Como pobreza e corrupção nos EUA se comparam às da América Latina:pixbet sede

Um homem na rua olha para a câmera nos EUA

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Mas, como vários especialistas dizem à BBC News Mundo, serviçopixbet sedeespanhol da BBC, isso não significa que a ansiedadepixbet sederelação à pobreza e à corrupção também não esteja influenciando as eleições nos Estados Unidos.

carteira com dinheiro

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Legenda da foto, Em geral, problemaspixbet sedepobreza sãopixbet sedemagnitude diferente nos países da América Latinapixbet sedecomparação com o que se vive nos EUA

Ambos são vistos como problemas recorrentes que,pixbet sedemuitos casos, convencem os americanos a votarpixbet sedeuma forma oupixbet sedeoutra.

Diferentes ordenspixbet sedegrandeza

É claro que é complexo comparar a pobreza nos Estados Unidos, a nação mais poderosa do mundo, com a dos países latino-americanos.

Ser considerado pobre nos Estados Unidos não é o mesmo quepixbet sedeoutros lugares.

De acordo com o Departamento do Censo dos Estados Unidos, naquele país uma famíliapixbet sededois adultos e duas crianças é classificada como pobre se a renda familiar não ultrapassar US$ 26 mil (R$ 134 mil) por ano. Cercapixbet sede12% da população dos EUA se enquadra nessa categoria.

No entanto, como exemplo, uma família na Colômbia que ganha a mesma quantia, equivalente a cercapixbet sede10 milhõespixbet sedepesos colombianos por mês, seria considerada parte da classe média do país sul-americano.

pessoa dorme na rua

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Legenda da foto, Ser considerado pobre nos Estados Unidos não é o mesmo quepixbet sedeoutros lugares

Ao tentar medir a pobreza dos EUApixbet sederelação à dos países da América Latina, as constantes mudanças no valorpixbet sedesuas respectivas moedas, diferenças no custopixbet sedevida, disponibilidadepixbet sedeajuda estatal e outros fatores socioeconômicos fazem com que o valor do salário por si só não seja a única variável a considerar.

O Banco Mundial tentou criar um índice que levepixbet sedeconsideração algumas dessas diferençaspixbet sedecustopixbet sedevida e valores monetários para estimar qual porcentagem da população vive com menospixbet sedeUS$ 2,15 por dia, ajustado pelo poderpixbet sedecompra das diferentes moedas.

Chegam assim a uma estimativa do númeropixbet sedepessoas que enfrentam as dificuldades da extrema pobrezapixbet sedecada país.

Medido dessa forma, 1% da população dos EUA está nessa condiçãopixbet sedepobreza absoluta.

De acordo com esse método, há menos pobreza extrema no Chile, onde essa população vulnerável é 0,7% do total. Em contrapartida, segundo o Banco Mundial, o México atinge 3,1%, Guatemala 9%, Colômbia 10,8%, Honduras 12,7% e Haiti, 29%.

A Organização das Nações Unidas tem outro mecanismo, o Índicepixbet sedeDesenvolvimento Humano, que, além do salário, examina quanto acesso a maior parte da população tem a condições materiaispixbet sedebem-estar.

Em um índicepixbet sede0 a 1, onde 1 reflete as comunidades com maior desenvolvimento humano, o Chile, com pontuaçãopixbet sede0,855, está muito próximo dos 0,92 obtidos pelos Estados Unidos.

México, Brasil e Colômbia obtêm 0,75. Enquanto a Bolívia atinge apenas 0,6 e o ​​Haiti mal chega a 0,53.

Finalmente, há o prisma da pobreza relativa e da desigualdade.

Em muitos países, o impacto político da pobreza é ampliado por sentimentospixbet sededesigualdade.

Se os pobres sentem que os ricos têm demais, isso pode aumentarpixbet sederaiva do sistema.

O índicepixbet sedeGini mede o graupixbet sededesigualdadepixbet sedeuma sociedade. Quanto menor o número, menor a desigualdade.

Segundo informações do Banco Mundial, esse índice chega a 41,5 para os Estados Unidos. O mesmo índice classifica o Uruguai com 40,2, uma sociedade que, nessa medida, é mais igualitária.

Por outro lado, o índicepixbet sedeGini sobe para 48,9 para o Brasil e para 54,2 para a Colômbia, um dos paísespixbet sedepior situação do mundo nesse sentido.

Um homem participa das eleiçõespixbet sedemeiopixbet sedemandato nos EUA

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Legenda da foto, Eleiçõespixbet sedemeiopixbet sedemandato nos EUA devem definir se governo Biden ainda poderá contar com alguma maioria no Congresso

Então, ao fazer a comparação da pobreza e da desigualdade entre a América Latina e os Estados Unidos, o primeiro esclarecimento que deve ser feito é: estamos falandopixbet sedequal país da América Latina, uma regiãopixbet sedeenormes diferenças internas nos resultados do combate à pobreza?

Os efeitos na política dos EUA

De qualquer forma, os especialistas indicam que a pobreza nos Estados Unidos, embora muitas vezes substancialmente menor do que na América Latina, tem efeitos importantes na política.

É o que pensa Shailly Barnes, diretorapixbet sedepolíticas do Kairos Center, um think tank com sedepixbet sedeNova York que busca soluções para a pobreza nos Estados Unidos.

