembro. Como eu acredito que Bolsonaro e seu movimento vão dar a Lula e seus seguidores um supositórioojogos comdemocracia. O que esperamos é transparência, certo? Todo mundo só quer concordar que, afinal, foi uma eleição honesta.

Então, não, eu não acredito que o Brasil vai ter uma situação como oojogos com6ojogos comjaneiro. As razões pelas quais eu acho isso são: Bolsonaro vai ter uma onda e vai vencer, haverá transparência e todo mundo vai fazer o seu trabalho, e é nisso que as pessoas devem se concentrar.

Eu também digo às pessoas no Brasil: se apodere do seu próprio voto e assuma o controleojogos comseu sistema eleitoral. O mundo exterior não deveria estar metendo o nariz nisso, seja o governo dos EUA, o pessoalojogos com(fórum econômico de) Davos ou outros globalistas. Nesta eleição, não poderia haver mais coisasojogos comjogo para o povo no Brasil. Ela deve ser decidida pelo povo do Brasil, por processos que são executados por brasileiros, que os brasileiros possam olhar uns para os outros depois e dizer: 'tudo bem, eu entendo que isso foi transparente e esse foi o resultado'.

ojogos com BBC News Brasil - Há uma situaçãoojogos commedoojogos comviolência política no país, com sete a cada dez pessoas dizendo temer algum ataque por seu posicionamento político. As pessoas identificam essa violência com Bolsonaro e seu grupo, com as suspeitas lançadas sobre as urnas e a defesaojogos comarmamento civil. Nos Estados Unidos, Biden disse que o Maga é um risco à democracia. Esse movimento populistaojogos comdireita radical respeita a democracia?

ojogos com Bannon - É um movimento democrático, isso (dizer que não é) é (acusação) da mídia. Vamos ganhar nas urnas. Temos dois terços (do eleitorado) agora nos Estados Unidos. (agregadoojogos compesquisas eleitorais do site FiveThirtyEight mostra que 44.9% dos americanos querem vitória democrata no Congresso, contra 43.4% que preferem republicanos). Vamos tomar a Câmara dos Deputados por, não sei, 30, 40 ou 50 cadeiras. Nós vamos manter nossas posições no Senado e ainda levar duas ou três.

Nós amamos a democracia e aqui está a razão: nós temos os votos. Então, quando Biden vem e demoniza as pessoas é simplesmente porque ele não pode falar sobre seus feitos. Seu governo é um colapso financeiro e econômico do nosso país: inflação foraojogos comcontrole, recorde na queda do patrimônio líquido (das famílias) do nosso país foi anunciada na semana passada: são US$ 6 trilhões (a menos) para o povo americano.

Eles querem falar sobre 6ojogos comjaneiro e democracia, eu digo, vamos esperar até a noiteojogos com8ojogos comnovembro (eleição nos EUA) e ver para quem a democracia funciona, ok? Acredito piamente, somos um movimentoojogos combase, temos estratégiaojogos compolítica local: assumir o governo local, assumir o conselho escolar local, assumir os postosojogos comfuncionários eleitos locais. E como você faz isso? Você votaojogos comsi mesmo e nos seus e então a gente vai ter mais votos.

Mesma coisa com Bolsonaro. Você vê o quanto a mídia global bate nele. É por isso que eu diria às pessoas no Brasil: vá votar e convença todo mundo a votar, é assim que as insurgências populistas ganham, nós ganhamos nas urnas.

E, lembre-se, viemosojogos comtrás. Quando assumi a campanhaojogos comTrump (em 2016), tínhamos 88 dias pela frente, o presidente Trump estava quatro, oito, doze pontos atrás nas pesquisas e nós ganhamos. Foi a maior surpresaojogos comum azarãoojogos comtodos os tempos. Por quê? Porque nós fomos e nos comunicamos com pessoas da classe trabalhadoraojogos comWisconsin, Michigan e Pensilvânia. É o que estamos fazendo desta vez. Teremos vitórias arrebatadoras e faremos isso com uma coisa chamada voto. O Presidente Joe Biden falaojogos comterrorismo doméstico? O que as mães que vão para os conselhos escolares têmojogos comterroristas domésticas? É tudo um disparate. As pessoas veem isso, e vão às urnas e vão votar.

