Como obesidade poderá custar quase US$ 220 bilhões ao Brasilvasco betano2060:vasco betano

vasco betano Uma análise do impacto econômico da obesidadevasco betano161 países projeta que, mantidas as tendências atuais,vasco betano2060 o Brasil será a sétima economia do mundo com maiores gastos relacionados à condição.

Segundo as projeções, divulgadasvasco betanoum estudo publicado nesta semana na revista científica BMJ Global Health, o percentualvasco betanopessoas obesas ou com sobrepeso no Brasil deverá chegar a 88,1%vasco betano2060, resultandovasco betanoum impacto econômicovasco betanoUS$ 218,2 bilhões (cercavasco betanoR$ 1,3 trilhão).

A estimativa dos pesquisadores évasco betanoque esse montante representará 4,66% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileirovasco betano2060, o 48º maior percentual entre os países analisados.

O cálculo levavasco betanoconta tanto gastos médicos diretos quanto os resultantes do processovasco betanobuscar cuidadosvasco betanosaúde, como o custovasco betanoviagens para pacientes e acompanhantes. Também inclui perdas econômicas resultantesvasco betanomortes prematuras, diasvasco betanotrabalho perdidos e quedavasco betanoprodutividade devido a problemasvasco betanosaúde relacionados ao excessovasco betanopeso.

De acordo com o estudo,vasco betano2019 a prevalênciavasco betanosobrepeso e obesidade no Brasil eravasco betano53,8% da população e gerava impacto econômicovasco betanoUS$ 37,1 bilhões (cercavasco betanoR$ 190,5 bilhões), o décimo maior entre os 161 países. Em termosvasco betanopercentual do PIB, o Brasil ficavavasco betano63º lugar, com 1,98%.

Considerando todos os países analisados, o impacto econômicovasco betano2019 era estimadovasco betano2,19% do PIB global. Caso a tendência atual se mantenha,vasco betano2060 deverá saltar para 3,29%.

A projeção évasco betanoque,vasco betano2060, o maior impacto econômico seja sentido pela China, totalizando US$ 10,1 trilhões (cercavasco betanoR$ 51,6 trilhões). O montante é quatro vezes maior do que os US$ 2,6 trilhões (cercavasco betanoR$ 13,3 trilhões) projetados para os Estados Unidos, que aparecemvasco betanosegundo lugar.

Índia, Coreia do Sul, Indonésia e Alemanha também terão gastos totais maiores do que os projetados para o Brasil.

Impacto nos pobres

Os pesquisadores lembram que o excessovasco betanopeso está ligado a maior riscovasco betanodoenças como câncer, problemas cardiovasculares e diabetes. Afirmam ainda que a pandemiavasco betanocovid-19 demonstrou que pessoas com sobrepeso ou obesidade também correm o riscovasco betanodesenvolver formas mais gravesvasco betanodoenças infecciosas.

Segundo Adeyemi Okunogbe, especialistavasco betanosistemasvasco betanosaúde da organização sem fins lucrativos RTI International e um dos autores do estudo, muitas vezes existe uma ideia equivocadavasco betanoque a obesidade é um desafiovasco betanosaúde pública exclusivovasco betanopaísesvasco betanoalta renda.

"Esse não é um problema só dos países ricos, é um problema global", diz Okunogbe à BBC News Brasil.

Okunogbe salienta que, entre 2019 e 2060, o impacto econômico da obesidade e sobrepeso deverá aumentar mais nos paísesvasco betanomédia e baixa renda do que nas economias avançadas.

"Mesmovasco betanopaísesvasco betanoalta renda, vemos o impacto concentradovasco betanolares mais pobres e comunidades vulneráveis", ressalta. "Dietas saudáveis são caras. Opções que não são saudáveis (como alimentos ultraprocessados) são (muitas vezes) mais acessíveis aos pobres."

Estudos anteriores indicam que muitos paísesvasco betanomédia e baixa renda enfrentam altos níveisvasco betanoobesidade evasco betanosubnutrição ao mesmo tempo.

No Brasil, o crescimento nos índicesvasco betanoobesidade é registrado ao mesmo tempovasco betanoque há um aumento da fome.

Segundo levantamento da Rede Brasileiravasco betanoPesquisavasco betanoSoberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), o númerovasco betanobrasileiros que passam fome saltouvasco betano19,1 milhõesvasco betano2020 para 33,1 milhões neste ano.

Ação conjunta

Okunogbe e os outros autores do estudo estimam que, ao redor do mundo, cercavasco betanodoisvasco betanocada cinco adultos sejam obesos ou tenham sobrepeso.

O cálculo para definir se uma pessoa tem sobrepeso ou obesidade levavasco betanoconta a relação entre peso e altura e é chamadovasco betanoÍndicevasco betanoMassa Corporal (IMC). Um IMC entre 25 e 29,9 é classificado como sobrepeso. Obesidade é definida como IMC a partirvasco betano30.

Mas os pesquisadores destacam que sobrepeso e obesidade são mais complexos do que simplesmente o IMC e têm causas ligadas a diversos fatores, desde riscos genéticos e faltavasco betanoacesso a serviçosvasco betanosaúde até estratégiasvasco betanomarketingvasco betanoalimentos e bebidas.

O estudo foi realizado com o apoio da Federação Mundialvasco betanoObesidade e incluiu uma bolsavasco betanofinanciamento da empresa farmacêutica Novo Nordisk, que não participou da concepção do projeto nem da análise e interpretação dos resultados.

Os autores observam que muito do que se sabia sobre os impactos econômicos da obesidade e do sobrepeso estava concentradovasco betanopaíses ricos e que diferenças metodológicasvasco betanoestudos nacionais anteriores dificultavam comparações entre os países.

Okunogbe diz que as novas projeções globais reforçam a necessidadevasco betanoação conjunta para responder ao aumento mundial na prevalênciavasco betanoobesidade e sobrepeso.

Os autores não oferecem sugestões específicas, mas afirmam que,vasco betanovezvasco betanofocarvasco betanoresponsabilidades individuais, é necessário buscar soluções integradas e comprometimento político e social para combater o problema.

"As respostas não podem ser apenas individuais", ressalta Okunogbe.

- Este texto foi publicado originalmentevasco betanohttp://www.mi-rob.com/brasil-63005525

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