"A narrativa comum sobre os pobres nos Estados Unidos é que eles não participampixbet sedeeleições e não se importam com política. Descobrimos que isso não é verdade. Em 2020, cercapixbet sede60 milhõespixbet sedepessoaspixbet sedebaixa renda votaram nas eleições presidenciais ", diz Barnes à BBC News Mundo.

Ela usa o exemplo do que aconteceu nas últimas eleiçõespixbet sede2020 no estado da Flórida para mostrar a relevância da questão da pobreza no mundo político americano.

Homem distribui comida no Texas

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Legenda da foto, Preocupações com a pobreza nos Estados Unidos podem alimentar outros fenômenos políticos, como o populismo

Ela destaca que foi um Estado vencido pelos republicanos, partido cujas políticas estão tradicionalmente associadas a um maior apoio ao grande capital. Mas, lembra Barnes, "esse mesmo eleitorado da Flórida aprovoupixbet sedereferendo uma medida que aumentou o atual salário mínimo no Estado".

No entanto, a especialista preocupa-se com o fatopixbet sedemuitas vezes "a nossa política não responder às necessidades destas pessoas".

Ela alerta que, comopixbet sedemuitos outros países, a ansiedade que as preocupações com a pobreza podem estar gerando nos Estados Unidos alimenta outros fenômenos políticos, como o populismo.

"Vimos isso na última década", diz Barnes, apontando, por exemplo, para o "usopixbet sedediscurso racista" por alguns políticospixbet sederesposta a um eleitorado preocupado com a deterioração dos níveispixbet sedebem-estar material.

Preocupação com corrupção

Além da pobreza, outro tema recorrentepixbet sedediscussão na política latino-americana contemporânea é a corrupção.

Em geral, mas nem sempre, as medidas sobre a percepção da corrupção deixam as instituições dos Estados Unidospixbet sedemelhor situação do que as dos países latino-americanos.

Mas ninguém nega que se trata tambémpixbet sedeum tema extremamente atual na política dos EUA.

A Transparência Internacional é uma das organizações que tenta qualificar e comparar com um índice a percepção pública sobre o graupixbet sedecorrupção prevalentepixbet sedemuitos países.

A versão mais recente do índice indica que a Dinamarca é a nação com a menor percepçãopixbet sedecorrupção, com uma pontuaçãopixbet sede88pixbet sede100.

Os Estados Unidos alcançam a 27ª posição, com 67 pontos, resultado que o coloca no mesmo patamar do Chile, e superado pelo Uruguai, localizado na 18ª posição com 73 pontos.

A Colômbia aparecepixbet sede87º lugar com 33 pontos. A Argentina ocupa o 96º lugar, juntamente com o Brasil, a Guatemala 150º e a Venezuela 177º, superando apenas três países nesta tabela: Somália, Síria e Sudão do Sul.

A discussão da corrupção,pixbet sedetodo caso, abala a política dos EUA tanto ou mais do que muitos países latino-americanos.

Basta lembrar que um dos gritospixbet sedeguerrapixbet sedeDonald Trump empixbet sedevitoriosa campanha presidencialpixbet sede2016 foipixbet sedepromessapixbet sede"drenar o pântano", como o então candidato se referia à corrupçãopixbet sedeWashington, uma cidade construída sobre um pântano.

Este ano, a discussão muitas vezes se concentroupixbet sedequestõespixbet sedesuposta corrupção eleitoral, disse Gabriel Sanchez, especialista associado ao centropixbet sedepesquisa Brookings Institutepixbet sedeWashington e professor da Universidade do Novo México, à BBC News Mundo.

A polêmicapixbet sedetorno das eleições presidenciaispixbet sede2020 e a derrotapixbet sedeTrump marcaram a percepção do público americano sobre a corrupção, apesarpixbet sedenunca ter sido encontrada nenhuma evidênciapixbet sedefraude nas referidas eleições.

"Estamos vendo níveis recordespixbet sedeinformações imprecisas direcionadas aos latinos neste ciclo eleitoral, principalmente latinospixbet sedelíngua espanhola. Grande parte desse conteúdo está focado nas alegações contínuaspixbet sedeTrump sobre suposta eleição fraudadapixbet sede2020, o que está ajudando a gerar percepçõespixbet sedecorrupção entre alguns latinos", diz Sanches.

O especialista identifica repercussões dessa discussão nas eleiçõespixbet sedemeiopixbet sedemandato desta terça-feira.

"É evidentepixbet sedelugares como o Arizona, onde há vários candidatos que aderiram à mensagem da campanhapixbet sedeTrump para 2020 sobre corrupção eleitoral. Se outra eleição apertada acontecer agora, pode levar vários dias para calcular os resultados, o que pode alimentar acusações defraude eleitoral e gerar maior preocupação com a corrupção."

Em um mundo interconectado e interdependente, os discursos políticospixbet sedediferentes partes do planeta tornaram-se mais semelhantes, mesmo entre regiões tão diferentes quanto os Estados Unidos e a América Latina.

E apesarpixbet sedemostrar indicadores tão diferentespixbet sedequestões como corrupção e pobreza, a indignação dos cidadãospixbet sederelação a essas questões ajuda a explicar pelo menos alguns dos resultados eleitoraispixbet sedeambos os lugares.

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