Joe Biden observando

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Bannon critica o presidente americano, Joe Biden, e o seu governo

ojogos com BBC News Brasil - Algumas pessoas argumentam que o 6ojogos comjaneiro foi uma tentativaojogos comgolpeojogos comEstado, já que estava acontecendo a certificaçãoojogos comvotos do presidente Biden no Congresso, e essas pessoas interromperam isso, invadiram o prédio com armas…

ojogos com Bannon - (interrompe a pergunta) Lamento dizer, mas isso é mentira. Ninguém nunca provou que as pessoas na multidão tivessem armas (a reportagem da BBC News Brasil presenciou pessoas com tacosojogos combeisebol e hastesojogos combandeiras na área externa ao Capitólio e o FBI afirmou também que havia gente com sprayojogos compimenta e artefatos explosivosojogos comfabricação caseira). O 6ojogos comjaneiro e o que aconteceu, o motim no Capitólio, isso trabalhou contra nós, foi um erro, porque (derrubou) tudo pelo que trabalhamos. Estávamos prestes a ter 24 horas, 12 horasojogos comcada Casa (Senado e Câmara) para passar por cada um dos seis estadosojogos comque havia controvérsias.

Eu nunca disse que eles seriam contados como eleitoresojogos comTrump, mas que os eleitoresojogos comBiden não poderiam ser certificadosojogos comacordo com as regras estabelecidas na Leiojogos comContagem Eleitoralojogos com1887. Isso forçaria o que chamamosojogos comeleição contingente, que obrigaria a Câmara dos Deputados a entrar e não votar pela consciência do membro individual, mas por delegação estadual-partidária. Nessa votação, Trump ganharia por 27 a 23, ou se você incluir (a republicana anti Trump) Liz Cheneyojogos comWyoming, por 26 a 24.

Eu ainda acredito nisso. Acredito que (o vice-presidente) Mike Pence (que presidia a sessão que sacramentou a vitóriaojogos comBiden) tomou a má decisão (o atual entendimento majoritário no país é que Pence tinha responsabilidade apenas cerimonial, sem poderes para alterar a certificação dos votos. Pence se recusou a atuar no planoojogos comTrump).

Eu acredito que você verá isso começandoojogos comjaneiro ou fevereiro do ano que vem, com a nova (composição) da Câmara, quando eles vão julgarojogos comverdade o que houve no 6ojogos comjaneiro (Bannon se recusou a testemunhar diante da Comissão Congressual que investiga o que aconteceu no 6ojogos comjaneiro e enfrenta processo judicial por isso). O que precisamos éojogos comum fórum para julgar issoojogos comum contexto adequado, com os democratas tendo posição minoritária.

Sou um grande defensorojogos comque temos que fazer isso. O país está meio queojogos comchamas. Lembre-se, 40% a 45% do povo americano não acham que Joe Biden é um presidente legítimo. Eu não acho que ele seja legítimo. Isso nunca aconteceuojogos comnossa nação. Nunca tivemos dúvidas sobre a legitimidadeojogos com(Abraham) Lincoln. Na verdade, o fatoojogos comele ser legítimo é o que causou a Guerra Civil.

ojogos com BBC News Brasil - As semelhanças entre Trump e Bolsonaro são evidentes e já falamos delas. Mas o senhor vê algum paralelo entre Biden e Lula?

ojogos com Bannon - Ele está fazendo uma campanha como Biden. Quer dizer, acho que o que é tão interessante ou curioso é que aqui temos uma figura populista dinâmica que não está realmente hoje executando uma campanha populista dinâmica. Acho que a comemoração dos 200 anos foi o exemplo mais contundenteojogos comque ele não é um populista numa campanha popular. As multidões não estão lá, a intensidade não está lá.

