Como a Ciência explica que nunca esquecemosnovos cassinos onlinealgumas músicas:novos cassinos online
- Alejandro Millán Valencia
- BBC News Mundo
novos cassinos online Para ter memória novos cassinos online , o mundo criou a música. No início das civilizações, os principais saberesnovos cassinos onlinediferentes culturas eram passados de geraçãonovos cassinos onlinegeração através da tradição oral. E essa tradição oral dependia da memória.
"Antes que as narrativas pudessem ser escritas, elas eram recitadas ou cantadas", diz David C. Rubin, professornovos cassinos onlinePsicologia da Universidade Duke, no livro Memory in Oral Tradition (Memórianovos cassinos onlinetradição oral,novos cassinos onlinetradução livre).
É por isso que textos como A Ilíada, a Odisséia e outros grandes épicos antigos foram transmitidos pela primeira vez na formanovos cassinos onlineversos.
Então, a música ocupou esse mesmo espaço. As canções nos levam a um lugar, um momento.
Não sabemos ainda muito bem o porquê, mas a música é uma das poucas armas que os terapeutas têm para lidar com o avanço do malnovos cassinos onlineAlzheimer, a forma mais comumnovos cassinos onlinedemêncianovos cassinos onlineidosos.
Mas como a música tem esse efeito na memória? Por que nunca esquecemosnovos cassinos onlinenossas músicas favoritas?
"A música tem a capacidade duplanovos cassinos onlinecriar e recuperar memórias dentro do cérebro humano", diz a psicóloga Lucía Amoruso, pesquisadora da Universidadenovos cassinos onlineBuenos Aires na Argentina, que investiga aspectos do comportamento e da música.
"Quando as pessoas sofremnovos cassinos onlinedemência senil ou Alzheimer,novos cassinos onlinemuitos caso,s a música é a única chave que lhes resta para desbloquear essas memórias."
Música materna
Embora existam muitas teorias, não existe uma definitiva sobre quando a música apareceu na vida do ser humano.
De todas as hipóteses, incluindo a que indica que se pretendia imitar o "canto" dos animais, há uma surpreendente: a que sugere que foi a forma que as mães encontraram para acalmar seus filhos.
"Em tempos pré-históricos, as mães tinham que se afastarnovos cassinos onlineseus bebêsnovos cassinos onlineintervalos regulares para ter as mãos livres para outras atividades e usavam uma formanovos cassinos onlinefalar como bebês, um 'tom maternal', para tranquilizá-los", explica Dean Falk, antropólogo da Universidade da Flórida no livro How Humans Achieved their Words (Como humanos conquistaram suas palavras,novos cassinos onlinetradução livre).
A tonalidade, aquela musicalidade com que nossas mães falam conosco especialmente quando somos bebês, abre nossos primeiros canaisnovos cassinos onlinenossa memória.
"Várias análises indicaram que o cérebro dos bebês tem a capacidadenovos cassinos onlineresponder à melodia muito antes que a comunicação possa ser estabelecida por meionovos cassinos onlinepalavras", diz Amoruso.
"A música,novos cassinos onlinealguma forma, nos ajuda a criar nosso primeiro vínculo social, que é com nossos pais. E isso será replicadonovos cassinos onlinenossos outros laços sociais no futuro e, claro, com a música."
Então, quando crescemos com essa programação, toda vez que ouvimos uma melodia, um processo impressionante ocorrenovos cassinos onlinenosso cérebro:novos cassinos onlineveznovos cassinos onlineativar uma área ou região, várias são ativadas.
"A primeira coisa que ocorre no cérebro quando ouvimos música é que nosso centronovos cassinos onlineprazer é ativado e libera dopamina, que é basicamente um neurotransmissor que nos deixa felizes", explica Robert Zatorre, que é músico, psicólogo e fundador do Centronovos cassinos onlinePesquisa do Cérebro, Música e Som, no Canadá.
Normalmente, as músicas que memorizamos ficam no lobo frontal, onde está localizada nossa "discoteca" mental.
"No entanto, embora pareça que a música simplesmente nos dá prazer e o guardamos na memória, a verdade é que muito mais coisas acontecemnovos cassinos onlinenossas cabeças", diz Zatorre.
O cérebro, para começar, compara a melodia que está ouvindo com aquela gravada emnovos cassinos onlinecabeça, o que nos permite reconhecer uma música simplesmente ouvindo suas primeiras notas.
"E outro processo que ocorre é que o cérebro deve separar a música do ruído externo. Esse processo também é bastante complexo, porque devemos iniciar vários processos cognitivos", explica Zatorre.
Músicas favoritas
Mas o que acontece quando uma música não só transmite prazer, mas também emoções (que podem até ser tristes) e desperta sentimentos?
Recentemente, por ocasião do Dia Mundial da Luta contra a Doençanovos cassinos onlineAlzheimer, perguntamos aos leitores sobre as canções que pensavam que nunca iriam esquecer.
E embora muitas delas estivessem relacionadas ao amor, a verdade é que a maioria era determinada por um momento preciso da vida: o nascimentonovos cassinos onlineum filho, a primeira viagem ao exterior, a mortenovos cassinos onlineum amigo, a libertação da prisão.
Na ciência, essa correlação também é explicada pela conexão das melodias com a memória.
"Existem vários sistemasnovos cassinos onlinememória: episódica, temporal, semântica,novos cassinos onlinecurto prazo,novos cassinos onlinelongo prazo", enumera Amoruso.
Assim como uma música pode fazer partenovos cassinos onlineum momento específico, como uma viagem inesquecível, o momentonovos cassinos onlineque nos apaixonamos por alguém, uma conquista importante, o artista que interpreta a música ou a letra da música também desempenha um papel importante.
"Uma viagem, um momento, fazem parte da memória episódica, mas acontece que a música é interpretada por um artista que conhecemos bem, suas características, história... Aí também se ativa a memória semântica", afirma o especialista.
"Para ser armazenadanovos cassinos onlinenosso cérebro, a música dependenovos cassinos onlinetodos esses sistemasnovos cassinos onlinememória", acrescenta.
'Toquenovos cassinos onlinenovo'
Para Zatorre, além desse processo, com a música, também existe um fenômeno associado à repetição.
"O que acontece quando gostamos muitonovos cassinos onlineuma música? Nós a repetimos", diz ele.
"E não apenas por um breve período. Por exemplo, uma música que nos marcou quando tínhamos 15 anos, podemos ouvi-la muitas vezes pelo restonovos cassinos onlinenossas vidas. Ela acaba gravada na nossa memórianovos cassinos onlineforma excepcional", explica Zatorre.
"Algo que não acontece da mesma forma com outras coisas que nos dão prazer: comer nossa comida favorita ou visitar nosso lugar preferido", completa.
E aí vem outro fator: a música não só cria memórias e evoca emoções, mas também condiciona nosso comportamento e nossas memórias.
Um dos principais estudosnovos cassinos onlineAmoruso examinou como, por meio da música, as pessoas podem antecipar o comportamento dos outros.
Emnovos cassinos onlinepesquisa, intitulada "O tempo do tango: experiência e antecipação contextual durante a observação da ação", a neurologista destaca que as pessoas estudadas que ouviam tango há muitos anos (e também o dançavam) podiam antecipar,novos cassinos onlineapenas milissegundos, o erros que quem nunca tinha ouvido a famosa melodia argentina ia cometer ao dançar pela primeira vez.
"O que os resultados deste estudo mostram é que as reações no cérebro que permitiram antecipar esse erro foram inteiramente devidas à experiêncianovos cassinos onlinequem ouvia e dançava tango há muitos anos", explica.
Até o último suspiro
Recentemente, viralizou um vídeonovos cassinos onlineuma idosa sentadanovos cassinos onlineuma cadeira, que depois que alguém a fez ouvir a famosa peçanovos cassinos onlinebalé O Lago dos Cisnes,novos cassinos onlinePyotr Ilyich Tchaikovsky, parece começar a dançar.
Emnovos cassinos onlinecadeiranovos cassinos onlinerodas, com os olhos fechados, como se evocassem uma luz, realiza movimentosnovos cassinos onlinebalé com as mãos, quase como se estivesse diantenovos cassinos onlineum auditório lotado.
Mas a verdade é que ela estavanovos cassinos onlineuma casanovos cassinos onlinerepouso. Seu nome era Marta González, e ela sofrianovos cassinos onlineAlzheimer (faleceunovos cassinos online2019, logo após a gravação do vídeo). Mas ela havia estudado balénovos cassinos onlineCuba e não havia esquecido aqueles belos movimentos do Lago dos Cisnes, apesar do avanço da doença. E eles foram ativados ao ouvir música.
Como isso pode acontecer, se um dos locais mais afetados pelo Alzheimer é o lobo frontal?
"É algo que ainda não podemos respondernovos cassinos onlineforma conclusiva. O que poderíamos afirmar é que a música é a chave para muitas memórias que ainda estão na nossa memória, apesarnovos cassinos onlinesofrermosnovos cassinos onlineuma doença degenerativa", explica Amoruso.
No entanto, nem qualquer música pode ser usada para tratar pessoas afetadas por demência senil ou Alzheimer.
"Não se pode dizer com certeza que a música é a última coisa que esquecemos. Muitos pacientes com Alzheimer não reagem aos tratamentos com música", diz Zatorre.
Mas o especialista aponta uma diferença: quando a música para o tratamento é escolhida pelo paciente é quando há os melhores resultados.
"O vínculo com a música e a memória tem um alto grau emocional. Muitos desses pacientes acessam essas memórias graças à música. Na verdade, às vezes, é o último recurso para acessar essas memórias", nota Amoruso.
Para Zatorre e Amoruso, a música também tem sido um elemento fundamental para lidar com o confinamento. E talvez seja assim que nos lembramosnovos cassinos online2020 e do contexto da pandemia do coronavírus.
"Muitos dos pacientes que tratei me confessaram que nem sexo, nem comida, nem bebida alcoólica ajudaram muito a lidar com o confinamento e as circunstâncias que nos levaram a viver a pandemia", disse Zatorre .
"A maioria indica que a música tem sidonovos cassinos onlinemaior aliada. Que essa tem sido uma formanovos cassinos onlineaguentar o que está acontecendo. E tenho certeza que muitas memórias foram criadas a partir dessa combinação."
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