ojogos com BBC News Brasil - Trump deixou o poder, Bolsonaro está atrás nas pesquisas agora, na América Latina governosojogos comdireita perderam as eleições, na Europa Ocidental isso também vem acontecendo, a candidata da direita radical Marine Le Pen não venceu Emmanuel Macron, na França…

ojogos com Bannon - (interrompe) Calma lá, calma lá. Depoisojogos comLe Pen na presidencial, na eleição regional, Macron perdeu feio (pra direita radical) e, por isso, ele não consegue governar. Mas, na América Latina, eu concordo com você, houve um movimento recenteojogos comesquerda populista. Uma coisa que acho que podemos concordar é que o mundo está se tornando mais populista. Partidos mais tradicionais, seja à esquerda ou à direita, ou centro, não têm conseguido entregar para as pessoas o que as pessoas querem. Então, os vitoriosos têm sido mais os populistas.

Mas veja o Chile, onde você tem (Gabriel Boric) uma personalidade jovem e dinâmica vinda da esquerda populista que prometeu muito e,ojogos comrepente, houve o golpe esmagador que o povo chileno deu na votação da Constituição (que acabou rejeitada), acho que isso mostra que ainda há uma forte soberania nacionalista e uma direita populista no Chile que também pode trazer moderados e centristas. Então, há, sim, um fluxo e refluxo.

Acho que as coisas estão mais populistas agora. Acho que o Brasil é um exemplo perfeito disso. Acredito que a direita populista estáojogos comascensão, mas você tem que entregar. Lembre-se, uma vez que você está no poder, você tem que ser capazojogos comentregar (bons resultados) para as pessoas. Acho que isso é fundamental.

ojogos com BBC News Brasil - Que críticas você faria aos governos da direita populista?

ojogos com Bannon - Tudo é um processo. Se você olhar para o primeiro ano do governo Trump, uma das coisas que mais nos prejudicaram é que tínhamos 4 mil posições para preencher na administração no governo americano, mas nós não tínhamos (pessoas suficientes para isso), éramos um movimento relativamente novo que vencia a primeira grande eleição nacional e precisávamosojogos compessoasojogos comqualidade para colocar lá.

Se você olhar para o Bolsonaro, essas situações também acontecem, (a dificuldade)ojogos compreencher o governo com pessoas competentes que possam realmente efetuar mudanças. E acho que você vai ter algumas vitórias dos populistasojogos comque talvez os governos não tenham um bom desempenho. Isso não é o fim do mundo. Lembre-se, tudo isso é um processo.

Com Salvini e o que eles fizeram, é quase um exemplo perfeito. Tínhamos a esquerda e a direita se juntando e no final, eles não conseguiram deixar suas diferenças totalmenteojogos comlado e esse governo durou apenas alguns anos, mas foi um bom experimento. Mas agora você tem Giorgia Meloni liderando uma coalizão realmente à direita e o grupoojogos comSalvini e outros fazem parte dela. Você tem mais pessoas, elas são mais qualificadas, são mais gente numericamente.

Nos Estados Unidos, estamos treinando pessoas hoje para que, quando vencermosojogos com2024, estejamos prontos para assumir o comando imediatamente. Eu acho que você vê issoojogos comgovernosojogos comgeral, particularmente na América Latina, a escassezojogos compessoal que também pode implementar políticas.

Não é um mundo perfeito. Você não vai ganhar todas as eleições. E, quando você ganha, pode não estar no poder para sempre, mas faz parteojogos comum processo. Se você olhar para o fluxo desde a crise financeiraojogos com2008, não há absolutamente nenhuma dúvidaojogos comque a direita nacionalista populista não é apenas ascendente, que nós ganhamos muito mais do que perdemos, e fizemos algumas mudanças bastante significativas, seja Trump, Brexit e Bolsonaro no Brasil. Portanto, acreditamos direcionalmente que estamos avançando não apenasojogos commarcha, mas tambémojogos comascensão.

- Este texto foi publicado originalmenteojogos comhttp://roberthost1.accountsupport.com/brasil-62944023

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